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DRAMA 01
DRAMA 01

  1. OS 3 (2011)
  2. OS 7 GATINHOS (1980)
  3. O ABISMO (1977)
  4. O ABISMO PRATEADO (2011)
  5. AÇÃO ENTRE AMIGOS (1998)
  6. ÁLBUM DE FAMÍLIA - UMA HISTÓRIA DEVASSA (1981)
  7. AMARELO MANGA (2002)
  8. ANA, SEM TÍTULO (2021)
  9. ANJO LOIRO (1973)
  10. AUGUSTAS (2012)
  11. O BAIANO FANTASMA (1984)
  12. BEIRA-MAR (2015)
  13. AS BELLAS DA BILLINGS (1987)
  14. BOA SORTE (2014)
  15. BOCA DE OURO (1963)
  16. BOCA DE OURO (2019)
  17. BONITINHA, MAS ORDINÁRIA OU OTTO LARA REZENDE (1981)
  18. BONITINHA, MAS ORDINÁRIA (2013)
  19. BRÓDER (2011)
  20. A BRUTA FLOR DO QUERER (2013)
  21. CABEÇA DE NÊGO (2020)
  22. CABRA-CEGA (2004)
  23. CÃO SEM DONO (2007)
  24. CAPITÃES DA AREIA (2011)
  25. A CASA ASSASSINADA (1971)
  26. A CASA DE ALICE (2007)
  27. CASA GRANDE (2014)
  28. CLARISSE OU ALGUMA COISA SOBRE NÓS DOIS (2015)
  29. A CONCEPÇÃO (2005)
  30. CRIME DELICADO (2005)
  31. CRONICAMENTE INVIÁVEL (2000)
  32. DAMAS DO PRAZER (1978)
  33. DEPOIS DE TUDO (2015)
  34. OS DEVASSOS (1971)
  35. O DIA EM QUE O SANTO PECOU (1975)
  36. AS DUAS IRENES (2017)
  37. ELES VOLTAM (2012)
  38. ENGRAÇADINHA (1981)
  39. ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA (1966)
  40. ENTRE ABELHAS (2014)
  41. ENTRETURNOS (2014)
  42. ESPELHO D'ÁGUA - UMA VIAGEM NO RIO SÃO FRANCISCO (2004)
  43. ESSE MUNDO É MEU (1963)
  44. ESTAMOS JUNTOS (2011)
  45. ESTÔMAGO (2007)
  46. OS FAMOSOS E OS DUENDES DA MORTE (2009)
  47. A FESTA DA MENINA MORTA (2008)
  48. O FILHO ETERNO (2016)
  49. FILME DEMÊNCIA (1986)
  50. FLORADAS NA SERRA (1954)
  51. FLORES RARAS (2013)
  52. GARGALHADA FINAL (1979)
  53. GAROTO (2015)
  54. O GERENTE (2011)
  55. GIOVANNI IMPROTTA (2013)
  56. O HOMEM DAS MULTIDÕES (2013)
  57. JOVENS POLACAS (2020)
  58. JULIANA DO AMOR PERDIDO (1970)
  59. KUARUP (1989)
  60. LABIRINTOS INTERNOS (2014)
  61. LIÇÃO DE AMOR (1975)
  62. O MAIOR AMOR DO MUNDO (2006)
  63. A MARGEM (1967)
  64. MATO SECO EM CHAMAS (2022)
  65. METANOIA (2015)
  66. MEU PAÍS (2011)
  67. NÃO SE PODE VIVER SEM AMOR (2010)
  68. NATIMORTO (2009)
  69. ORAÇÃO DO AMOR SELVAGEM (2015)
  70. OTTO LARA REZENDE OU BONITINHA MAS ORDINÁRIA (1963)
  71. OUTRA MEMÓRIA (2006)
  72. O PALHAÇO (2011)
  73. A PARTILHA (2001)
  74. PIEDADE (2019)
  75. PONTO FINAL (2011)
  76. PROFISSÃO MULHER (1982)
  77. QUE HORAS ELA VOLTA? (2015)
  78. REAL BELEZA (2015)
  79. REDENTOR (2004)
  80. REGRA 34 (2022)
  81. O RIO DO DESEJO (2022)
  82. RISCADO (2011)
  83. S. BERNARDO (1972)
  84. SNUFF - VÍTIMAS DO PRAZER (1977)
  85. SOL ALEGRIA (2018)
  86. SOLIDÃO, UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR (1989)
  87. A SOMBRA DO FOGO (2015)
  88. O SONHO NÃO ACABOU (1982)
  89. SONHOS ROUBADOS (2009)
  90. TATUAGEM (2013)
  91. TENDAS DOS MILAGRES (1977)
  92. TEUS OLHOS MEUS (2011)
  93. VAGAS PARA MOÇAS DE FINO TRATO (1993)
  94. O VENDEDOR DE PASSADOS (2015)
  95. VENTOS DE AGOSTO (2014)
  96. VIAGEM AOS SEIOS DE DUÍLIA (1964)
  97. O VIAJANTE (1999)
  98. A VIDA INVISÍVEL (2019)
  99. VIDAS PARTIDAS (2016)
  100. XINGU (2011) 

O Abismo - Filme 1977 - AdoroCinema

O ABISMO (1977)

OK.RU

Diretor: Rogério Sganzerla

ELENCO: José Mojica Marins (Professor Pearson), Norma Bengell (Madame Zero), Jorge Loredo, Rogério Sganzerla, Wilson Grey (Secretário e Capanga), Edison Machado, Satã, Mário Thomar, Mariozinho de Oliveira, Edson Machado

No Rio de Janeiro, ocorre um crime que deixa um egiptólogo como testemunha seguida por Madame Zero, contratada pelos assassinos. O egiptólogo, neste ínterim, busca um emblema do Egito antigo. Enquanto é feito o elogio da boçalidade surge o Médium de Mu que responde por estranhas metáforas. "Numa asa voadora, do alto da Pedra Bonita, diante do gigante da Gávea e em direção ao abismo, um jovem desportista se atira - e voa - enquanto um assassino agilmente monta um fuzil telescópio e acerta o desportista. Um fotógrafo, que é egiptólogo e arqueólogo amador, registra o crime e persegue o assassino no que é impedido por uma mulher, Madame Zero. Diante da asa, caída na praia, junto ao local do crime, Jorge promete vingar o amigo morto. Enquanto isso, vendo-o do alto, o assassino alerta seu cúmplice Dr. Pierson de aquele tipo 'viu e vivo é nocivo...' Pierson requisita os serviços de Madame Zero como espiã e amante, preenche-lhe um cheque e manda-a resolver o problema. Envolvido por Madame Zero, Jorge menciona seu interesse por pesquisa e escavação arqueológica, baseado num manuscrito seiscentista de um tesouro encontrável numa ilha da Costa Atlântica - 'Ilha Selvagem' para onde convida-a. Uma série de acontecimentos estranhos irão ocorrer; perigos e inimigos serão enfrentados. A insólita Medium Mu, desvendará o caminho a seguir, tornando-se peça importante na trama."


