Dirigido, escrito e montado por Geraldo Sarno
ELENCO: Vertin Moura ... Antão Gavião, Julio Adrião ... Capitão Jesuíno, Kecia Prado ... Mãe de Antão, Lourinelson Vladmir ... Delmiro Gouveia / Coronel Militão / Major-General Solon, Igor de Carvalho, Sara Galvão, Edgard Navarro
Quando o bando de Jesuíno invade a cidade de Sertânia, Antão é ferido, preso e morto. O filme projeta a mente febril e delirante de Antão, que rememora os acontecimentos.
Dirigida por Hermano Penna
ELENCO: Emanuelle Araújo, Luis Miranda, Neusa Borges, Rui Ricardo Diaz
Após ver o fim do cangaço um jovem cangaceiro decide mudar sua vida. Sendo discriminado, ele sai de sua terra e vai para São Paulo, onde constrói uma nova realidade e um dia resolve voltar ao Nordeste. Nesse retorno, já detentor de cultura, o jovem se tona político.
Na política, descobre a corrupção e sofre uma injustiça por parte de um juiz sem escrúpulos que veta o voto de seus eleitores. Revoltado, o ex-cangaceiro volta a ter atitudes agressivas invadindo roubando e queimando cidades por onde passa.
Dirigido por José Adalto Cardoso
Elenco: Wilson Roncatti (Polêncio), Diogo Angélica (Décio Silveira), Misaki Tanaka (Ayuan), João Paulo (Millan Ruffi), Cuberos Neto (Hilário Santana), Maria José Franco (Florinda), Paulo Yamaguchi (Satoru Saito), Carlos Takeshi (Takashi), Paco Sanchez (Contrapino), Zé da Ilha (Manoel), Anselmo Duprat (Tenório), J. R. Cardoso (Prefeito), João Colombo (Delegado), Cascatinha e Inhana, Irmãs Galvão, Mococa e Moraci
Décio Silveira, um malandro, rouba a maleta de Milan Ruffi, vendedor de produtos agrícolas, dentro de um trem. Com o auxílio involuntário de Polêncio, um caipira do vilarejo de Águas Turvas, Décio se faz passar por Milan, oferecendo um grande negócio, do qual espera grandes lucros, a Satoru, fazendeiro japonês candidato a prefeito da região. Ayume, filha de Satoru, se apaixonou por Décio, que prefere afastar-se já que ela está prometida a Takashi, fazendeiro vizinho. Takashi, na festa de lançamento da candidatura de Satoru, grava acidentalmente uma conversa entre Polêncio e Décio na qual este explica o golpe: a venda de uma falsa vacina que produziria um extraordinário crescimentos nos bezerros. Polêncio, sem perceber o golpe com exatidão, procura executar o plano, roubando um bezerro da fazenda de Hilário, fazendeiro rival de Satoru. Descoberto o roubo, Satoru é ridicularizado. Décio e Polêncio fogem e se escondem na casa de Hilário, através do qual Décio planeja um novo golpe que não se concretiza, pois termina preso após inúmeras confusões de Polêncio na prefeitura local. Décio acusa Polêncio, mas o verdadeiro Milan, que solicitara ajuda a Satoru, o desmascara. Takashi mostra ao juiz a gravação que inocenta Polêncio. Décio retorna à prisão. Ayume resolve se apaixonar por Takashi.
Direção: José Mojica Marins
Elenco: Teddy Alencar, José Carvalho, Arcílio Custódio, Carlos Dinarowsky, Dermival Dinarowsky, Petry Esteban, Juan Estevan, Gracinda Fernandes, Marta Gomes, Ricardo Gomes, Guiomar Katelan, José Lacerda, Nivaldo Lima, Carmen Marins, Carlos Meira, Benedito Minário, Ana Nilsen, Hamilton Vaz Pereira, Walter Portela, Duarte Rezende, Coriolano Rodrigo, Eddio Smanio, Eva Soares, Alfredo Souza, Carmen Traicon, Clemente Xavier
Ao tentar estuprar violentamente Rosinha, a filha de seu patrão (um poderoso coronel fazendeiro), o capataz Justino acaba matando a moça. Para se livrar do crime, ele coloca a culpa em um grupo de ciganos que está acampando nas redondezas. O coronel manda então seus capangas atacarem os ciganos e matem todos. D'Gajão, cigano que sobreviveu por estar na cidade no momento do massacre, inicia uma busca sangrenta por vigança ao mesmo tempo em que tenta resgatar sua esposa, sequestrada pelo coronel.
Diretores: Ody Fraga, José Mojica Marins, Armando de Miranda
Elenco: Walter Almeida, Arlete Brazolin, Salomão Cara, Rosalvo Caçador, Genésio de Carvalho, Oswaldo De Souza, Maria Del Carmem, Carlos Eugênio, Leda Figueiró, Pena Filho, Edson Lopes, Aci Mara, Aparecido Mariano, José Mojica Marins, Silvana Marçal, Nelson Teixeira Mendes, Gilda Nery, Alberto Prado, Milton Ribeiro, Roque Rodrigues
A vila de Vila Velha é controlada por um poderoso coronel apelidado de 'Diabo', que manipula políticos e contrata um pistoleiro para eliminar todos os seus inimigos.
Escrito e dirigido, por José Mojica Marins
ELENCO: Acácio de Lima – Jaime, Shirley Alves – Dorinha, Augusto Pereira - Capitão Osvaldo, Ruth Ferreira – Rosária, Amides Martinez - Xavier, José Mojica Marins - Gregório, Alaert Leão, Enibalú, Graveto, Mário Lima, Tônia Eletra
Por amor a Dorinha, por quem fora salvo após ser baleado em um tiroteio, o bandido Jaime entrega-se à polícia. Quando sai da prisão, ele se encontra em um embate com outro bandido - o sanguinário Xavier - que deseja vingar-se do pai de Dorinha.
Dirigido por Hermano Penna
Elenco: Gustavo Machado, Genézio de Barros, Angelina Muniz
“Não há traição entre inimigos. Para haver traição, é preciso que exista amizade; a traição é a morte que humilha.” Assim falou Modesto (Genézio de Barros) para o seu protegido Cirineu (Gustavo Machado), ambos peões de fazenda, ao se embrenharem no sertão em busca de vingança, já que existe a denúncia de que Evangelina (Angelina Muniz) esta traindo seu esposo Modesto.
DIREÇÃO: Tony Vieira
ELENCO: Tony Vieira, Heitor Gaiotti, Sylvia Vartan, Fátima Celebrini, Francisco A. Soares, Rajá de Aragão, Osmar Alves, Eudes Carvalho, Geni Dais, Cleusa Ramos, Deusa Angelino, Hytagiba Carneiro, Araceli Penha Moreira, Vera Lúcia, Hely Antônio, Neusa Ribeiro, Avelino Sobrinho, José Lopes, Leda Amaral
O cigano Drago Reys conduz sua esposa grávida e suas três irmãs. Como o parto é iminente, ele parte em busca de uma parteira, enquanto duas de suas irmãs buscam auxílio numa fazenda próxima. Hernandes Urquiza, o fazendeiro, por odiar ciganos, expulsa as duas mulheres, ordenando a seus filhos Pablo, Pedro e Juan, com seus capangas, que os expulsem definitivamente. Contudo, o bando assassina brutalmente as quatro mulheres dando início a vingança sangrenta de Drago.
DIREÇÃO: Aluizio Abranches
ELENCO: Marieta Severo .... Filomena Capadócio, Carlos Vereza .... Firmino Santos Guerra, Júlia Lemmertz .... Maria Francisca, Luíza Mariani .... Maria Pia, Maria Luísa Mendonça .... Maria Rosa, Fábio Limma .... Arcanjo, Cassiano Carneiro .... José Tranqüilo, Enrique Diaz .... Zé das Cobras, Tuca Andrada .... cabo Tenório, Wagner Moura .... Jesuíno Cruz, Lázaro Ramos .... Catrevagem, Alexandre Borges .... Bodegueiro, Prazeres Barbosa ....Adalgisa
"Quero o luto, não as lágrimas. Nunca se deve alimentar uma dor sem antes dar de comer ao ódio." Este é o mote proclamado pela matriarca Filomena (Marieta Severo), ao atribuir às suas filhas, as três Marias, Francisca (Júlia Lemmertz), Rosa (Maria Luiza Mendonça) e Pia (Luíza Mariani), o ofício de vingar o pai e os irmãos assassinados a mando de Firmino Guerra (Carlos Vereza), homem, na juventude, abandonado por Filomena. Mas os ventos do destino podem mudar a história?
Dirigido por Jece Valadão, baseado no romance Canaã, de Graça Aranha.
ELENCO: Milton Rodrigues, Elizângela, Jorge Cherques, Leilany Chediak, Dary Reis, Angelito Mello, Wilson Grey, Carlos Alberto de Souza Barros, Fernando José, Mário Petraglia, Bob Nelson, Kim Negro, Jotta Barroso
Início do Século XX. Interior do Espírito Santo. O imigrante italiano Carlos (Milton Rodrigues) chega ao vale do Canaã. Hermann Gunter (Jorge Cherques), colono alemão, domina a região, submetendo a população ao seu comércio espoliativo. Carlos se junta ao colono Otto Lander (Angelito Melo) e, com esta união, constitui-se uma cooperativa de colonos. Em face da ameaça aos seus negócios, Gunter reage com violência e organiza um ataque comandado por Fritz (Dary Reis), um de seus capangas, e a guerra aberta se instala no vale.