FLORES RARAS (2013)

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Baseado no livro Flores Raras e Banalíssimas, de Carmen L. Oliveira

ELENCO: Glória Pires, Miranda Otto, Tracy Middendorf, Treat Williams, Marcello Airoldi, Luciana Souza, Tânia Costa, Marianna Mac Nieven, Marcio Ehrlich, Anna Bella

Para mim, Bruno Barreto tem 3 filmes antológicos: "Amor bandido", "Romance da empregada" e "Atos de amor". "Flores raras" se aproxima de "Atos de amor", filme de 1995 com Amy Irving (na época esposa de Bruno) e Dennis Hopper, em um drama intimista sobre uma relação amorosa sofrida entre um casal na faixa dos 50 anos. Em "Flores raras" (o título anterior era "Você nunca disse eu te amo"), narra-se a história verdadeira da relação entre a poeta americana Elisabeth Bishop (Miranda Otto) e a arquiteta e paisagista Lota Macedo (Glória Pires), que começou no ano de 1951, e durou até o início dos anos 70, com o suicídio de Lota, que se tornou depressiva. No meio do caminho das duas, Mary (Tracy Middendorf), ex-esposa de Lota que fará de tudo para destruir o relacionamento de ambas. O filme tem vários grandes méritos: obviamente, o maior deles, o trabalho irrepreensível do trio protagonista. As 3 atrizes estão estupendas, e para Glória que fala em inglês quase 90% das cenas, deve ter sido um puta desafio interpretar com emoção em outra língua. A trilha sonora, de Marcelo Zarvos, é muito linda e emocionante. A fotografia de Mauro Pinheiro Jr é outro brinde aos olhos do espectador. O roteiro investe no drama dessas 3 mulheres, e se envereda por uma trama bem novelesca, cheio de intrigas, ciúmes, relações mal resolvidas com pais e mães, adoção de bebê, bebedeiras, etc. Foi uma opção dos produtores. O filme vai em ritmo bem lento, a gente vai acompanhando como se fosse um diário em aberto. No final fica-se a curiosidade de saber como o Aterro do Flamengo foi planejado, e como o Rio de Janeiro é lindo quando apontamos a câmera pras paisagens belíssimas. É um filme de certa forma corajoso, que fala sobre lesbianismo sem rodeios, de forma direta. Um filme de qualidade, com glamour e elegante, elementos muito em falta na cinematografia nacional.



A FESTA DA MENINA MORTA (2008)

ASSISTA O FILME / DOWNLOAD

Diretor: Matheus Nachtergaele (ESTREIA)

ELENCO: Daniel de Oliveira, Juliano Cazarré, Jackson Antunes, Cássia Kiss, Dira Paes, Paulo José, Ednelza Sahdo, Rosa Malagueta,Francisco Mendes

Há 20 anos uma pequena população ribeirinha do alto Amazonas comemora a Festa da Menina Morta. O evento celebra o milagre realizado por Santinho, que após o suicídio da mãe recebeu em suas mãos, da boca de um cachorro, os trapos do vestido de uma menina desaparecida. A menina jamais foi encontrada, mas o tecido rasgado e manchado de sangue passa a ser adorado e considerado sagrado. A festa cresceu indiferente à dor do irmão da menina morta, Tadeu. A cada ano as pessoas visitam o local para rezar, pedir e aguardar as "revelações" da menina, que através de Santinho se manifestam no ápice da cerimônia.

O longa tem momentos fortes, incluindo uma sequência de sexo entre pai e filho, interpretada por Jackson Antunes e Daniel de Oliveira. Durante a cena, alguns espectadores deixaram a sala de exibição em Cannes, onde foi exibido na amostra Un Certain Regard.



Esse Mundo é Meu (1963)

ESSE MUNDO É MEU (1963)

OK.RU

Elenco: Léa Bulcão, Antonio Pitanga, Luiza Aparecida, Ziraldo, Sérgio Ricardo, Scandal, Ruy do Prado, Maria da Glória Arruda, Moradores da favela da Catacumba. Participação especial: Agildo Ribeiro, Francisco Milani, Maria Helena Dias, Cidália Salles, Ary Toledo

Primeiro filme dirigido pelo músico Sergio Ricardo, foi lançado no dia 1º de abril de 1964, exatamente no dia do golpe militar no Brasil, e por conta disso, ficou muito tempo no esquecimento. O filme, com fotografia e câmera de Dib Luft (irmão de Sergio Ricardo) é uma obra-prima, não somente como denúncia social e um registro importante do Rio de Janeiro na época, como pelo trabalho extraordinário da câmera de Dib Luft. O filme, em preto e branco, acompanha 2 histórias paralelas de moradores do Morro da Catacumba (favela carioca que pegou fogo em um incêndio criminoso): Toninho (Antonio Pitanga, na época com 24 anos), é um engraxate e sonha em juntar dinheiro e comprar uma bicicleta para poder namorar com Luzia, o seu amor platônico. E temos Pedro (Sergio Ricardo), um operário que namora uma jovem grávida, mas que, por péssimas condições trabalhistas e sem receber aumento, testemunha a sua namorada fazer um aborto, pois ela não quer que o filho passe fome e sofra humilhação em vida. Com imagens pouco conhecidas do Rio de Janeiro da época, o filme traz referências estéticas do neo-realismo italiano e da Nouvelle Vague. A câmera na mão, a história de marginalizados, filmagem em locação e uma trilha sonora de arrebatar. A cena de Pitanga com Ziraldo é hilária, e acaba sutilmente fazendo uma critica ao poder da Igreja católica. O filme tem um olhar sobre os desfavorecidos no Brasil, e com esse olhar humanista, procura levantar a bandeira da igualdade social. Um filme repleto de cenas antológicas, entre elas, a do personagem de Toninho andando de bicicleta no final.


DVD São Bernardo - A loja do IMS - Instituto Moreira Salles - na internet

S. BERNARDO (1972)

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Dirigido por Leon Hirszman

ELENCO: Othon Bastos, Isabel Ribeiro, Rodolfo Arena, Joseph Guerreiro, Labanca, Vanda Lacerda, Mário Lago, Nildo Parente, José Policena, Andrey Salvador, Jofre Soares

Clássico adaptado da obra literária de Graciliano Ramos, publicada em 1934. O filme concorreu no Festival de Cannes na Mostra Quinzena dos Realizadores e venceu um prêmio especial no Festival de Berlin em 1972. Protagonizado por Othon Bastos e Isabel Ribeiro, o filme se passa no Município de Viçosa, no Alagoas, nos anos 30 (Graciliano Ramos nasceu em Alagoas e passou boa parte de sua vida em Viçosa, escrevendo algumas de suas obras). Narrado em off por Paulo Honório, personagem de Othon Bastos, um rico fazendeiro, dono da fazenda são Bernardo. Paulo narra a sua trajetória desde que era um pobre e esforçado caixeiro viajante, e através de sua cobiça e ambição, comprou a decadente fazenda São Bernardo e a revitalizou. À medida que vai enriquecendo, Paulo vai se tornando um homem cada vez mais solitário e frio, desconfiando de todos, maltratando os amigos e empregados. Sentindo que está na hora de ter filhos para herdarem sua fazenda, Paulo conhece a professora Madalena (Isabel Ribeiro) e propõe casamento. Em princípio Madalena recusa o casamento, pois gosta de dar aula e tem outras prioridades na vida, como cuidar dos pobres e desassistidos. Acaba se casando, e aí começa um périplo existencial e emocional que destrói a relação: Madalena visita os vizinhos pobres e protege os empregados da fazenda, fazendo com que Paulo a considere uma comunista e acredita que ela o está traindo. Othon Bastos está poderoso no papel de Paulo Honório, se transformando em um homem amargurado e violento. Othon ganhou o Kikito em Gramado em 1974. Isabel Ribeiro empresta o seu grande talento para a humanista personagem de Madalena. Mas a grande estrela do filme é a fotografia de Lauro Escorel: o filme, com raras exceções, é composto por rígidos enquadramentos fixos, com longa duração, sem coberturas. Reza a lenda que o filme tinha um orçamento apertado e foi recomendado filmar tudo em planos masters e não cobrir para economizar negativo. Se isso é verdade ou não, o fato é que transformou o filme em uma obra-prima de composição visual, complementada por músicas de Caetano Veloso.