Direção: Oswaldo de Oliveira
ELENCO: Maurício do Valle ... Capitão Jagunço, Guy Loup ... Flô, Carlos Miranda ... Tenente Lázaro, Jofre Soares ... Col. Justino, Julia Miranda ... Cila, Valeria Vidal ... Josefina, Paula Ramos ... Paula, Roberto Ferreira ... Zé Coió, Gervásio Marques ... Azulão, Ademar Ferreira ... Cobra verde, Letácio Camargo ... Padre, Sérgio Hingst ... Col. Soares, John Herbert ... Cisso, Nouzinho do Xaxado ... Nouzinho, Antonio Polo Galante, Sérgio Ricci
Depois de assaltar um vilarejo, o chefe do bando de cangaceiros, capitão Jagunço (Maurício do Valle), sequestra Flô (Izabel Cristina), mulher do prefeito Cisso (John Herbert). Perseguido pelo Ten. Lázaro (Carlos Miranda), o bando se acoita na fazenda do Cel. Soares (Sérgio Hingst). Cisso partiu para resgatar a Flô, mas é espancado, sendo salvo por Lázaro. Cisso segue em sua jornada atrás de Jagunço, até o embate final.
Dirigido por: Sebastiao Pereira
ELENCO: Adriano Silva, Antonio Leme, Carlito Lopes, Chico Fumaça, Francisco Tozzi, J. Alves, Jofre Soares, Luiz Carlos Alves da Silva, Marthus Mathias, Nassib Carlos, Nelson de Paula Teixeira, Norma Severo, Sebastiao Pereira, Silvio Zuim, Washington Bezerra, Zelia Martins
Chico Mulato e a faceira Tereza se conhecem em uma festa, começam a namorar e despertam o ciúme de Pedro, que a todo custo tenta convencer a moça a não se casar, pela vida incerta de Chico Mulato, um peão que vive tocando boiada e passa muito tempo longe de casa. Tereza acaba se casando com o boiadeiro. Chico promete deixar a vida de peão, sem, no entanto, fazê-lo. Tereza deixa um bilhete de adeus para Chico, abandona o rancho e vai embora com Pedro. Cheio de ódio, Chico Mulato jura fazer vingança e sai à procura de Tereza.
Dirigido por: Agenor Alves
Sequencia para o filme "Jerônimo - Herói do Sertão"
ELENCO: Helio Souto, Antônio Fonzar, Fátima Celebrini, Marliane Gomes, Deusa Angelino, Alberto Ruschel
Jerônimo (Antonio Fonzar) casa-se com Mariane (Fátima Celebrini) e a leva para morar no sertão. Em uma cavalgada pelo local, ela é atacada por um bando de jagunços. Consumadas as maldades, os bandidos desaparecem caatinga adentro. Sem poder defendê-la, o caseiro, que testemunhou as violências cometidas contra Mariane, conta tudo a Jerônimo, dando-lhe a pista da caterva, liderada por um homem de barba longa. Movido pelo ódio, Jerônimo vai ao encalço do bando, até consumar sua vingança.
Dirigido por Pedro Camargo. É uma adaptação para cinema da obra Chapéu de sebo,de Francisco Pereira da Silva.
ELENCO: Jofre Soares (Coronel), Ítala Nandi (Judite), Silvio Correia Lima (José), Nelson Xavier (Advogado), Maria Silvia (Isaltina), Cláudia Ohana (Mira), BAgnaldo atista (Mestre Sibá), Paulo de Oliveira (Toninho), Leandro Filho (Delegado), Paulo Camelo (João), Iracema de Almeida (Ceci), Floriza Rosi (Nicota), Idalto Vidal (Santu), Boris Trindade (Promotor), Sebastião Fonseca (Amâncio), Ozita Araujo (Dos Anjos), Conde Leopoldville (Capitão Arruda), Ercílio Medeiros (Amintas), Adhelmar de Oliveira (Pé de Pena), Roberto Correa (Emídio), Geraldo Azevedo (Cantador), Povo de Fazenda Nova
Nordeste, anos 30. O vaqueiro José se casa com Mira, mas, aproveitando as ausências do marido, ela se torna amante do Coronel Tonho e seu filho Toninho. Os comentários correm na boca dos vaqueiros, José desconfia da traição, mas o Coronel o ludibria. Ao voltar de uma de suas viagens, José flagra Mira com Toninho e a mata com um machado. É preso e o vilarejo fantasia sua crueldade. Isaltina, prostituta local, é a única a consolá-lo ao sentir-se tão marginalizada quanto ele. Judite, cunhada do governador, aproxima-se de José com o pretexto de desenhar sua bela anatomia de homem selvagem. Em um passeio no campo, articulado por Judite, José é seduzido pela mesma, foge e retorna voluntariamente à prisão. Jorobabel, madrinha de Mira, morre sem deixar provas da inocência de José, que vai ser defendido pelo ambicioso Dr. Carvalhinho. Por influência do Coronel, José é acusado de assassinato e roubo. Condenado, enforca-se na prisão. Impedido de entrar no cemitério local, o corpo de José é enterrado na propriedade do Coronel. Após milagres, seu túmulo se torna local de romaria e de um próspero comércio de produtos religiosos. Judite volta ao Rio de Janeiro e o Coronel resolve cercar o pedaço de terra para construir seu jazigo ao lado do de José.
Dirigido por: Tony Vieira
ELENCO: Afonso Brazza, Célia Helena, Claudette Joubert, Heitor Gaiotti, Ruthinéa de Moraes, Terezinha Sodré, Tony Vieira (Apache), Wanda Kosmo
Um vilarejo é tomado por um bando de saqueadores, chefiados por Montserrat (Francisco A. Soares). Apache (Tony Vieira), um caçador de prêmios, chega ao local. Melinda (Claudete Jaubert), filha adotiva do padre, pede a sua ajuda. Os bandidos aprisionam Melinda e Apache, que são salvos por Mudinho (Elder Ribeiro). Os três partem para o enfrentamento com os bandidos, em busca da paz no lugar.
Dirigido por Lenita Perroy
ELENCO: Rossana Ghessa .... Lúcia, Francisco di Franco .... Danilo, Flávio Portho .... Juca, Toni Cardi .... Galante, Jofre Soares .... coronel, Paulo Alves .... Polo, Gilberto Sálvio .... Cascavel, Sandro Polônio .... padre, Jurandir Costa .... capanga, Lino Sérgio, Constantino Florus, Gira Rinaldi, Rogério d'Elia, Alberto Ruschel .... diretor do presídio, Anselmo Duarte .... jogador, Fredi Kleeman
Para se vingar de um fazendeiro que matara seu irmão e lhe roubara uma mina de diamantes, um presidiário aproveita-se de um indulto e rapta a filha do coronel, e ambos acabam se envolvendo.
Dirigido por: Tião Valadares
Elenco: Claudette Joubert, Durvalino De Souza, Heitor Gaiotti, Hitagibe Carneiro, José Galán, Maria Viana, Nabor Rodrigues, Nestor Alves de Lima, Rajá de Aragão, Tião Valadares
Casal lidera bando de aventureiros para saquear tudo por onde passam. A polícia passa a persegui-los, utilizando-se de métodos violentos; a integração de um assassino profissional, acaba dividindo o bando, com a morte de alguns. Januário, protegido do diabo, acaba dando muito trabalho à polícia.
Diretor: Alceu Valença
ELENCO: Hermila Guedes ... Maria Bonita, Irandhir Santos ... Lampião, Alceu Valença ... Velho Quiabo, Ari de Arimateia ... Severo, Evair Bahia ... Severo Brilhante, Servílio de Holanda ... Antero Tenente, Khrystal ... Nair, Roberto Lessa ... Nagib Mazola (velho), Tito Lívio ... Severino Castilho, Charles Teony ... Antero Tenente Filho, Bernardo Valença ... Palhaço Quiabo, Ceceu Valença ... Nagib Mazola (jovem), Helder Vasconcellos ... Mateus Encrenqueiro, Ana Claudia Wanguestel ... Dona Dodô
Fiquei impressionado com a qualidade artística do filme de estréia do Cantor e compositor pernambucano. Bonito, lírico, lúdico. O filme tem um só pecado: querer contar histórias demais, o que causa uma certa confusão no meio do filme. Mas no geral, é um filme ousado pela mistura de gêneros a que se propõe: musical, faroeste e drama ambientado no Cangaço de Lampião e Maria Bonita, interpretados por Irandhir Santos e Hermilla Guedes. O filme narra o confronto dos cangaceiros e a polícia, liderada pelo Tenente Antonio Severo. No segundo ato, acompanhamos o destino do filho de um dos cangaceiros e a sua luta contra um delegado, filho de Antonio Severo. Nessa história cíclica de lutas, opressão e destino, o filme inteligentemente é narrado como se fosse um cordel cantado por um narrador. No caso, as músicas de Alceu Valença. Esse excesso de brasilidade confere ao filme um sabor mágico e místico, emoldurado pela bela locação do sertão. O Circo surge como um ambiente mágico onde sonhos e tragédias podem ser feitas ou desfeitas. Onde os espectadores, sentados na arquibancada, podem opinar sobre o destino de alguns personagens. Alceu Valença, além de dirigir e compôr a trilha, surge como o palhaço do Circo, o narrador dessa história que brinca com o tempo e com o realismo fantástico. Belíssima fotografia de Luis Abramo. Um filme digno de nota, mas que deve atingir um público restrito. Não é um filme comercial, e sim, um projeto 100% autoral de Alceu, que disse publicamente ser um Amante do Cinema da "Nouvelle vague" francesa e das chanchadas da Atlântida. Várias cenas antológicas, entre elas, a do ponto de vista de cabeça para baixo de um homem pendurado, e uma cena no circo, representando a morte de um cangaceiro. Belíssima estréia de um artista apaixonado por imagem e som.
Dirigido por Carlos Coimbra e Walter Guimarães Motta
Elenco: Alberto Ruschel (Raimundo Vieira), Aurora Duarte (Florinda Hollanda), Milton Ribeiro (Capitão Silvério), Maria Augusta Costa Leite (Dona Cidinha), José Mercaldi (Abdala), Jean Laffront (Beato), Edgard Ferreira (Coruja), Gilberto Marques (Coronel Nesinho), Álvaro Holanda (Rastejador), Sergio Warnowsky (Temporal), Camilo Sampaio (Sargento), Wolney Figueira (Soldado), Raymundo Jeremias (Coiteiro), Léo de Avelar (Gibão), Apollo Monteiro (Mortalha), Édson França (Baraúna), Ruth de Souza (Rezadeira), Lyris Castellani (Maria dos Anjos)
No ano de 1929 no sertão do Ceará, o cangaceiro Silvério que é apadrinhado do Coronel Nesinho, ataca uma família de pequenos fazendeiros por terem desobedecido as ordens do cruel Coronel. Durante o ataque a fazenda é totalmente destruída, com a proprietária, Dona Cidinha, tendo seu pescoço decapitado pelo terrível cangaceiro. Dona Cidinha tinha um filho de nome Raimundo Vieira que durante os acontecimentos foi julgado, torturado e dado como morto, porém, o mesmo conseguiu sobreviver com a ajuda de seus vaqueiros e pequenos lavradores, e se escondeu num sítio. Depois disso eles se organizam e atacam a fazenda do Coronel Nesinho, que é morto, e prendem Florinda que o Coronel tinha enviado como recompensa ao cangaceiro Silvério, entretanto, Raimundo e Florinda se apaixonam. Logo após ficar sabendo da morte do Coronel, Silvério faz um ritual de "corpo fechado", e ciente de que estava imbatível prega medo, horror e violência pelo sertão e se esconde na caatinga. O grupo que tinha Raimundo e Florinda a frente, se encontra com um beato e seus companheiros e com a ajuda de um rastejador, encontram o esconderijo de Silvério, o combate final entre Silvério e Raimundo acaba com a morte do brutal cangaceiro, trazendo novamente a paz pro sertão.
Diretor: Carlos Coimbra
Elenco: Milton Rodríguez....... Pedro Boiadeiro, Vanja Orico....... Mariana, Maurício do Valle....... Carcará, Milton Ribeiro....... Moita Brava, Jacqueline Myrna....... Rosinha, Antonio Pitanga....... Cravo Roxo, Walter Seyssel....... Jirimun, Roberto Ferreira....... Antonio, Sadi Cabral....... Pai de Mariana, David Neto....... Pai de Rosinha, Eduardo Abbas....... Sabonete, Aluizio de Castro....... Mortalha, Celeste Aída....... Nenêm, Geraldo Gamboa....... Primeiro padre, Marta Greiss....... Noiva
Pedro Boiadeiro é um vaqueiro que vai se casar com Rosinha, porém, no dia em que se casou, sua casa é invadida por cangaceiros que escaparam do massacre que matou Lampião. Durante a invasão, Rosinha é estuprada pelos cangaceiros e acaba morrendo. Querendo justiça, Pedro Boiadeiro sai pelo sertão em busca dos algozes de sua esposa, enfrentando a caatinga e astúcia dos cangaceiros.
DIREÇÃO: Pereira Dias
Elenco: José Mendes (Pedro), Leonora Corte Real (Rosário), Adolar Costa, Darcy Fagundes, Dimas Costa, Edison Acri
Durante uma briga, o gaúcho Pedro acredita ter matado um homem e resolve fugir para não ser preso. Sua namorada, Rosinha, contrata o pistoleiro profissional Alegrete para encontrá-lo e trazê-lo de volta são e salvo. Porém, acreditando que Alegrete foi enviado para matá-lo, Pedro continua fugindo.
Dirigido por Carlos Manga
ELENCO: Oscarito...Xerife Kid Bolha, Grande Otelo...Cisco Kada, José Lewgoy...Jesse Gordon, Julie Bardot...Bela, Vedete do Saloon, Renato Restier...Bob/Dono do Saloon, John Herbert...Bil, Inalda de Carvalho...Hélen, Wilson Grey...Ed Ringo, Altair Villar...Roy Lawton, Wilson Vianna....Gringo, Suzy Kirby...Noiva abandonada por Humphrey, Walter Quinteiros, Nelson Dantas, Nicolau Guzzardi... como Totó
Dois vigaristas atrapalhados chegam a uma cidade do Velho Oeste, City Down, dominada por malfeitores. Um dos recém-chegados se sai bem numa briga de bar com o famigerado bandoleiro Jesse Godon e acaba por ser nomeado xerife, sem qualquer aptidão real para o cargo. Jesse Gordon escapa da prisão e volta para duelar com o xerife no trem das duas horas. Depois de uma crise de choro, o xerife vai para o confronto.
Direção: Luis Sérgio Person
ELENCO: Átila Iório, Marlene França, Jofre Soares, Tony Vieira, Bibi Vogel, Roberto Ferreira, Líbero Ripoli Filho, Cacilda Lanuza, Chico Martins, Durval de Souza, José Carlos Biscalchin
Numa cidade do interior, Costa Larga age impunemente. Para garantir seus golpes, o bandido coloca como delegado o indivíduo mais incapaz do vilarejo, porém não contava que ele se transformaria num fiel cumpridor da lei.
Protagonizado, dirigido e escrito por Nelson Pereira dos Santos
ELENCO: Nelson Pereira dos Santos, Sônia Pereira, Ivan de Souza, Miguel Torres, José Telles, Luiz Paulino dos Santis, Mozart Cintra, Enéas Muniz, Jurema Pena
Uma jovem órfã, já prometida a outro homem, passa a noite com um vaqueiro, os dois se apaixonam e fogem a fim de se casar. Mas a família da jovem, fiel a tradição nordestina, persegue-os com a intenção de se vingar de um forma cruel e violenta. Do sangue desse confronto nasce o mandacaru vermelho.
MEGA / OK.RU Senha: shareflash
Escrito e dirigido por Carlos Hugo Christensen
ELENCO: David Cardoso... Caingangue, Sérgio Britto... Doutor Ribeiro, Irma Álvarez... Maria, Germano Filho... Lírio Branco de Jesus, Pedro Aguinaga... capanga, Evelise Olivier... Micheline, Lícia Magna... índia paraguaia, Caçador Guerreiro... Eraldo, Maurício Loyola... Zé Cajueiro, Carlos Alberto Souza Barros... banqueiro, Thales Penña... Doroteu, Jotta Barroso... João Spassy, Jorge Karan... Cabo Santiago, Clementino Kelé... Baiano, Marcial Delano... Santa Maria, Walter Portela... delegado, figurantes e coadjuvantes diversos escolhidos na cidade de Maracaju
Santa Helena, Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. Terra onde a força é a lei. Proprietário da Fazenda Ouro Verde, o Dr. Ribeiro (Sérgio Britto) contrata jagunços para expulsar posseiros. Em um confronto com os jagunços, que tentavam destruir a plantação de Zé Cajueiro (Maurício Loyola), o mestiço Caingangue (David Cardoso) mata cinco homens e salva o posseiro e a sua família. Está aberto o enfrentamento entre o justiceiro solitário e o latifundiário.
Dirigido por Edward Freund
ELENCO: Tony Vieira (Caviúna), Marlene Rodrigues (Madame Zula), Edward Freund (Gringo), Astrogildo Filho (Sabaúna), Ana Rosa (Bailarina), Marina Campos (Patrícia), Heitor Gaiotti (Duda), Renato Restier (Médico), Iragildo Mariano, José Moreira, Paulo Villa (Tenente), Maribel Reis, Heitor Gaiotti, Mário Alimari (Pé com Pano), Teddy Alencar, Coriolano Rodrigo, José Lopes, Batatinha, Francisco Assis Soares
Enquanto Caviúna descansa à beira de uma lagoa, sua mulher, Patrícia, banha-se nas águas. O casal porém é surpreendido pelo bando de Sabaúna, que rapta a mulher e atira no marido. Após recuperar-se dos ferimentos, Caviúna sai à procura de Gringo, Duda e Zula - pai e irmãos de Patrícia, foragidos da Justiça - e lhes propõe liquidarem o bando. Num lugarejo chamado São Mateus, os vingadores tomam conhecimento do esconderijo de Sabaúna, e os planos para libertar Patrícia são traçados. Atraído a uma cilada, Sabaúna é liquidado. Inesperadamente Patrícia chega ao local, acompanhada pelo Tenente da volante, que é convencido a fechar os olhos para o caso em que se vêem envolvidos Gringo e seus filhos. Patrícia abraça Caviúna e os dois, felizes, olham para a fronteira por onde Gringo, Duda e Zula seguem viagem.
Dirigido por Mozael Silveira
ELENCO: Milton Ribeiro (Lampião), Dinorah Brillanti, Milton Rodríguez (Antonio Saraiva), Rejane Medeiros (Maria Bonita)
Lampião (Milton Ribeiro) saqueia uma fazenda quando está sendo preparado o casamento de Antônio (Milton Rodrigues) e Rosinha (Dilma Lóes). O cangaceiro manda matar a madrinha e currar a noiva, e depois segue com as atrocidades sertão adentro. Antônio sai no encalço de Lampião. Na festa do aniversário de Maria Bonita (Rejane Medeiros), o confronto mortal entre os dois.
OK.RU / TERABOX / PIXELDRAIN
Dirigido por Anselmo Duarte
ELENCO: Tarcísio Meira - Clemente "Quelemente" Celidônio (Quelé), Rossana Ghessa - Maria do Carmo, Sérgio Hingst - Padre, Jece Valadão - Cesídio da Costa, Guy Loup - Maria Rita (creditada como "Izabel Cristina"), Elizângela - Marizolina (creditada como "Elisângela Vergueiro"), Jorge Karam - Zoroastro, Reginaldo Vieira, Maurício Gracco - Josué, Luiz Alberto Meireles - Lampião, Ravina - Maria Bonita, Anita Esbano - Mãe do Quelé, Simplício - Zé Poeta, Nhô Juca - Barbeiro, Geraldo Vandré, Regina D. Pariz (noiva de Cesídio (Na verdade o nome verdadeiro da atriz é Regina Hooper Duarte, filha do diretor, Anselmo Duarte. Pariz é o sobrenome do avô materno de Regina).