MEU PAÍS (2011)

ELENCO: Rodrigo Santoro, Cauã Reymond, Débora Falabella, Anita Caprioli, Paulo José, Eduardo Semerjian, Luciano Chirolli, Nicola Siri, Stephanie de Jongh

Marco (Rodrigo Santoro) é um jovem empresário da área de finanças, que mora em Roma, com sua namorada italiana. E num momento de grande definição profissional e de decisão em sua empresa, ele é chamado às pressas para voltar ao Brasil. Motivo. Falecimento de seu pai Armando (Paulo José). Chegando aqui, ele se reencontra com seu irmão, Tiago (Cauã Reymond), com quem não falava a muito tempo. Tiago administra a empresa da familia, mas o seu vício em jogatina o faz perder a razão e as finanças da família. Ao mesmo tempo, Marco descobre que tem uma meia-irmã, Manuela (Debora Falabella), resultado de uma união extraconjugal de seu pai. Ela é mentalmente desequilibrada, e mora em uma clínica. O médico diz que Marco deve levá-la com ele, para que ela retorne a sociedadde. Em meio a tantos tumultos emocionais, Marco precisa tomar decisões que mudarão sua vida para sempre.
Belo drama emotivo dirigido por André Ristum, É o seu filme de estréia, e tem um quê de autobiográfico. André morou muito tempo na Itália e também teve que decidir que rumo tomar, após um choque emotivo na família. Boa parte da crítica detestou o filme, pelo seu excesso de melodrama. Mas foi justamente isso, o que eu gostei. Boas atuações, um roteiro didático e sem surpresas, mas eficiente. trilha sonora competente e bela fotografia. No conjunto, me agradou bastante. Muito acima da média. A atuação de Debora Falabella foi bastante criticada, mas eu achei sincera.


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CAPITÃES DA AREIA (2011)

DRIVEGOOGLE / OK.RU

ELENCO: Ana Cecília, Ana Graciela Conceição da Silva, Elielson Santos da Conceição, Israel Vinícius Gouvêa de Souza, Jean Luis Amorim, Jussilene Santana, Marinho Gonçalves, Paulo Raimundo Abade Silva, Roberio Lima, Romário Santos de Assis

Adaptação de clássico literário de Jorge Amado, o filme ambientado nos anos 30 em Salvador, tem como protagonista jovens marginais que vivem nas ruas. Eles roubam, fazem armações,e criam em si uma espécie de sociedade, liderados por Pedro Bala. A esse grupo de meninos, se junta Dora e seu pequeno irmão. A mãe de Dora morreu de varíola e ela ficou sem lar e sem família. De inicio Pedro Bala a rejeita, mas logo entre eles surge o amor.
Belo drama dirigido por Cecília Amado, neta do escritor. Sensível e com ótima interpretação do elenco adolescente, que no geral funcionam muito bem. A ambientação, direção de arte e fotografia ajudam bastante a contar a história o mais realista possível. A trilha de Carlinhos Brown é boa, apesar de uma ou outra trilha incidental não funcionar bem com a cena. A montagem também é histérica, e me incomodou bastante. Não detém um momento no rosto do ator. Um problema de produção também prejudicou o filme: como pararam 6 meses por falta de dinheiro, quando retomaram as filmagens, fica evidente que os atores cresceram e mudaram de fisionomia. Mas é um filme que merece atenção pela sua sensibilidade e pelo carinho evidente.

O ABISMO PRATEADO (2011)

DOWNLOAD / ASSISTA ONLINE

Dirigido por Karim Aïnouz

ELENCO: Alessandra Negrini, Camila Amado, Carla Ribas, Thiago Martins, Gabi Pereira, João Vítor Silva, Otto Jr., Sérgio Guizé, Milton Gonçalves

Violeta (Alessandra Negrini) é uma dentista, casada e com filho adolescente. Após transar com o seu marido numa manhã, ela segue para a sua rotina: Consultório, academia. Até que ela recebe uma mensagem em seu celular. Seu marido a abandonou. A partir desse momento, sua vida se tranforma, e ela fica sem rumo. decide ir ao seu encalço, mas o aeroporto está fechado, e ela vaga pelas ruas de Copacabana, até o amanhecer. Nesse meio tempo, ela conhece várias figuras da noite.
Belíssimo drama, com fotografia estupenda de Mauro Pinheiro Jr. O filme é baseado livremente na canção de Chico Buarque, "Olho nos olhos", que fala sobre uma mulher abandonada. Tecnicamente o filme é muito bom, e Alessandra Negrini está ótima, com uma cena antológica: quando ela se esvai dançando numa boite, ao som de "Maniac", da trilha de "Flashdance". Negrini é o filme. O elenco de apoio está todo muito bem, com destaque para Thiago Martins e Otto jr, que faz o papel do marido. O ponto fraco do fiilme é o roteiro: o filme carece de dramaturgia. As cenas são soltas, e o filme se perde entre as sensações da personagem. Mas a força do visual e do talento de Alessandra Negrini seguram a atenção do espectador. Karin mais uma vez fala sobre seus temas recorrentes: abandono e saudades.


PONTO FINAL (2011)

ELENCO: Arthur Aguiar, Dedina Bernardelli, Hermila Guedes, Julia Bernat, Othon Bastos, Roberto Bomtempo, Sílvio Guindane 

Davi (Roberto Bomtempo) é um funcionário bem sucedido de uma empresa. Ele vive um casamento de fachada com Helena (Dedina Bernadelli), e tem uma filha adolescente, Beatriz (Julia Bernat). Um dia, Beatriz é morta por uma bala perdida, ao voltar da escola numa Rua em Ipanema. Davi surta, e a partir daí, entra em um processo de degradação moral, frequentando pontos de ônibus e vagando pelas ruas da cidade. Sonho e realidade se misturam, e Davi conhece uma mulher (Hermila Guedes), que segue com ele através das memórias afetivas. Ela também tem um passado traumático, e juntos, tentarão entender o porquê de tudo isso.
Filme autoral de Marcelo Taranto, mesmo cineasta de "A hora marcada". Baseado no livro de Francisco Oliveira, "Tudo é passageiro", o filme tem uma narrativa bastante complexa, alternando realidade e pesadelo, através de cenários de sonhos ambientados em ônibus. Com uma forte linguagem teatral e verborragia, é um filme hermético que será melhor apreciado por quem se deixar levar pela proposta do diretor. Caso contrário, pode ser uma experiência traumática. De ritmo lento, o filme vai aos poucos se misturando na montagem, a ponto do espectador não mais saber qual realidade está assistindo. Hermila Guedes e Dedina Bernadelli se destacam, conferindo dor e tristeza a suas personagens gélidas. Ótima direção de arte e figurino, além de uma fotografia funcional, que ajuda a criar esse universo soturno de um pesadelo sem fim.


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O MAIOR AMOR DO MUNDO (2006)

ULOZTO / OK.RU

Dirigido por Cacá Diegues

Elenco: José Wilker, Taís Araújo, Anna Sophia Folch, Sérgio Britto, Marco Ricca, Hugo Carvana, Deborah Evelyn, Clara Carvalho, Léa Garcia, Sérgio Malheiros, Max Fercondini, Otávio Serra, Cíntia Rosa, Sílvio Guindane, Erika Mader, Stephan Nercessian, Guida Viana, Bruno de Luca, AfroReggae, Flora Diegues, Jorge Cury, Álamo Facó, Marcelo Adnet, George Sauma

Antônio é um famoso astrofísico brasileiro, que trabalha também como professor em uma universidade americana. Pouco antes de retornar ao Brasil, onde receberá uma homenagem do governo, Antônio recebe a notícia de que sofre de um tumor fatal no cérebro. Já no Rio de Janeiro, ele descobre a verdadeira identidade de seus pais biológicos e a surpreendente história de amor entre eles, o que faz com que entre em uma jornada pessoal pela cidade.



GIOVANNI IMPROTTA (2013)

Direção: José Wilker

Elenco: José Wilker, Andréa Beltrão, Yago Machado, Thelmo Fernandes, Gillray Coutinho, André Mattos, Hugo Carvana, Othon Bastos, Milton Gonçalves, Jô Soares, Eduardo Galvão, Rogério Fróes, Cristina Pereira, Gregório Duvivier, Alexandre Zacchia, Guida Vianna, Norival Rizzo, Thogun Teixeira, Paulo Mathias Jr., Roney Vilela, Aderbal Freire Filho, Julia Gorman, Paulo Goulart, Reinaldo Marins, João Rodrigo Ostrower

Giovanni Improtta (José Wilker) é um contraventor que sonha com a ascensão social. Ao saber que a lei dos cassinos está sendo negociada nos bastidores, ele resolve entrar para o ramo. Para limpar sua imagem recorre ao vereador evangélico Franklin (Thelmo Fernandes), seu velho amigo, que lhe consegue o título de cidadão honorário do Rio de Janeiro. Apesar de ser casado com Marilene (Andréa Beltrão), Giovanni mantém um caso tórrido com Patrícia, filha de um figurão. Como o pai dela não gosta do romance, Giovanni decide agradá-lo comprando um rim, já que sofre de problemas renais. Porém, o que ele não esperava era ser acusado de tráfico de órgãos e, para piorar, que o promotor do caso fosse assassinado. Giovanni logo se torna o suspeito número um do crime e agora precisa encontrar um meio de provar sua inocência.