O filme mostra o dia-a-dia de um grupo de policiais no sertão e a vida de um capitão do cangaço. Clemente Celidônio, mais conhecido como Quelemente, toca a boiada rumo à sua casa, em Pajeú das Flores, Pernambuco. Ao chegar, encontra a tragédia na família: Marizolina, sua irmã, fora violentada por um desconhecido. Sedento de vingança, Quelemente sai em busca do homem de quem Marizolina guardara dois detalhes: uma cicatriz no rosto e a falta de um dedo. Para esta busca, uma longa jornada, durante a qual viverá Quelemente muitas aventuras e conhecerá Maria do Carmo, que por ele se apaixona. Quando do Carmo já esperava criança sua, aparece Cesídio, o homem com as características do malfeitor. Na luta para deter Cesídio, Quelemente mata um soldado, o que o torna um perseguido pela justiça. Em dramática caminhada, Quelemente leva Cesídio e o Padre para sua casa, onde obrigará o sedutor a casar-se com Marizolina e ele próprio com do Carmo, iniciando logo após com o primeiro, uma luta de morte, interrompida pela chegada da polícia, que vem ao seu encalço. Quando as esperanças de sobrevivência são poucas frente ao cerco da volante, chega o Bando de Lampião, que dispara os policiais. Quelemente ingressa no Bando, batizado por Lampião como Quelé do Pajeú, um bravo. Do Carmo morre de vítima das balas da volante e Quelé, movido pela fúria de vingança, se integra definitivamente no cangaço.
Direção: Fábio Barreto, baseado no romance homônimo de Domingos Olímpio
Elenco: Cláudia Ohana .... Luzia, José de Abreu .... Raulino, Thales Pan Chacon .... Alexandre, Luiza Falcão .... Tereza, João Leite .... Pai de Luzia, Ivonete .... Mãe de Luzia, Luiz Cruz de Vasconcelos .... Juiz, Ary Sherlock .... Silvestre, Djalma Veríssimo .... Janjão, Antônio Freire .... Delegado, Jefferson de Albuquerque Jr. .... Prefeito. Ruy Polanah, Chico Díaz, Ednardo
Na infância, Luzia (Cláudia Ohana) presenciar o assassinato de seus pais. Após o fato, é criada por um vaqueiro, adotando seus costumes e modos como modelo. Quando se torna uma mulher procura o assassino de seus pais, para poder se vingar, mas acaba encontrando o amor.
Dirigido por Deni Cavalcanti
Elenco: Sérgio Reis, Bruno Giordano, Norma Bengell, Eduardo Abbas, Thed Araken, Tássia Camargo, Zé Coqueiro, Francisco Di Franco, Django, Filoca, Felipe Levy, Jofre Soares, Walter Stuart, Solange Theodoro
O cantor sertanejo Sérgio Reis estrela este drama musical que conta a história de Diogo, um boiadeiro que descobre que um de seus melhores amigos e companheiros de estrada é, na verdade, seu filho. Quando Dioguinho começa a enfrentar o perigoso coronel Jatobá, dono de toda a região, Diogo fará de tudo para proteger seu filho, tentando reunir coragem suficiente para contar a verdade para o seu companheiro.
Dirigido por Geraldo Santos Pereira e Renato Santos Pereira. O roteiro é uma adaptação do romance Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa.
ELENCO: Maurício do Valle ... Riobaldo, Sônia Clara ... Diadorim, Luigi Picchi, Jofre Soares ... Zé Bebelo, Graça Mello, Milton Gonçalves ... Tonico, Zózimo Bulbul, Gilberto Marques, David José
Conta a história do jagunço Riobaldo e de sua amizade com seu companheiro Diadorim. Juntos, eles empreendem vingança contra o assassino do pai de Diadorim.
Elenco: Jorge Karan, Bibi Vogel, Nivaldo Lima, Eddio Smanio, Walter Portela, Tony Cardi, Claudio Vianna, Aluizio de Castro, José Ferreira, Mário Lima, Leonora Tavares, Esmeralda Ruchel, Vera França, Anita Leite, Débora Abreu, Lino Braga, Ozualdo Ribeiro Candeias, Jean Garret, Gibé, Wanderley Grilo, Oswaldo Leonel, France Mary, Walter Moreno, Neusa Oliveira,
Palito ... bandido de Manelão, Ana Maria Prado, Ivo Rodrigues, Antônio Silva, Jean Silva, Alice Tanaka
Listado entre os 100 melhores filmes brasileiros pela Abraccine, “Meu nome é Tonho” é um bizarro e sensacional faroeste dirigido pelo cineasta do clássico “A margem”, realizado 2 anos antes e o filme que deflagrou o movimento do cinema marginal no Brasil. Pesquisei sobre o filme, que eu jamais tinha ouvido falar, e uma história de bastidores que eu li é absolutamente genial e merecia um filme por si só: Ozualdo Candeias trabalhou com José Mojica Marins como assistente de direção, produtor e co-diretor em várias produções. Mojica tinha uma escola de interpretação e constantemente convocava os alunos para os seus filmes. Ozualdo resolveu também chamar os alunos para estarem no elenco do seu filme. Mas Ozualdo, sabendo que os alunos eram amadores e muito crus, estabeleceu uma das diretrizes mais estranhas da história do cinema: praticamente sem diálogos, todos do elenco, principalmente os vilões, ao invés de falarem, deveriam gargalhar e rir. O mais louco é que eles riem em cenas onde inclusive, estão sendo mortos. Uma cena que também merece entrar para a história é quando Tonho (Jorge Karan), o herói do filme, cruza na estrada com um peão e absolutamente do nada, mas do nada mesmo, o cavalo onde Tonho está e a égua onde o peão está resolvem transar. E Tonho e o peão começam a gargalhar! É um momento tão esdrúxulo, que chega a ser poético e comovente pela pureza e ingenuidade dos envolvidos. O filme foi rodado na mesma cidade do clássico “O cangaceiro”, de Lima Barreto: Vargem Grande do Sul, interior do estado de São Paulo. A história é comum aos faroestes da época, que têm como tema a vingança. Ozualdo pega um pouco da trama de “Rastros de ódio” e mistura com filmes de Sergio Leone. Tonho quando criança foi sequestrado pelos ciganos e conviveu com eles. Já adulto, resolve sair da comunidade e seguir o mundo. No caminho, ao chegar em um bordel, ele conhece uma bela jovem (Bibi Vogel) e descobre que ela é sua irmã. Sem contar para ela, ela narra que toda a família foi assassinada pelo bando de Manelão (Nivakdo Lima, sensacional). Tonho resolve se vingar então do bando, que massacrou várias famílias para ficar com as posses. Deliciosamente divertido pela pouca estrutura mas mesmo assim convincente, “Meu nome é Tonho” é uma quase paródia do universo dos western spaghetti, uma brincadeira que já começa no titulo comum aos filmes do gênero. Hoje em dia, o filme poderia ser visto por parte do público como sendo um exemplar de em cinema trash, tal a canastrice do elenco. Mas a delícia do trash, quando bem-feito, é se divertir com esse amor à arte, ao cinema, que mesmo em quesitos técnicos falhos, tem o seu valor histórico e cultural. Uma verdadeira pérola do cinema brasileiro.
DIREÇÃO: Antonio Bonacin Thome
ELENCO: Nelson Braga, Adélia Coelho, Nestor Alves de Lima, Heitor Gaiotti, Kazuachi Hemmi, Nivaldo Lima, Moacir Maurício, Armando Paschoallin, Waldick Soriano, José Velloni, Maria Viana
Com o assassinato do pai, Heitor se vê obrigado a defender as cobiçadas terras da família. É quando um antigo romance muda a trajetória do rapaz e o deixa mais próximo da verdade sobre a morte do patriarca.
Produzido, dirigido e adaptado por Durval Garcia. A história é a adaptação para o cinema do personagem criado por Érico Veríssimo em sua obra "O Tempo e o Vento"
Elenco: Rossana Ghessa.... Ana Terra, Geraldo Del Rey.... Pedro Missioneiro, Pereira Dias.... Manuel Terra, Vânia Elisabeth.... Henriqueta, Naide Ribas.... Antônio, Antonio Augusto Fernandes.... Horácio, Rejane Schumann.... Eulália, Carlos Castilhos.... Major Bandeira, Pedro Machado.... chefe dos bandoleiros, Antônio Augusto Fagundes Filho.... Pedrinho, Gilberto Nascimento, Alexandre Ostrovski, Augusta Jaeger, Maximiliano Bogo
Em fins da década de 1770, durante o Império, e com a destruição das missões jesuítas, o fazendeiro paulista Manuel Terra leva sua família - a esposa Henriqueta e os filhos Antonio, Horácio e Ana - para uma área gaucha de fronteira onde organiza uma estância de criação de gado e plantação de milho. Constantemente ameaçados pelos bandoleiros armados e grupos de índios sobreviventes das missões ("bugres"), além do temor de invasão por parte dos países de língua espanhola (os "orientais"), Manuel só pode contar com ele e seus filhos e a proteção esporádica das milícias para se defender, uma delas comandadas pelo Major Bandeira. Certo dia, a família socorre um mestiço índio ferido a bala, Pedro Missioneiro, ex-tenente de Bandeira, tencionando mandá-lo embora logo que consiga andar novamente. Mas quando se recupera, Pedro permanece com a família como um valoroso ajudante nos serviços da estância, além de fascinar Ana Terra com sua religião, artes e alfabetismo que aprendera na missão.
Dirigido por Anselmo Duarte e com roteiro baseado no romance O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo
Elenco: Francisco di Franco .... Rodrigo Cambará, Elza de Castro .... Bibiana Terra Cambará, Newton Prado .... Ricardo Amaral, Alvaro Alves Pereira .... Padre Lara, Pepita Rodrigues .... Helga, Paixão Côrtes .... Pedro Terra, Ronaldo Teixeira .... Juvenal Terra, Anita Esbano .... Arminda Terra, Sônia Dutra .... Paula, Paulo Brezolim .... Bento Amaral, Carlos Castilho .... Quirino, Iná Dornelles Vargas .... índia, Henrique Martins ... voz de Rodrigo, Lílian Lemmertz ... voz de Bibiana
Rodrigo Cambará é um cavaleiro boêmio e destemido que adentra a pacata cidade de Santa Fé e acaba conquistando os corações das mulheres e a admiração dos homens.
Dirigido por Walter George Durst e Cassiano Gabus Mendes, baseado na trilogia O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo
Elenco: Fernando Baleroni... Licurgo Cambará, Bárbara Fázio... Ismália Caré, José Parisi...Antero, Lia de Aguiar... Maria Valéria Terra, Lima Duarte ... Gervásio, Dionísio de Azevedo ... Fandango, Márcia Real... Alice Terra Cambará, David Neto...Alvarino Almaral, Adriano Stuart ... Rodrigo Terra Cambará, Xisto Guzzi...Florêncio Terra, Turíbio Ruiz... Rodrigo Cambará, Luís Gustavo...Jango Veiga, Henrique Martins...Zé Lírio / Tenente Liroca, Jaime Barcelos...Tinoco, Rosalina Granja...Bibiana Terra Cambará, Douglas Norris...Trindade, Aparecida Rodrigues...Laurinda, David José...Toríbio Terra Cambará, Batucada...João Batista, Veridiano...Damião, Geraldo Louzano...Joviano, Victor Merinow...Inocêncio, Romeu Sanchez...Nepomuceno, Oswaldo Soares...Zé Inácio, Mauro Pires...Doutor Winter, Geraldo Castelaro...Padre Atílio
No final do século XIX, durante a presidência do Marechal Floriano Peixoto, eclode no sul do Brasil a Revolução Federalista. Em Santa Fé, uma pequena vila da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, as duas mais poderosas famílias da região ficam em lados opostos. Os Cambarás são governistas (apelidados de "pica-paus") e os Amaral, dos rebeldes (os "Maragatos"). A disputa atinge o auge quando o Coronel Alvarino Amaral reúne seus empregados e cerca o Coronel Licurgo, fazendeiro, intendente e líder do Partido governista da cidade. Sem alternativa, Licurgo, sua família (os avós, os dois filhos pequenos, a esposa e cunhada) e os outros parentes e empregados tentam defender sua casa (o "sobrado") e o prédio da intendência, se refugiando enquanto aguardam os reforços federalistas. Licurgo sabe que a revolução terminou com a vitória do governo mas esconde dos homens pois quer aproveitar a situação para se livrar definitivamente dos rivais. Pouco depois, reúne-se aos sitiados Ismália, mestiça índia amante ("china") de Licurgo, para raiva da cunhada dele, Maria Valéria. A esposa de Licurgo está grávida e está para dar a luz mas o coronel não aceita pedir trégua para buscar ajuda médica. Os inimigos sobem na torre da igreja e atiram em todos que saem do sobrado, principalmente aqueles que vão até o poço em busca de água. O cerco dura vários dias e a munição e a comida estão no fim mas Licurgo continua a resistir.
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Dirigido por Eduardo Llorente
Elenco: Tonico, Tinoco, Miriam Rony
Baseado em uma famosa lenda do sertão brasileiro. Chico tornou-se Chico Mineiro, um valente e honrado homem famoso e que desapareceu no mundo após assassinar um homem e cortar relações com todos os seus parentes. No entanto, quando descobre que seu irmão Honório - que viu pela última vez ainda criança - está em perigo, Chico retorna para salvar o caçula.
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Escrito e dirigido por Lima Barreto
ELENCO: Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico, Adoniran Barbosa, Lima Barreto, Zé do Norte, Antonio V. Almeida, Hector Bernabó, Horácio Camargo, Ricardo Campos, Antônio Coelho, Cid Leite da Silva, Jesuíno Alves Moreira, Jesuíno G. dos Santos, Galileu Garcia, João Batista Giotti, José Herculano, Nieta Junqueira, Homero Marques, Victor Merinow, Maurício Morey, João Pilon, Leonel Pinto, Maria Luiza Sabino, Nicolau Sala, Neusa Veras, Pedro Visgo
O cangaceiro "Capitão" Galdino aterroriza vilarejos pobres da Região Nordeste do Brasil, saqueando e matando com frequência com seu bando armado. Num de seus ataques ele rapta a professora Olívia e pede 20 contos de resgate por ela. Mas ele e o seu braço direito, o valente Teodoro, ficam atraídos pela bonita cativa e a discórdia se instaura no bando.
Dirigido por Aníbal Massaini Neto, uma refilmagem de O Cangaceiro, produção de 1953
Elenco: Paulo Gorgulho, Alexandre Paternost, Luíza Tomé, Ingra Liberato, Otávio Augusto, Jece Valadão, Joffre Soares, Othon Bastos, Aldo Bueno, Roberto Bomtempo, Jonas Mello, Dominguinhos, Cláudio Mamberti, Paulo Borges, João Ferreira, Nilza Monteiro, Tom do Cajueiro, Agnaldo Lopes, Kristhel Byancco, Lamartine Ferreira, Moisés Neto
Um grupo de cangaceiros, liderado pelo Capitão Galdino, invade e saqueia cidades no sertão do Nordeste. Maria Bonita, mulher de Galdino, ama o sensível Teodoro, braço direito do marido, e de quem está grávida. Quando, numa de suas incursões, a filha de um deputado, Olívia, é seqüestrada, o bando passa a ser mais fortemente perseguido pelas volantes policiais. O quarteto amoroso que se forma acaba em tragédia, que é narrada pelo velho Tico ao filho de Maria Bonita, na penitenciária do Recife, onde os dois se encontram décadas depois.
Direção: Jayme Monjardim, baseado no primeiro volume da série O Tempo e o Vento, do escritor gaúcho Érico Veríssimo.
Elenco: Thiago Lacerda, Fernanda Montenegro, Janaína Kremer, Marjorie Estiano, Cléo Pires, Suzana Pires, José de Abreu, Paulo Goulart, Mayana Moura, Igor Rickli, Rafael Cardoso, Elisa Volpatto, Luiz Carlos Vasconcelos, Leonardo Medeiros, Cyria Coentro, César Troncoso, Cacá Amaral, Leonardo Machado, Cris Pereira, Marat Descartes, Vanessa Lóes, Matheus Costa, Martin Rodrigues, Áurea Baptista, Danny Gris, Roberto Brindelli, José Henrique Ligabue, Marcos Verza, Kaic Crescente
O filme retrata uma história de 300 anos da família Terra Cambará e da oponente família Amaral, a partir da perspectiva da personagem Bibiana. A história de lutas entre as duas famílias começa nas Missões e vai até o final do século XIX. A longa metragem apresenta também o período de formação do estado do Rio Grande do Sul e a disputa de território entre as coroas portuguesa e espanhola.
Direção conjunta de Lírio Ferreira e Paulo Caldas
Elenco: Duda Mamberti, Luis Carlos Vasconcelos, Zuleica Ferreira, Cláudio Mamberti, Aramis Trindade, Chico Diaz, Giovanna Gold, Jonas Melo, Germano Haiut, Sérgio Varjão, Geninha da Rosa Borges, Roger de Renor, Gilberto Brito, Servílio Gomes, Manoel Constantino, Raimundo Branco, Rubem Rocha Filho, Jofre Soares
Conta a saga real do libanês Benjamin Abrahão, mascate responsável pelas únicas imagens de Virgulino Ferreira, o Lampião, quando vivia no sertão brasileiro. Amigo íntimo de Padre Cícero, Benjamim mascateava pelo sertão e exercitou seu espírito mercantilista convivendo intimamente com o bando de Lampião. Infiltrou-se no grupo para colher imagens e vender os registros do famoso criminoso pelo mundo afora.
DIREÇÃO: Simião Martiniano, Antonio Ventura
Elenco: Antonio Ventura, Sandra Fonseca, Gilvan Alves, José Manoel, José Olímpio
No agreste pernambucano, um homem encontra uma misteriosa rede cheia de dinheiro no meio da rua. Porém, ao pagar o que ele deve a um fazendeiro, uma série de problemas começam a surgir para ele e a sua mulher Sofia.
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Dirigido por Ruy Guerra
Elenco: Átila Iório, Nelson Xavier, Maria Gladys, Leonides Bayer, Ivan Cândido, Paulo César Pereio, Hugo Carvana, Maurício Loyola, Joel Barcellos, Ruy Polanah, Antônio Pitanga
Após o grande sucesso de crítica e público de "Os cafajestes", de 1962, Ruy Guerra viria a lançar em 1964 um filme radicalmente diferente. Inspirado em uma história fabulesca que Ruy queria filmar na Grécia, ele acabou adaptando para o Nordeste da miséria brasileira, da opressão das armas e da religião que anestesia a população carente. Ambientado em Milagres, Bahia, região seca e paupérrima, onde a seca devastou qualquer possibilidade de alimento, um grupamento de soldados é enviado para proteger o depósito de alimentos da cidade, cujo dono é um poderoso local. Gaúcho, ex-soldado e agora motorista do caminhão, se revolta contra a violência de seus amigos soldados, e para piorar, contesta um pai que aceita a morte de sua filha de fome e nada faz para lutar. Gaúcho resolve pegar nas armas e lutar a favor dos pobres. Como quase todo filme do Cinema Novo, o filme une Religião/Ditadura e misticismo para falar, metaforicamente, da situação sócio-econômica do Brasil vigente, do milagre económico que nunca existiu. Com uma fotografia e câmera na mão extraordinária de Ricardo Aronovich, repleto de planos-sequencias de cair o queixo, "Os fuzis" é um filme para ser visto e debatido. Incrível que, quase 60 anos depois, tudo continua completamente igual. Elenco primoroso, capitaneado por Paulo Cesar Pereio, Maria Gladys Mello, Hugo Carvana, Atila Iorio, Nelson Xavier, Ivan Candido, Joel Barcellos e um elenco de atores locais absolutamente imagéticos, na linguagem documental muito bem registrada pelas lentes de Aronovich.