A PARTILHA (2001)

DEPOSITFILES

Direção: Daniel Filho, baseado na peça teatral homônima de Miguel Falabella

Elenco: Glória Pires, Andréa Beltrão, Paloma Duarte, Lilia Cabral, Maitê Proença, Guta Stresser, Miguel Falabella, Marcello Antony, Dennis Carvalho, Thiago Fragoso, Herson Capri, Fernanda Rodrigues, Chica Xavier, Dênis Carvalho, Bianca Castanho, Lui Mendes, Cassiano Carneiro, Cininha de Paula

Reunidas para o enterro da mãe, quatro irmãs, Selma (Glória Pires), Regina (Andréa Beltrão), Laura (Paloma Duarte) e Lúcia (Lilia Cabral), discutem entre elas a divisão de um amplo apartamento em Copacabana e os móveis contidos nele. Nessa discussão da partilha de bens, elas confrontam entre si suas opções de vida, já que todas seguiram caminhos bem diferentes em suas vidas. Fazem então, um balanço do passado, dos bons momentos que tiveram juntas, e das situações que o cotidiano impõe.



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CABRA-CEGA (2004)

OK.RU / ULOZTO

Dirigido por Toni Venturi

ELENCO: Leonardo Medeiros, Débora Duboc, Jonas Bloch, Michel Bercovitch, Bri Fiocca, Odara Carvalho, Milhem Cortaz, Renato Borghi, Walter Breda, Elcio Nogueira

Tiago (Leonardo Medeiros) e Rosa (Débora Duboc) são dois jovens militantes da luta armada, que sonham com uma revolução social no Brasil. Após ser ferido por um tiro, em uma emboscada feita pela polícia, Tiago precisa se esconder na casa de Pedro (Michel Bercovitch), um arquiteto simpatizante da causa. Tiago é o comandante de um "grupo de ação" de uma organização de esquerda, que está no momento debilitada e estuda um retorno à luta política. Rosa é o contato de Tiago com o mundo, sendo agora ainda mais importante por estar ferido. Com o passar do tempo Tiago passa a ficar preocupado com a segurança deles, adotando um comportamento estranho e colocando dúvidas em Pedro se ele não seria um traidor.



RISCADO (2011)

Elenco: Karine Teles, Camilo Pellegrini, Otávio Müller, Dany Roland, Gisele Fróes, Lucas Gouvêa, Cecília Hoeltz, Otto Jr., Cris Larin, Danilo Watanabe, Patrícia Pinho, Camila Nhary, Leticia Novaes

Bianca (Karine Teles) sonha em ser atriz reconhecida pelo seu trabalho, Porém, lhe falta oportunidades profissionais. Para se manter, ela trabalha em eventos: canta parabéns, faz apresentações vestida de Carmen Miranda, Marylin Monroe, etc, nas ruas, em inaugurações de lojas e outras atividades. Um dia, Bianca vai fazer um teste para um filme. Para sua surpresa, ela passa no teste. Ela repensa sua vida, e se desfaz de várias coisas, contando com o trabalho certo. Até que o assistente do Diretor lhe avisa que ela não fará mais o filme.

Produzido, dirigido e escrito em parceria com sua esposa, a atriz Karine Teles, Gustavo Pizzi usa da criatividade para bancar a falta de dinheiro da produção. Nitidamente mambembe, o filme carece de uma fotografia e técnica melhores. Mas isso não impede que o espectador se deixe emocionar pela trajetória triste e melancólica da protagonista. Inspirado em um fato real que aconteceu com Karine, ela reescreve tudo com humor e sem nenhum pingo de rancor. O filme em questão é "Rio Sex Comedy", do americano radicado no Brasil Jonathan Nossiter. É curioso enxergar o dia a dia infeliz da protagonista, às voltas com aluguéis atrasados e diretores sedutores. Karine é o grande trunfo do filme, e por ela, o filme merece ser visto. Ela ganhou em 2010 o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio.


BEIRA-MAR (2015)

OK.RU

Elenco: Mateus Almada, Maurício Barcellos, Ariel Artur, Irene Brietzke, Elisa Brittes, Maitê Felistoffa, Francisco Gick, Fernando Hart, Danuta Zaguetto

Festival de Berlin. Salas lotadas e críticas positivas. Um filme brasileiro que fala sobre a descoberta da sexualidade e saída do armário de 2 meninos adolescentes que se apaixonam. Os atores são desconhecidos. A trilha sonora é de indie rock. É um filme fofo para uma platéia jovem e antenada. Não, esse filme não é o paulista "Hoje quero voltar sozinho", de Daniel Ribeiro. O filme é o gaúcho "Beira mar", de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, que também escreveram o roteiro. Ambos os filmes fizeram sucesso em um circuito cult independente. O que difere um do outro é a sua narrativa. Em "Beira mar", o discurso é sobre o vazio da vida. Nada ou quase nada aconece na vida dos adolescentes retratados no filme. A vida segue rotineira, sem sobressaltos, tediosa. É um filme sobre o tédio, e dessa forma, o ritmo é muito lento. Dois amigos de longa data, Martin (Mateus Almada) e Tomaz (Maurício Barcellos, descoberto pelos Diretores no Facebook) seguem de Porto Alegre para passar um final de semana em uma praia no Sul. Um deles aproveita para ir buscar documentos para o seu pai, na casa de familiares distantes. Durante uma festinha onde o que rola é o jogo Verdade e consequência e muita bebedeira (Outra referência óbvia de "Hoje quero voltar sozinho"), os dois amigos transam com meninas. No dia seguinte, Tomaz, ressacado, revela ao amigo que é gay. A partir daí, a amizade dos 2 toma um novo rumo. "E sua mãe também", de Afonso Cuarón, também é outra grande referência para o filme, sem contar com o desfecho à la "Os incompreendidos", de Truffaut. Nesse filme de cinéfilos, sobra um espaço para uma vidência: filmado em 2012, "Beira mar" veio antes de "Azul é a cor mais quente" e a protagonista com cabelo pintado de azul. Em um determinado momento, Tomaz também pinta o seu cabelo de azul. O que me sobressai desde o inicio nesse filme é a sua fotografia, extraordinariamente fotografada por João Gabriel de Queiroz. As composições de quadro, os primeiros planos, a melancolia exposta pelas cores. Muito bonito. O filme em si tem uma narrativa muito fria e junto da apatia de todos os atores, pode incomodar a garotada que for ver o filme pensando em reencontrar a deliciosa evocação adolescente de "Hoje quero voltar sozinho". Aos que se deixarem levar pela poesia que o filme traz, em sua narrativa e ritmo Zen, pode se emocionar. Menção para a coragem e dedicação dos 2 jovens atores protagonistas, que mesmo sem muita experiência, provam que Atuar é uma Arte que deve ser feita com verdade nas telas.



DEPOIS DE TUDO (2015)

OK.RU / DRIVEGOOGLE

Elenco: César Cardadeiro, Marcelo Serrado, Maria Casadevall, Otávio Muller, Rômulo Estrela, Bárbara Paz, Clarice Niskier, Edmilson Barros, Giselle Batista, Guida Viana, Hamilton Vaz Pereira, Juliana Schalch, Letícia Isnard, Luciana Fregolente, Soraya Ravenle

Adaptação da peça "No retrovisor", de Marcelo Rubens Paiva, o filme surpreende para quem não viu o espetáculo teatral, com a mesma dupla de protagonistas, Marcelo Serrado e Otávio Muller: é um Drama! Eu achei de verdade que iria assistir a uma comédia romântica. E essa surpresa foi muito interessante. Mesmo que o tema não seja nada original (20 anos da história da amizade entre 2 amigos, sonhos desfeitos, triângulo amoroso), o filme seduz pela linda fotografia de Dudu Miranda, a trilha sonora de Plinio Profeta, que inclui a música hino do Legião Urbana, "Soldados" e pela direção de atores muito boa de Johnny Araújo. Otávio Muller prova ser um dos maiores atores em atividade no Brasil. A boa revelação fica por conta do jovem Rômulo Estrela e Maria Casadevall, bons em cena. A história gira em torno do reencontro 20 anos depois de Marcos e Ney. Um virou um famoso cantor brega, mas está cego. O outro trabalha em uma repartição pública aprovando projetos culturais. A internação por overdose de uma antiga paixão de ambos os faz se reencontrarem. E nesse retorno, o passado volta forte. O filme talvez pese demais no drama na segunda parte, deixando o filme em tom de tragédia que pode incomodar alguns espectadores. Mas vale assistir pelo trabalho técnico e pelas performances do elenco, principalmente Otávio Muller.


Adriana Esteves - Fotos nua e pelada - Super Nua

REAL BELEZA (2015)

OK.RU

ELENCO: Vladimir Brichta, Adriana Esteves, Vitória Strada, Francisco Cuoco, Samuel Reginatto, Isadora Pillar

Em 1996, Bertolucci lançou um filme que provocou suspiros mundo afora. O motivo? A então ninfeta Liv Tyler, que interpretava uma menina que deixava o personagem de Jeremy Irons nas nuvens. Quase 20 anos depois, em "Real beleza", o cineasta Jorge Furtado, famoso pelos curtas e longas premiados de sua carreira, lança a jovem Vitória Strada, a tal real beleza do titulo. Bonita? Sim, mas jamais estonteante e que justifique tanto celeuma. Cinema é imagem, e fica difícil acreditar que João (Vladimir Brichta), fotógrafo de moda, tenha viajado por vários estados e sem encontrar uma garota exemplar, acaba encontrando nela o ideal da beleza. O filme segue "flat", sem grandes acontecimentos, e as situações parecem forçadas. O excesso da trilha sonora também tira a atenção em cenas importantes. O talento do elenco principal é o que acaba sobressaindo no filme. Mas é Francisco Cuoco quem surpreende no papel do marido literato e cego da personagem de Adriana Esteves. Contido, sem caricatura, memorável. Adriana Esteves também merece aplausos pela coragem de se expor totalmente nua no filme, entendendo a necessidade para a trajetória da personagem. Palmas para ela!!!! Ah, a cena final soa extremamente exagerada. Será que a intenção era ser uma cena lúdica?



AÇÃO ENTRE AMIGOS (1998)

Dirigido por Beto Brant

ELENCO: Leonardo Villar, Zecarlos Machado, Cacá Amaral, Carlos Meceni, Genésio de Barros, Melina Anthís, Rodrigo Brassaloto, Sérgio Cavalcante, Heberson Hoerbe, Douglas Simon, José Mayer

Lutando contra o regime militar brasileiro, os amigos Miguel, Paulo, Elói e Osvaldo são presos pelas forças de repressão da ditadura em 1971 e torturados durante meses por Correia, responsável pela morte de Lúcia, namorada de Miguel. Vinte e cinco anos depois, os quatro amigos se reúnem ao tomar conhecimento de que o torturador, ao contrário da versão oficial, está vivo. Decidem então seqüestrá-lo e matá-lo. Todavia, ao ser capturado, Correia faz uma revelação surpreendente que muda toda a história. 



VIAGEM AOS SEIOS DE DUÍLIA (1964)

Dirigido por Carlos Hugo Christensen, baseado em conto de Aníbal Machado

Elenco: Rodolfo Mayer, Nathália Timberg, Oswaldo Louzada, Lícia Magna, Sara Nobre, Isolda Cresta, Rosa Sandrini, Maurício Loyola, José Policena, Otávio Cardoso, Geny Dias, Nelson Camargo, Gilda Nery, Mariângela, Wilma Patrícia, Manoel Teixeira, Armando Rosas, Oscar Cardona, João Amaral, Palmira Barbosa, Maria Luiza Paz, Cristina Zanini, Jotta Barroso, Emídio Ferreira, Victória Simões, Mário de Lucena, Lita Palacios, Artur Semedo

Funcionário público se aposenta após 36 anos e depois de uma desilusão amorosa e da morte de um ex-companheiro de trabalho, volta a sua cidade natal (Pouso Triste, Minas Gerais) em busca da mulher que amou aos 15 anos. Porém se depara com as marcas deixadas pelo passar dos anos.



XINGU (2011)

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Direção: Cao Hamburguer

Elenco: João Miguel, Felipe Camargo, Caio Blat, Maiarim Kaiabi, Awakari Tumã Kaiabi, Adana Kambeba, Tapaié Waurá, Totomai, Maria Flor, Augusto Madeira, Fábio Lago

Nos anos 40, três irmãos, Orlando (Felipe Carmargo), Claudio (João Miguel) e Leonardo Villas Boas (Caio Blat), moradores da Grande cidade, resolvem se aventurar numa expodição promovida pelo Governo, chamada de Roncador-Xingu, com a missão de desbravar a Região Centro-Oeste brasileira. Aventureiros, os três partem para descobrir a vida selvagem. Acabam se envolvendo com a questão indígena, de posses de terra, e se aculturam, sendo abraçados pela população indígena. Porém, paralelo a essa conquista, temos o Governo, que quer tomar posse das terras dos índios, a questão da rivalidade entre diversas tribos, a chegada da doença do homem branco, dizimando centenas de índios e a briga entre os três irmãos, de interesses distintos. O filme culmina com a criação do Parque Xingú, uma reserva indígena que abrange atualmente mais de 50 ocas, contando com mais de 6 mil índios. Tecnicamente, um filme perfeito: fotografia, a cargo de Adriano Goldman, direção de arte, trilha sonora (linda), som. Os atores, em especial João Miguel, estão ótimos. A grande revelação são os índios, muitos deles, que nunca atuaram, se mostraram extremamente perfeitos. São fotogênicos, expressivos. Fica aqui a estranheza de ver Maria Flor fazendo uma figuração, pois ela aparece em várias cenas, sem ter uma única fala. Não sei se cortaram cenas dela na fase de montagem. Porém, a medida que o filme se desenvolve, ele vai perdendo emoção. A narrativa segue fria, lenta, e tudo soa muito didático e óbvio. Parece que a intenção dos produtores é de mostrar as belezas da região, a preocupação em preservar indios e floresta, porém, nada disso realmente é novidade. Poderiam ter aprofundado mais na relação dos 3 irmãos, essa sim, uma grande história. Porque pessoas comuns, moradoras da grande cidade, abandonaram trabalho, amigos, família, para se aventurar em algo que desconhecem. Isso no filme não existe. Fica apenas a boa intenção do projeto, uma mensagem obviamente válida, mas como dramaturgia, ficou devendo.



OS 3 (2011)

DIREÇÃO: Nando Olival

Elenco: Juliana Schalch, Rafael Maia, Gabriel Godoy, Alceu Nunes, Victor Mendes, Henrique Taubaté, Sophia Reis, Cecília Homem de Melo

Cazé, Rafael e Camila são 3 jovens vindos de diferentes pontos do País, que vieram a São Paulo para estudar na faculdade de publicidade. Resolvem dividir um apartamento em uma região industrial da capital. Juntos, formam um triângulo amoroso, e a regra é que nenhum dos 3 tenha qualquer tipo de envolvimento amoroso no trio. Dividindo sonhos e frustações, os 3 passam 4 anos da faculdade juntos. Quando o curso termina, eles ficam sem rumo. Aceitam uma proposta de um empreendedor: passarem os 3, no apartamento, sob a vigilância de várias câmeras, para que os consumidores possam comprar os produtos utilizados por eles. Porém, o que eles não imaginariam, é que sentiriam sentimentos de amor entre eles, o que poderá acarretar a destruição da amizade.
"Os 3" é claramente inspirado em "Os sonhadores" e filmes afins. Porém, o que os outros filmes tem de sensual e erótico, aqui só tem de falta de tesão e sexo púdico. Os produtores quiseram segurar a onda, para evitar que o filme obtivesse uma faixa etárea mais elevada. Mas foi bobagem: o filme teria sido muito melhor se tivesse uma voltagem maior de erotismo. Os 3 atores são bonitos, mas falta ainda estofo. As performances não tem nuances. A fotografia de Ricardo della Rosa é um escândalo de bonita. Esse filme é o primeiro produzido pela dupla Nando Olival e Della Rosa, na produtora criada por ambos, Cinema Futebol Clube. Mas o roteiro simplório, sem muita ambição, não proporciona novidades ao espectador. Tudo é previsível e implausível. O filme mistura drama, romance, comédia e humor pastelão, numa mistura que as vezes não funciona. Fica a boa vontade e pelo menos o espectador pode ver um produto despojado e simpático, apesar de tudo.