Dirigido por: Milton Amaral
ELENCO: Enoque Batista, Hélio Souto, Karin Rodrigues, Marlene França, Milton Ribeiro, Nelson Camargo, Pio Zamuner, Ruth de Souza, Saturno Cerra, Yuri Caster
O chefe de um grupo de cangaceiros tenta fazer do filho um bandido tão temido como ele próprio, contrariando a boa índole do garoto. Este cresce e o conflito entre suas convicções (reavivadas pelo reencontro com uma antiga namorada) e o mundo violento de seu pai leva a uma sucessão de batalhas em que o bem e o mal se equivalem.
Dirigido por Nico Fagundes
ELENCO: Grande Otelo, Breno Mello, Rejane Goulart, Darcy Fagundes, Edison Acri, Ortunho, Nico Fagundes, Carla Goulart, Carlos Castilho, Tuio Becker, Jorge Carneiro, Claudiomiro, Eva Freitas, Ricardo Hoepper, Luiz Carlos Neves, Renato Peixoto, Zeno Ribeiro, Ruy Rogério
Inspirado na lenda do folclore popular gaúcho. No início da década de 1830, um fazendeiro cruel domina seus escravos com mão de ferro. Todos os seus empregados, livres ou não, o odeiam; menos um jovem negrinho, que, mesmo severamente castigado, por ser ingênuo, não entende as crueldades do senhor. Enquanto isso, um domador de cavalos chega à fazenda, trazendo consigo um ex-escravo que ele libertou.
Diretor: Paulo Thiago
Elenco: Rodolfo Arena, Milton Moraes, Paulo Villaça, Roberto Bonfim, Ausonia Bernardes, Angelito Melo, Waldir Onofre, Jorge Gomes, Noemi de Andrade, Waldemar De Souza, Maria Lúcia Godoy, Gonzaguinha, Guarabyra, Roberto Faria Mendes, Waldetá
Famosos jagunço (Roberto Bonfim) é contratado para vingar a morte do prefeito da cidade, mas apaixona-se pela filha do coronel que precisa matar. A polícia tenta fazer um conchavo com os envolvidos, mas a chegada do sobrinho do coronel, um engenheiro que planeja a construção de uma represa em Degredo muda a conjuntura dos planos.
Dirigido por Ary Fernandes
Elenco: Chico Fumaça, Francisco Curcio, Gilberto Sálvio, Gracinda Fernandes, José Mercaldi, Lídia Costa, Lírio Bertelli, Luciano Gregory, Maria Sílvia, Mário Guimarães, Nestor Alves de Lima, Peter Thomas, Reginaldo Vieira, Rosângela Maldonado
As terras onde mora o caipira Nhô Juca contêm riquíssimo veio de bauxita, o que desperta a cobiça de um industrial, Franco, cuja filha (Lídia) começa a namorar o filho médico de Nhô Juca (Gervásio), que mora na cidade. A moça finge gostar do rapaz a fim de que este convença o pai a vender suas terras. Chico e seus amigos, crentes na amizade de Franco, vão à cidade e se hospedam na casa do milionário, para desespero da mulher deste, Geny. Quando, por casualidade, Nhô Juca descobre a trama, conta tudo a Gervásio, que rompe com Lídia e fica com a ex-namorada, a sincera Lúcia. E os matutos partem, sem cair na armadilha de Franco.
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ELENCO: Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos, Hugo Carvana, Jofre Soares, Lorival Pariz, Rosa Maria Penna, Emmanuel Cavalcanti, Vinícius Salvatori, Santi Scaldaferri, Mário Gusmão, Conceição Senna
Vencedor da Palma de melhor direção em Cannes 1969, dividido com o tcho Vobtech Jasny por “Todos os meus compatriotas”, “O dragão da maldade contra o Santo guerreiro” é a continuação de “Deus e o Diabo na terra do sol”, lançado em 1964. Na história, a continuação de Antonio das Mortes (Mauricio do Valle) acontece 29 anos depois que ele matou o último cangaceiro da região, Corisco. Antonio perde a sua razão de ser, que é a de matar os cangaceiros. Quando ele é procurado pelo Delegado Mattos (Hugo Carvana), que vem a mando do Coronel Horácio (Jofre Soares) para matar o cangaceiro Coirana (Lorival Pariz) e seu bando, Antonio recupera a sua sina de matador e parte para a cidade. Lá, ele conhece Laura (Odete Lara), esposa do Coronel mas amante do Delegado, que promete levar ela para fora daquele lugar, e o professor (Othon Bastos), desiludido com o rumo da questão social e política da cidade. Antonio duela com Coirana e o fere. A Santa que protege o bando de Coirana se aproxima de Antonio das Mortes, que a partir daí, muda radicalmente a sua postura e passa a se preocupar cm os pobres e os necessitados. Primeiro filme colorido de Glauber, realizado depois da obra-prima “Terra em transe”, “O Dragão”. é um dos filmes favoritos de Martin Scorsese, que inclusive apresentou para o seu elenco de “Gangues de Nova York”, a famosa cena de duelo entre Antonio e Coirana, em que lutam como segue a tradição: com um pano na boca de cada um, que só deverá cair quando um dos dois morre. A fotografia de Affonso Beatto intensifica as cores ds figurinos e da direção de arte, e é de uma extrema beleza, alternando no mesmo quadro com a aridez da região. A figura de Odete Lara, vestida de roxo, caminhando no sertão com flores coloridas na mão, é um daquele momentos mágicos do cinema, junto da famosa cena do duelo. O filme tem uma narrativa totalmente diferente de “Deus e o Diabo...”. O filme é uma grande ópera cinematográfica, encenada no sertão. Misturando elementos dos faroestes e do Teatro de Cordel, Glauber vislumbra uma obra alegórica de intensa metáfora com a ditadura vigente no País.
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ELENCO: Geraldo Del Rey, Yoná Magalhães, Othon Bastos, Maurício do Valle, Lídio Silva, Sônia dos Humildes, Roque Santos, João Gama, Antônio Pinto, Milton Rosa
Listado entre os 100 melhores filmes brasileiros pela Abraccine em 2º lugar (perde para "Limite", de Mário Peixoto"), "Deus e o Diabo na terra do sol", é o segundo longa de Glauber e o filme que projetou o seu nome mundialmente. Em 1964, competiu ao prêmio máximo no Festival de Cannes, competindo com outra obra-prima brasileira, "Vidas secas", de Nelson Pereira dos Santos". Representante máximo do Movimento do Cinema novo, com a estética da fome, crítica à religiosidade, misticismo e tendo o homem do povo selando o destino das pessoas no sertão que seria então a cara do Brasil pobre, foco das atenções das câmeras dos realizadores da época. Manuel (Geraldo del Rey) e Rosa (Yoná Magalhães) são um casal que mora em um casebre pobre no meio do sertão do Monte Santo, na Bahia. Manuel é vaqueiro e faz um serviço para um rico fazendeiro: transportar um gado até ele, atravessando o sertão. No caminho, morrem 4 cabeças. Ao chegar ao seu destino, o fazendeiro exige que Manuel desconte de sua parte as 4 vacas que morreram. Desesperado com o pouco caso do fazendeiro, Manuel o mata. Jagunços vão em seu encalço, e quando Manuel chega em sua casa, encontra a sua mãe assassinada. Após enterrá-la, Manuel e Rosa fogem. No caminho, encontram Sebastião, um Messias que promete uma vida menos sofrida para os seus seguidores. Manuel entra em transe com as falas do Beato, que pede para que ele sacrifique um bebê. Rosa se desespera ao ver que o marido matou a criança, e acaba matando o Beato. Antonio das Mortes (Mauricio do Valle), um assassino de aluguel contratado pela Igreja católica e os latifundiários surge e mata todos os seguidores. Ao testemunhar o beato morto, ele decide deixar Manuel e Rosa soltos. Novamente, o casal segue caminho e dessa vez encontram Corisco (Othon Bastos), um cangaceiro remanescente. Um faroeste alegórico filmado em um preto e branco magnífico de Waldemar Lima, o filme tem o roteiro co-escrito por Walter Lima Jr e uma trilha sonora com canções compostas por Sérgio Ricardo. As canções narram dramaturgicamente várias passagens do filme, como se fossem cordéis. Os 4 atores principais transformam os seus personagens em figuras míticas do cinema brasileiro, tal a força com que vivem a sua trajetória cercada por violência e morte. A metáfora que o filme faz, relacionando a Igreja, o cangaço, o messianismo e os latifundiários à sangue e violência é algo aterrador. O homem do campo se vê sem perspectiva e tudo parece uma continuidade de sua tragédia e desgraça. Uma obra-prima que resiste ao tempo, graças a um conjunto de talentos capitaneados por Glauber Rocha, um viisionário do cinema e do Poder que ele tem em mãos.
Dirigido pelo cineasta Eduardo Coutinho e inspirado na obra de William Shakespeare mas ambientado no nordeste brasileiro, com o cangaço como pano de fundo.
Elenco: Eliezer Gomes, Jorge Gomes, Anecy Rocha, Gracinda Freire, José Pimentel, Valquíria Mamberti, Roberto Ney, Paulo Guimarães, Samuka, Walter Mendes, Cleyton Feitosa, Rubens Teixeira, Leandro Filho, Damião José, Josué Eusébio, Antonio Albuquerque, Taíse Costa, Rafael Santos, Cosme dos Santos, Laércio Alves, José Cláudio, Chico Couro, Kátia Mesel, Maria Áurea
O cangaceiro Faustão e seu bando se metem na briga das famílias Pereira e Araújo. Henrique Ferreira é ferido e acaba capturado pelo cangaceiro, que exige dinheiro para libertá-lo. Os inimigos também querem o rapaz, a negociação se extende e Henrique toma uma inesperada decisão.