A VIDA INVISÍVEL (2019)

DRIVEGOOGLE

Elenco: Carol Duarte, Julia Stockler, Fernanda Montenegro, Gregório Duvivier, António Fonseca, Flávia Gusmão, Cristina Pereira, Gillray Coutinho, Bárbara Santos, Marcio Vito, Nikolas Antunes, Maria Manoella, Hugo Cruz, Pablo Pêgas, Thales Miranda, Maria Carolina Basílio, Eduardo Tornaghi, Flávio Bauraqui, Cláudio Gabriel

O cineasta cearense Karin Ainouz é realizador de um dos filmes que mais amo na vida, “O céu de Suely”. Quase 13 anos depois, ele lança um filme adaptado do romance “A vida invisível de Euridice Gusmão”, de Martha Batalha, e acabou ganhando o prêmio de melhor filme na Mostra Um certo Olhar em Cannes 2019. Logo de cara me foi impossível não associar ao filme de Spielberg, “A cor púrpura”. Ambos os filmes tem muitos pontos em comum: são filmes epistolares (barrados em off por uma das protagonistas através da escrita de cartas), tem duas irmãs que são separadas por um homem brutal, mostram uma sociedade matriarcal onde a mulher só serve para parir e fazer atividades domésticas e servir de objeto sexual para seus maridos, é claro, todos os personagens masculinos são castradores, machistas e ridicularizados. Em comum também, o fato de serem romances escritos por mulheres mas dirigidos por homens. Mas isso não é nenhuma crítica. Tanto Spielberg quando Karin possuem sensibilidade o suficiente para trazer delicadeza e humanidade aos filmes. Com um trabalho técnico excepcional de fotografia e trilha sonora, “A vida invisível” também conta com um belo elenco que alterna novos talentos, como Júlia Stockler e Carol Duarte, com veteranos como Fernanda Montenegro, Cristina Pereira e um divertido Gregório Duvivier, que vive o marido machista e pateta de Euridice (Carol Duarte), com direito a um Close em seu pênis ereto na noite de núpcias. Em 1950, Euridice e Guida (Stokler) são duas irmãs inseparáveis, filhas de um pai português macaísta e conservador. A mãe delas é uma portuguesa servil ao marido e que nada faz pra defender suas filhas. Quando Guida conhece um marujo grego, ela foge com ele. Nesse meio tempo, Euridice se casa e seu sonho de se tornar pianista vai embora. Quando Guida volta, graúda e desencantada, é expulsa pelo pai que não aceita de volta. Sem saber do paradeiro uma da outra, as irmãs lutam para se reencontrarem. Com ritmo lento mas contemplativo, o filme faz um relato cruel da sociedade patriarcal brasileira dos anos 50, onde a mulher não tinha voz. Todas as mulheres no filme sofrem e todos os homens são uns crápulas. Karin em depoimento disse que o filme é anti/machista. Faz sentido. Para os espectadores que vão assistir ao filme para assistir Fernanda Montenegro, saibam que serão muito bem recompensados com uma das cenas mais lindas já protagonizadas por ela. Um filme melancólico, que fala muito sobre uma sociedade dos anos 50 e que ainda repercute nos dias de hoje de forma velada. Produzido pelo produtor brasileiro Rodrigo Teixeira, “A vida invisível” era a aposta brasileira para o Oscar de filme estrangeiro em 2020. 



CRONICAMENTE INVIÁVEL (2000)

DOWNLOAD / ASSISTA O FILME

Dirigido por Sérgio Bianchi

ELENCO: Cecil Thiré, Betty Gofman, Daniel Dantas, Dan Stulbach, Umberto Magnani, Dira Paes, Leonardo Vieira, Cosme dos Santos, Zezé Motta, Zezeh Barbosa, Cláudia Mello. Rodrigo Santiago, Carmo Dalla Vecchia, João Acaiabe, Patrick Alencar, Roberto Bomtempo, Gero Camilo, Lígia Cortez, Tulianne Cristina, Verônica Novaes de Aragão, Luiz Antônio do Nascimento, Juliano Ferraz, Paulo Friebe, Bruno Garcia, Petrônio Gontijo, Ivone Hoffman, André Mattos, Flávia Pucci, Shailla Quadra, Maria Alice Vergueiro, Rejane Zilles

O filme mostra trechos das histórias de 6 personagens, mostrando a dificuldade de sobrevivência mental e física em meio ao caos da sociedade brasileira, que atinge a todos independentemente da posição social ou da postura assumida.



CÃO SEM DONO (2007)

MEGA / OK.RU

Dirigido por Beto Brant e Renato Ciasca, , que é baseado no romance Até o Dia em Que o Cão Morreu, de Daniel Galera

ELENCO: Júlio Andrade, Tainá Müller, Luiz Carlos V. Coelho, Marcos Contreras, Janaína Kremer, Roberto Oliveira, Sandra Possani, Churras

Em Porto Alegre, Ciro é um jovem desmotivado e sem planos. Formado em literatura, trabalha - de vez em quando - com tradução. Ele conhece Marcela, uma bela moça do interior do Rio Grande do Sul que veio à capital sonhando em seguir a carreira de modelo.

Ao contrário de Ciro, Marcela é cheia de planos e sonhos. Depois que ela é atropelada por uma motocicleta, Marcela passa uma temporada no apartamento de Ciro. Um dia, ela aparece para dizer que ficaria muito tempo longe, porque está com câncer e talvez nunca mais se vissem. Diante desta situação, Ciro se desespera e perde o pouco do equilíbrio emocional que tinha, caindo no alcoolismo.



OS FAMOSOS E OS DUENDES DA MORTE (2009)

Diretor: Esmir Filho, baseado no romance homônimo de Caneppele

ELENCO: Adriana Seiffert, Áurea Baptista, Henrique Larré, Ismael Caneppele, Samuel Reginatto

O protagonista, interpretado por Henrique Larré, é Mr. Tambourine Man (nome inspirado numa canção de Bob Dylan), um adolescente que usa a internet para escapar do tédio da cidade onde mora, no interior do Rio Grande do Sul.