Dirigido por Pereira Dias
ELENCO: Grande Otelo, José Lewgoy, José Mendes, Adolar Costa, Alexandra Maria, Angelito Mello, Dimas Costa, Edison Acri, Mano Bastos
O coronel Amaro Silva, criador de gado, é proprietário de uma vasta fazenda no interior da cidade gaúcha de Dom Pedrito. Seu filho Aparício é o capataz da fazenda, tendo como seu auxiliar o negrinho Tonico, afilhado do coronel. Certo dia, surge ali um novo vizinho: Dr. Azevedo, que acaba de comprar vastas terras. Com ele vem sua filha Aurora. Um dia, ela e Aparício encontram-se nas terras deste e iniciam um romance. Mas quando o gado da fazenda do Dr. Azevedo é roubado, Aparício é acusado pelo crime em virtude das pistas falsas deixadas pelos ladrões, e precisará provar sua inocência.
Dirigido por Walter George Durst. Adaptado do romance O Gaúcho de José de Alencar
ELENCO: Alberto Ruschel, Victor Merinow, Carmen Jóia, Anna Cândida, Lima Duarte, Douglas Norris
Época da guerra entre Legalistas e Farroupilhas. Chileno, um valente gaúcho, pede a mão de Catita ao seu pai, que só aceita o pedido após seu futuro genro lhe provar sua valentia. Ajudado pelo amigo Jan, Chileno recebe a permissão de se casar com Catita, mas diversos acontecimentos farão com que a moça se apaixone pelo amigo de seu noivo. Um desfecho trágico sela o amor dos dois.
Dirigido por: Clery Cunha
Elenco: Durvalino De Souza, Léo Canhoto, Márcia Fraga, Robertinho, Tony Santos, Arlete Moreira, Armando Paschoallin, Carlos Aguiar, Cavagnole Neto, Eva Paiva, Hércules Breseghelo, Jesse James Costa, José Lopes
O Coronel Lucas tenta de todas as formas se apossar das terras do Delegado Julião. Rodrigo, seu filho, apaixonado por Marina, em um ato de desespero sequestra a moça no dia do casamento, matando o Delegado no processo. É quando a dupla Berto e Leonardo (a dupla sertaneja Leo Canhoto e Robertinho) sai em busca dos criminosos para resgatar Marina.
Direção: Wilson Silva
Elenco: Jacy Campos, Leovegildo Cordeiro, Jackson De Souza, Carlos Dias, Roberto Duval, Leda Figueiró, Luely Figueiró, Paulo Goulart, Armindo Guanais, Waldir Maia, José Silva, Milton Vilar, Irma Álvarez
O vaqueiro que escapa da seca no Nordeste do Brasil encontra alguns oficiais liderados por um tenente cruel, cujo objetivo principal era pegar bandidos organizados e invadir a pequena cidade de Juazeiro. Eles o prendem e torturam, esperando que ele contasse o paradeiro de Padre Cícero, um proeminente líder religioso do lugar. Mas ele consegue escapar e chega em Juazeiro. A polícia invade a cidade e prende os crentes que estavam celebrando uma festa para o Padre Cícero.
Dirigido por: Rogeres Magno
Elenco: Duraílton Fagundes, Edson Fagundes
Em uma cidade do interior um coronel, a todo custo, tenta arranjar um marido para sua filha.
Dirigido por Fernando de Barros
Elenco: Alberto Ruschel, Maurício do Valle, Gilda Medeiros, Turíbio Ruiz, Jacqueline Myrna, Ivan de Souza, José Pimentel, José Carlos Cavalcanti Borges, Leonildo Martins, Ariosto Cantador, Hermes da Hora, Jaime Diniz, Paulo Ferreira, Plácido Galvão, Jackson Gonçalves, Herevaldo Holanda, Marilena Lima, Apolo Monteiro, Pedro Motta, José Policena, Rubens Rubinsky, Waineika Walther, Sergio Warnovsky, Olde Zonari
No vilarejo nordestino de Riacho do Sangue, um beato, com seus milagres, atrai a atenção de camponeses oprimidos pela seca e pela crueldade dos fazendeiros. Um tropeiro vem ajudar os camponeses contra as tropas do governo e de um coronel.
Diretor: Carlos Hugo Christensen
Elenco: Aldo Bellini, Arlindo Barreto, Cláudio Piegas, Fernando de Almeida, Fernando Tellechea, Heloísa Gadel, Hermes Lago, Jorge Bastos, José Barbosa, José de Abreu, Júlio César, Maria Zilda Bethlem, Martim Pons, Mauricio Loyola, Miguel Barbará, Nelson Pinto Bastos, Nírio Alves, Palmira Barbosa, Ramon Larré, Ricardo Wanick, Sérgio Tellechea
Uruguaiana, Brasil, fronteira com a Argentina, 1897, vivem os irmãos Nielsen. Gente estranha e misteriosa, que, afora as alterações resultantes do excesso de bebida, não diferia dos demais moradores do local. Pobres, donos de uma carreta e uma junta de bois, são tropeiros, ladrões de gado e trapaceiros. A região os teme. Solitários, os Nielsen são ligados por uma estranha e profunda amizade, eles se adoram e se dão muito bem. Um dia, Cristiano, o mais velho, leva Juliana para viver com ele. Eduardo, o mais jovem, torna-se carrancudo e embriagase constantemente, ele sente que está perdendo Cristiano, num misto de um pouco de inveja e um pouco de desejo por Juliana.
Dirigido por Rosemberg Cariry
Elenco: Chico Díaz, Dira Paes, Virginia Cavendish, Regina Dourado, Denise Milfont, Chico Alves, Maira Cariry, Chico Chaves, B. de Paiva, Antonio Leite, Teta Maia, Luiz Carlos Salatiel
O filme conta a história de Corisco, cangaceiro conhecido como "Diabo Loiro", e sua mulher, Dadá, que aos 12 anos é raptada e estuprada por ele. Com o tempo, ela se integra ao bando, que tenta se livrar das emboscadas armadas por Zé Rufino, chefe da polícia volante que pôs a prêmio a cabeça do cangaceiro.
Dirigido por Sérgio Ricardo
Elenco: Rejane Medeiros, Alceu Valença, Gilson Moura, José Pimentel, Emanuel Cavalcanti, Luiz Gomes Corrêa, Geraldo Azevedo, Fátima Batista, Jorge Mello, Mário de Jacob
O filme se passa na cidade cenográfico de Nova Jerusalém, no sertão de Pernambuco. Na história quem manda na cidade é o Coronel Fragoso, que é dono de grande parte das terras. Com isso Fragoso acaba acreditando ser também o dono legítimo dos nordestinos que moram na região, oprimindo-os ao seu bel prazer. Nesse cenário violento onde o poder que fala mais alto é o poder da bala, o vaqueiro Zé Tulão e o jagunço Zé do Cão - braço direito do Coronel - disputarão o amor de uma mesma mulher.
Dirigido por Ruy Guerra
Elenco: Othon Bastos, Norma Benguell, Dina Sfat, Vera Bocaiúva, Ítala Nandi, Milton Nascimento, Mara Rúbia, Jorge Chaia, Fredy Kleemann, Ruy Polanah, Aulo Carvalho, Nelson Xavier, Monsueto Menezes, Gilberto Sabóia, Vinícius Salvatori, Roberto Tavares, Eduardo Magalhães
O filme é uma batalha entre um Homem (Othon Bastos) e um império e o império é o grande vencedor. Passado no Sul da Bahia, nos anos 1930, é a história de um aventureiro sem nome, sete vezes baleado, que se intromete na luta entre dois clãs de grandes coronéis pela posse da terra do cacau. O Homem vem disposto a acirrar a luta e a tomar conta de tudo. É uma luta sem vencedores, um banho de sangue que também lhe custa a vida.
Diretor: Marcos Farias
Elenco: Maurício do Valle, Jorge Gomes, Rejane Medeiros, Samuka, Rubens Teixeira, Walter Mendes, Cleyton Feitosa, João Ferreira, Agenor Coutinho, Aprigio Rodrigues, Damião José, Sebastião Rodrigues, Rafael Santos, Marcos Caetano, Taíse Costa, Mozart Cintra, Aguinaldo Batista, Dedé Aureliano, Generino, Antonio Albuquerque, João Cláudio, Cosme Soares, Kátia Mesel
Roldão, neto do coronel Carlão, cresce destinado a fazer vingança contra seu avô materno, que matou seus pais somente porque casaram sem o consentimento dele. cresce preparado para se vingar do coronel Saladino, seu avô materno, que mandara matar seus pais, casados contra sua vontade. Roldão é mandado para a fazenda de Saladino, Nova Jerusalém. Ele sequestra Sinhá, a cunhada de Saladino. Mas ele acaba se apaixonando perdidamente pela moça.
PEDRO CANHOTO, O VINGADOR ERÓTICO (1973)
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Direção: Raffaele Rossi
Elenco: Tony Cardi, Adélia Coelho, Nestor Alves de Lima, Heitor Gaiotti, Nivaldo Lima, Moacir Maurício, Cavagnole Neto, Armando Paschoallin, Shirley Steck, José Velloni
Neste faroeste, brasileiro, um homem sobrevive ao massacre de seus familiares e jura vingança, partindo numa busca sem limites por justiça. É neste ambiente que se inicia um romance entre ele e uma sensual cigana.
Em 1946, o escritor mineiro do município de Cordisburgo, Guimarães Rosa, escreveu seu romance de contos "Sagarana". Desse romance, saiu o seu conto mais conhecido, "A hora e a vez de Augusto Matraga", adaptado duas vezes no cinema. O cineasta Luiz Henrique Rios buscou no livro um conto, "Corpo fechado", e dele fez a sua estréia no cinema, intitulado 'Meus dois amores". Enquanto a atual filmografia nacional tem se dividido entre o Cinema de Pernambuco e as comédias populares que arrebatam multidões ao cinema, "Meus dois amores" procura fazer essa junção entre o popular e o folclórico, entre o humor e o realismo fantástico. O mais incrível no roteiro adaptado por Zeca Carvalho foi ter mantida a prosa e a poesia saborosa do original de Guimarães Rosa. Os diálogos são um primor, combinando coloquialismo e prosódia mineira e que, na bica dos personagens, sôam líricas e lúdicas. Aliás, fantasia é o grande mote do filme: ele propõe ao espectador embarcar nessa história ambientada em uma cidade do interior de Minas, Laginha, e testemunharmos as figuras heróicas e vilanescas que habitam o lugar. Nessa mescla do Universo do Faroeste de Sergio Leone com o que Mazzaropi tinha de melhor, que era a ingenuidade e pureza do herói de bom coração, "Meus dois amores" diverte e emociona. Cada personagem do filme é carinhosamente, uma caricatura de tudo o que já vimos em tantos filmes: o mocinho, a mocinha, o vilão matador, o feiticeiro da floresta, a virgem, o padre, o coronel inóspito. Aí alguém diz: "Mas essas pessoas não existem!". Podem não existir na vida real, mas no nosso imaginário da Cultura popular brasileira, habitam nossas mentes desde os primeiros livros de Monteiro Lobato e outros grandes escritores brasileiros. O elenco é uma diversão total: Caio Blat, Maria Flor, Lima Duarte, Milton Gonçalves, Alexandre Borges, Fabiana Karla, Marcelo Escorel. Um detrator de comédia pode explanar: "Mas são todos atores Globais!". Mas gente, desde quando isso foi pecado? Aliás, o elenco trabalha harmoniosamente atores de tv e de teatro de forma inteligente e bem destribuída. Guilherme Weber, que tem formação teatral, se diverte tanto quanto qualquer um no filme. E mesmo os globais, interpretam aqui tipos totalmente diferentes do que já fizeram. A grande surpresa fica por conta de Fabiana Karla, interpretando uma vilã de proporções minimalistas, sábia, sem caras e bocas. Para quem se permitir assistir a um filme que resgata a brasilidade e a cultura mineira, vai poder avaliar um projeto que transborda carinho e paixão seja na excelente fotografia de Roberto Amadeo, na Direção de Arte de Paulo Flaksman e figurino de Inês Salgado. A destacar também a trilha sonora de Plinio Profeta, rica e sem brigar com o que se Vê na tela. Vamos assistir! Ah, a história: Manuel (Caio Blat) é um jovem vaqueiro que cuida das terras com sua mãe (Vera Holtz). Pobre, ele quer casar com sua noiva Das Dô (Maria Flor), que por sua vez, sente ciúmes da grande afeição de Manuel por sua mula. Súbito, um matador e sequestrador de noivas surge na cidade e provoca o pânico na população.
Direção: Schubert Magalhães
Elenco: Roberto Bonfim, Esther Mellinger, Milton Ribeiro, Angelito Mello, Lorival Pariz, Jorge Karan, Ruy Polanah, Emanuel Cavalcanti, Jota Dângelo, Renato Andrade, Ivan de Souza, Miro Reis, Álvaro Cordeiro, Ernesto Moura, Sérgio Ricci, Aloysio Vianna
João de Deus é um vaqueiro com o corpo fechado é contratado por um latifundiário, até que se apaixona-se pela filha de seu patrão, e foge com sua mulher. Quando o patrão descobre da notícia, rapidamente manda capturar o homem e sua filha.
Direção: Henrique de Freitas Lima
Elenco: Alberto de Mendonza, Beatriz Rico, Colmar Duarte, Cristiane Freitas, Edison Acri, Elena Lucena, Giovana Figueiredo, Isabel Ibias, José Vitor Castiel, Laurinda Severo, Lori Nelson, Marcos Winter, Maria Luisa Benitez, Nestor Monasterio, Patsy Cecato, Paulo Silva, Pilly Calvin, Rodrigo Freire, Sergio Rojas, Sirmar Antunes, Thiago Real, Tony Middleton
Rio Grande do Sul, 1924. Terminada a Revolução de 1923, o chimango Pedro Arzábal, capitão republicano, quer paz. Como prêmio pela luta, vai a um remoto vilarejo da fronteira com a Banda Oriental tomar posse de terras. Para isso, necessita da ajuda de Dom Marcial Lopes, o chefe da região. Quando Arzábal chega ao vilarejo, chega também a enigmática Niña Leonor, filha de Dom Marcial. Para alcançar seu objetivo, Pedro enfrenta desafios e o fascínio de Leonor. É um filme de aventura, instigante, com forte identidade local. Transpira a cultura do pampa, um cenário tão cinematográfico quanto inexplorado.
Direção: David Cardoso
Elenco: Fernando Arrués, Aparecida Braidotti, David Cardoso, Rafael Cifuentes, Paulo Contador, Alvino Correa, Lucey Fairfax, Rubens Ferreira, André Ferrero, Ubirajara Gama, Wilson Júnior, José Lima, Mário Lúcio, Sílvio Martinez, João Menino, Fátima Morgan, Nelson Morrisson, Ariane Moura, Daniel Perez, Waldomiro Reis, Marcos Rolim, Alberto Ruschel, Sonia Saeg, Carlos Shintomi, Darlan Soares, Hélio Souto, Iara Stein, Venceslau Valim, José Valêncio, Ira von Fürstenberg
A região do Pantanal, no rio Paraguai é o lugar ideal para homens inescrupulosos em busca de fortuna, aventura e anonimato. Para quem chega não se pergunta quem é, nem de onde veio. Lá, Malamud sonha construir um império onde sua vontade seja lei empregando um grupo de homens aventureiros e violentos. As terras que ambiciona estão ocupadas legalmente e são administradas por Martinho, irmão do proprietário, que se encontra em viagem ao Peru. Malamud e seu grupo assassinam os irmãos, mase se defrontam com Mônica, viúva do proprietário, que chega da cidade disposta a se instalar nas terras, agora suas por herança. Homem independente e aventureiro, Tigre, um piloto que presta serviços a uns e outros sem se ligar a ninguém, acompanha a escalada de violência de Malamud, que a cada dia amplia seu poder sobre a região. Tigre toma partido do conflito e alia-se a Mônica, comandando a resistência contra as desmedidas ambições de Malamud.
Direção: Rubens da Silva Prado
Elenco: Rubens da Silva Prado, Rosana Mondin, Walter Wanni, Cristobal Dias, Janis Cooper, Maurício Monker, Bruzone Dantas, Pancho Delgado, Jean Garrett, Antônio Poli, Coriolano Rodrigo, Pontes Santos, Vandir Nogueira
No maior estilo Faroeste, o filme conta a história do jovem Paulo (Alex Prado) que chega na colônia mexicana de Santa Maria para vingar a morte do pai. Envolve-se com uma jovem, amante de um pistoleiro local. Após ser torturado retorna para sua terra, mas é perseguido por um bando de pistoleiros, que ordenam o massacre de toda a população.
Elenco: João Miguel, Vanessa Gerbelli, Irandhir Santos, Chico Anysio, Werner Schünemann, José Wilker, Júlio Andrade, Ivan de Almeida, Teca Pereira, José Dumont, Glicério do Rosário, Gorete Milagres, Vinícius de Oliveira, Melissa Isabelle, Rômulo Braga, Evill Rebouças, Antônio Petrin
Elenco: Leonardo Villar, Joffre Soares, Maria Ribeiro, Maurício do Valle, Flávio Migliaccio, Solano Trindade, Antônio Carnera, Ivan de Souza, Emmanuel Cavalcanti, Áurea Campos
Um dos raros Filmes brasileiros que concorreu no Festival de Cannes ao prêmio principal (em 1966), "A hora e a vez de Augusto Matraga" é adaptação de um dos 9 contos do livro escrito por Guimarães Rosa, "Sagarana", publicado em 1946. Para dar vida ao fazendeiro violento que se entrega à religiosidade, o cineasta paulista Roberto Santos convidou Leonardo Villar, que já havia ganho a Palma de Ouro em Cannes de melhor filme no ano de 1962, com "O Pagador de promessas". Roberto Santos se cercou de um arsenal impecável de atores e técnicos bambas: além de Leonardo Villar, temos Jofre Soares, Maurício do Valle e Maria Ribeiro. Na fotografia, Hélio Silva, fotógrafo de "Rio 40 graus", "Rio zona norte" e "O amuleto de Ogum". Na trilha sonora, a música e os acordes de violão inesquecíveis de Geraldo Vandré. E no roteiro, a adaptação feita por Gianfresco Guarnieri. A produção é de Luis Carlos Barreto e Nelson Pereira dos Santos, entre outros. Fotografado em um belíssimo e dramático preto e branco, o filme é ambientado no sertão. Augusto (Villar) é um fazendeiro cruel: maltrata a esposa, a filha e os seus capatazes. Assedia outras mulheres e ganha inimizade por onde anda. Um dia, Augusto sofre uma emboscada e quando vai ser morto, consegue fugir. Ele é resgatado por um casal de negros modestos, que ensinam a ele a religiosidade e as palavras de Deus. Augusto se transforma e mora com o casal, a quem trata de pais, e ajudando ao próximo. Um dia, Joãosinho Bem Bem (Jofre Soares), um assassino de aluguel e seu bando procuram um lugar para descansar. Augusto os traz para casa, os alimenta com comida. Joãozinho vê em Augusto um homem violento, mas Augusto se mantém recluso no seu conflito interno. Até que Joãozinho o convida para fazer parte do grupo. Augusto se vê num dilema que o atordoa: ou continua seguindo as palavras de Deus, ou segue seu instinto violento e vingativo e pega as armas com Joãozinho. Toda essa história é contada num misto de filme de faroeste e um misto do cinema novo de Glauber Rocha, que usa em seus filme os mesmo conflito entre religião e Poder. A performance de Leonardo Villar, sem exagero, é das mais poderosas do cinema brasileiro: trabalhando a índole cruel com a humanidade de um religioso, Villar encontra cenas antológicas: a sua felicidade quando doma um burrico, a chuva que cai em seu rosto e claro, a primorosa sequência final na igreja. Jofre Soares também está sensacional. O embate dos dois na Igreja é uma sequência de imenso poder cinematográfico. Esse é um filme que deveria ser obrigatório a todos os estudantes assistirem e debaterem depois. O filme ganhou 4 prêmios no Festival de Brasília no ano de 1965: Filme, diretor, ator para Leonardo Villar e roteiro.