Eles Voltam - Filme 2011 - AdoroCinema

ELES VOLTAM (2012)

Dirigido e roteirizado por Marcelo Lordello

ELENCO: Maria Luiza Tavares, Geórgio Kokkosi, Elayne de Moura, Mauricea Conceição, Jéssica Gomes de Brito, Irma Brown, Germano Haiut, Teresa Costa Rêgo, Clara Pinheiro

Eu estava bastante ansioso para assistir a esse filme pernambucano, principalmente após o sucesso na carreira Internacional (Seleção Rotterdan) e o Prêmio de melhor filme em Brasília, um Festival com prestígio de premiar filmes autorais. Fotografado belamente por Ivo Lopes Araújo, do excelente "Tatuagem", o filme narra a história de Cris e Peu, dois adolescentes, ela com 12 anos. O filme começa com o carro onde eles estão, parando em uma estrada. Os pais, em crise de histeria mental, abandonam os dois à mercê da sorte na estrada. Tensos e sem entender nada, os dois ficam desorientados. O irmão resolve ir até um Posto, mas não retorna. Cris, isolada, resolve seguir estrada, e pelo caminho, se depara com pessoas que farão ela mudar o seu ponto de vista da vida e da sociedade. O filme é bom. Mas não consegui ir além dessa observação. Tem um bom elenco (a menina Maria Luiza Tavares é um achado), ótima fotografia. O roteiro não surpreende, e nem tem reviravoltas na trama. Apenas acompanhamos, com extrema apatia de todos os personagens, o desenrolar da descoberta de Cris para um mundo adulto, que ela até então desconhecia. (Ela é de familia classe média alta). Ela se depara com moradores de comunidade, trabalho terceirizado, com o sexo, com a solidão e a bipolaridade de seus pais. O seu rito de passagem vem acompanhado por uma narrativa extremamente lenta, e até mesmo, cansativa. Para mim, o filme, de 100 minutos, parecia eterno. "Eles voltam" surgiu com uma aura cult, mas diferente de "Som ao redor", dificilmente atingirá um público mais amplo. Tipo do filme que entra em um único horário de uma sala de cinema. Torcer para poder ser visto. Mesmo que metade da platéia ameace dormir no meio do filme.



Estamos Juntos – Wikipédia, a enciclopédia livre

ESTAMOS JUNTOS (2011)

Dirigido por Toni Venturi

ELENCO: Leandra Leal, Cauã Reymond, Lee Taylor, Nazareno Casero, Dira Paes, Debora Duboc, Sidney Santiago, Marat Descartes, Érica Ribeiro, Luisa Micheletti, Luciano Chirolli, Zécarlos Machado, Natallia Rodrigues, Júlio Calasso, Ivanete de Araújo, Manuel Pedro Dos Santos, Cláudia Juliana, Douglas Simon, Yaniel Mattos, Luísa Maita, Edgard Scandurra, Eduardo Bid, Pedro Bandeira

Carmen (Leandra Leal) mora na Grande São Paulo. Ela veio de Penedo, Rio de Janeiro, e tenta construir sua vida dignamente. Trabalha como médica residente e é organizada e responsável. Murilo (Cauã Reymond) é seu melhor amigo, e trabalha como Dj. Ele é gay, e divide seu apartamento com Juan (Nazareno Casero), um músico que toca com ele em festas. Carmen começa um relacionamento com Juan, o que provoca ciúmes em Murilo que rompe a amizade com ela. Ao mesmo tempo, Carmen divide seu espaço com um amigo misterioso (Lee Taylor), e um problema de saúde surge inesperadamente, trazendo insegurança e medo para Carmen.
Bom drama, prejudicado por um roteiro falho, que atira para todos os lados e não conclui nenhum. Além disso, o personagem do amigo misterioso é mal construído, e fica a dúvida sobre o porquê de existir esse personagem. A fotografia é escura, apesar de em alguns momentos ter enquadramentos e luz belas. A trilha sonora é bonita, e o elenco como um todo está bem, com destaque para Leandra Leal e Dira Paes. Ótimas. O erro de casting se encontra em Nazareno Casero, que não se encaixa no perfil de seu músico sedutor. Em nenhum momento ele confere credibilidade, pelo contrário, torna risível.
O filme recebeu 7 prêmios no Festival de Recife 2011, entre eles melhor filme, atriz, fotografia e roteiro.


Engraçadinha Depois dos Trinta (Filme) | Programação de TV | mi.tvImagemImagem

ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA (1966)

OK.RU

Diretor: J. B. Tanko

ELENCO: Irma Álvarez, Fernando Torres, Vera Vianna, Mário Petráglia, Carlos Eduardo Dolabella, Cícero Costa, Cláudio Cavalcanti, Oswaldo Loureiro, Emiliano Queiroz, Ronaldo Brasil, Yolanda Cardoso, Thelma Reston, Rubens de Falco, Laura Galano, Adélia Iório, Suzana Kunkler, Lia Mara, Pietro Mário, Silvio Soldi, Milton Luiz, Jeferson Duarte, Campelo Filho, Luiz Palácios, Victor di Mello, Ginaldo de Souza, Marino Tardiso, Anibal Marotta, Jorge Maia, Glauce Rocha, C. Adolpho Chadler, Raul da Mata, Leila Lopes, Luiz Mendonça, Lourdes Ribeiro

Insatisfeito no casamento, Odorico Quintela passeia pela cidade em busca de flertes eventuais. É quando conhece a estudante Silene. Mas, ao ser apresentado a sua família, se encanta por Engraçadinha, a jovem mãe da moça.


Engraçadinha (1981) (AD) | Filmes, Dvd, VerdadesImagem
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ENGRAÇADINHA (1981)

OK.RU

Dirigido por Haroldo Marinho Barbosa, adaptação cinematográfica do romance Asfalto Selvagem: Engraçadinha, Seus Pecados e Seus Amores, do escritor Nélson Rodrigues.

ELENCO: Lucélia Santos, José Lewgoy, Nina de Pádua, Luís Fernando Guimarães, Wilson Grey, Carlos Gregório, Daniel Dantas, Nelson Dantas, Cláudio Correia e Castro, Elizabeth Souza, Eva Carbon, Florêncio Fenocchio, Francisco Lima, Henriqueta Bertoletti, Leonides Barbosa, Lourival Trindade, Sônia Figueiredo

Um homem conceituado comete suicídio. Após o velório, Arnaldo (José Lewgoy), é questionado sobre o motivo da tragédia. Suspeitava-se que o morto era amante da filha, Engraçadinha (Lucélia Santos), mas um padre descobre que ela tinha se apaixonado por Sílvio (Luís Fernando Guimarães), seu meio-irmão, pensando que era primo — um segredo de família que é desvendado com o toque trágico de Nélson Rodrigues.


Juliana do Amor Perdido - Filme 1970 - AdoroCinema

JULIANA DO AMOR PERDIDO (1970)

OK.RU

Diretor: Sérgio Ricardo

ELENCO: Maria do Rosário Nascimento e Silva, Francisco Di Franco, Macedo Neto, Antonio Pitanga, Ítala Nandi, Líbero Ripoli, Reynuncio Lima, Walderez de Barros, Perry Salles, Miriam Mehler

O filme conta a história de Juliana, jovem que sofre nas mãos do pai - um líder de pescadores que diz possuir poderes místicos e que deseja manter com ela uma relação incestuosa.


Bróder | Dvd'sCatalogados

BRÓDER (2011)

ASSISTA O FILME

DIREÇÃO: Jeferson De

ELENCO: Caio Blat, Jonathan Haagensen, Sílvio Guindane, Cássia Kiss, Ailton Graça, Gustavo Machado, Cintia Rosa, Lidi Lisboa, Du Bronks, Eduardo Acaiabe, Márcia de Oliveira

Filme vencedor dos prêmios de Melhor filme, diretor e ator (Caio Blat) em Gramado 2010, narra o drama de Macu (Caio Blat), morador da favela de Capão Redondo, na periferia de São Paulo. O filme se passa em tempo real, no dia do aniversário de Macu. Ele recebe a visita de 2 amigos de infância, Jaiminho (Jonatan Haagensen) e Pibe (Silvio Guindane).
Macu mora com sua mãe (Cássia Kiss) e seu padrasto (Ailton Graça), além de sua meia-irmã, interpretada por Cíntia Rosa. Ela tem uma paixão mal resolvida por Jaiminho, que é um jogador famoso, prestes a ser convocado para integrar a seleção brasileira de futebol. Pibe tabém se arranjou na vida, morando na zona pobre do centro de São Paulo. O retorno dos dois amigos trazem consequências trágicas. Macu está prestes a sequestrar seu amigo Jaiminho, junto com seus comparsas, para poder levantar uma grana. Porém, as coisas não se encaminham do jeito que Macu esperava, e tudo sai fora do eixo.
Bom drama filmado todo em locação, com ótimos atores interpretando com naturalismo os seus personagens. A fotografia e câmera de Gustavo Hadba são ótimas, e servem de linguagem e dinamismo para a narração da história. Porém, o excesso de clichês do gênero filme-favela, nos fazem recorrer o tempo todo a vários outros filmes, com situações muito parecidas. É um filme de boas intenções, mas confesso, me deu preguiça de ficar assistindo.


Natimorto - Filme 2009 - AdoroCinema

NATIMORTO (2009)

DIREÇÃO: Paulo Machline 

Filme conceitual, baseado em romance homônimo de Lourenço Mutarelli, autor de "O cheiro do ralo", e aqui também ator do filme.

O filme inteiro se passa dentro de um quarto de hotel vagabundo.

O filme aposta na claustofobia: um caçador de elenco (Lourenço Mutarelli) propõe a uma cantora (Simone Spoladore) que morem no quarto do Hotel durante anos, sem sair. Enquanto isso, tenta ler a sorte nas fotos impressas nas carteiras de cigarro. O filme tem bela fotografia, e uma estética publicitária. Porém, o forte teor teatral do filme (ele é todo verborrágico, quase 95% do filme é a discussão do casal no quarto) torna o filme cansativo, e a falta de conflito na trama não me seduziu. Achei maçante. Os atores não agem com naturalidade, parecem estar com o texto decorado, e Mutarelli, apesar do visivel esforço, é escritor. E não ator.

O crítico Rodrigo Fonseca o compara a "Cidade dos sonhos", de David Lynch. e eu aqui, modestamente pergunto: será que vimos o mesmo filme?



Não Se Pode Viver sem Amor – Wikipédia, a enciclopédia livre

NÃO SE PODE VIVER SEM AMOR (2010)

DIREÇÃO: Jorge Durán

elenco: Cauã Reymond, Simone Spoladore, Ângelo Antônio, Victor Navega Motta, Fabíula Nascimento

Roseli (Simone Spoladore) e seu filho Gabriel saem de sua cidade e vem ao Rio de Janeiro, em busca de pai do menino, que desapareceu. Chegando ao Rio, suas vidas se cruzam com tipos errantes, às vésperas da noite de Natal: João (Cauã Reymond), um jovem advogado decadente e desempregado, que é apaixonado por Gilda (Fabiúla Nascimento), uma dançarina de boite que sonha se mudar da cidade, e que carrega um passado tenebroso. Temos também a história de Pedro (Ângelo Antônio), filho de um taxista (Rogério Froés), a quem ele dedica seu amor.
Gabriel possui poderes, e costuma criar um mundo de fantasia, para se abstrair da realidade que ele não gosta. João em ato de desespero, pega uma arma e assalta Pedro.
Todas essas histórias se interagem de forma extremamente forçada e gratuita. Os personagens são mal desenvolvidos, e a questão do realismo fantástico na história não funciona. Aliás, a mistura de gêneros não funciona: drama, comédia, fantasia se colidem de forma cruel, causando estranhamento. O filme não tem ritmo, alguns diálogos são ruins. O elenco infelizmente não funciona a contento. O menino chega a ser irritante em cena.
Tecnicamente o filme também é prejudicado por uma fotografia escura, movimento de câmera inadequado e um som muitas vezes inaudível.
Uma pena, pois a filmografia de Jorge Durán é muito interessante.


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BONITINHA, MAS ORDINÁRIA (2013)

OK.RU

Dirigido e adaptado por Moacyr Góes

ELENCO: João Miguel, Leandra Leal, Letícia Colin, Gracindo Júnior, Leon Góes, Maria do Carmo Soares, Ângela Leal, Lígia Cortez, Daniela Galli, Augusto Garcia, Iano Salomão, Patrícia Elizardo, Alexandre Zacchia, Paulo Giardini, Val Perré, Lisa Fávero, Giselle Lima, Alcemar Vieira, Beatriz Bertu, Daniel Villas

Edgard (João Miguel) trabalha como subalterno na empresa do milionário Werneck (Gracindo Junior) e é apaixonado por Ritinha (Leandra Leal), uma mulher simples que trabalha como professora para sustentar a mãe e suas três irmãs. Um dia Peixoto (Leon Góes), genro e funcionário de Werneck, lhe faz uma proposta para que se case com Maria Cecília (Letícia Colin), filha do patrão. O motivo é que Maria Cecília foi abusada e agora está sendo obrigada a se casar pela família. Edgard hesita, mas aceita a proposta. A partir de então ele entra em uma grande dúvida: deve depositar o cheque e se casar com Maria Cecília ou ficar com Ritinha, seu grande amor?


BONITINHA, MAS ORDINÁRIA OU OTTO LARA REZENDE (1981)

OK.RU

DIREÇÃO: BRAZ CHEDIAK. Foi a segunda adaptação para o cinema da obra de Nelson Rodrigues, a primeira foi rodada em 1963 e a terceira foi produzida em 2008 e lançada em 2013

ELENCO: Lucélia Santos, José Wilker, Vera Fischer, Carlos Kroeber, Milton Moraes, Monah Delacy, Miriam Pires, Sônia Oiticica, Xuxa Lopes, Eduardo Nogueira, Sávio Rolim, Jotta Barroso, Wilson Grey, Adalberto Silva, Procópio Mariano, Newton Couto, Lucy Meirelles, Cláudia Ohana, Miriam Ficher, Catalina Bonaki, Petty Pesce, Nelson Moura, Banzo Africano, Zaquim Bento, Edson Ventura, Gilson Siqueira, Walmir Gonçalves, José Paulo, Cristina Kler, Cid Coutinho, Jefferson Coura, Carlos Santamaria, Henriette Morineau, Rubens Correa

Edgard (José Wilker) é um rapaz humilde, fato esse que o constrange. Procurado por Peixoto (Milton Moraes), genro do milionário Werneck (Carlos Kroeber), dono da firma onde Edgard é escriturário, ele recebe a proposta de se casar com Maria Cecília (Lucélia Santos), filha de Werneck, de 17 anos que fora estuprada por cinco negros. Pelo dinheiro, Edgard aceita, mas tem dúvidas por gostar de Ritinha (Vera Fischer), sua vizinha. Já com o casamento acertado, Edgard e Ritinha vão despedir-se num cemitério, onde ela conta o que faz para conseguir sustentar a mãe louca e as três irmãs. Toda a trama gira em torno das hesitações de Edgard, até sua escolha final.



OTTO LARA REZENDE OU BONITINHA MAS ORDINÁRIA (1963)

OK.RU / ULOZTO

Elenco: Jece Valadão, Odete Lara, Lia Rossi, Fregolente, André Villon, Miguel Ângelo, Max Augusto, Roberto Batalin, Marlene Blanco, Ângela Bonatti, Dinorah Brillanti, Alberico Bruno, Milton Carneiro, Monah Delacy, Ribeiro Fortes, Maria Gladys, Ida Gomes, Carlos Guimas, Antonia Marzullo, Sandra Menezes, June Roberts

Nelson Rodrigues escreveu a peça em 1962. Jece Valadão comprou seus direitos e adaptou 1 ano depois, produzindo na sua produtora Magnus Filmes. J.P. Carvalho, nome artístico Billie Davis, fez a adaptação cinematográfica bastante fiel ao texto original. Jece Valadão no mesmo ano viria a trabalhar em outro filme adaptado da obra de Nelson, "Boca de Ouro", dirigido por Nelson Pereira dos Santos. A adaptação de "Bonitinha" foi feita pelo próprio Jece e Jorge Döria, e as músicas, compostas por Carlos Lyra. Edgar (Valadão) trabalha em uma empresa de seguros. Ele é apaixonado pela sua vizinha, a professora Ritinha (Odete Lara), que mora com a mãe doente e outras 3 irmãs, que Ritinha cuida com bastante rigidez. Edgar é procurado por Peixoto (André Villon), seu amigo, que lhe propõe um negócio que vai deixá-lo rico: se casar com a filha do patrão dele, Heitor (Fregolente), a ninfeta Maria Cecília (Lia Rossi). O motivo: ela foi estuprada por 3 negros e para abafar o caso, o pai quer casá-la de qualquer jeito. Edgar recebe um cheque como parte do acordo, mas entra em grande crise ética. Encabeçado por um grande elenco, que inclui Ida Gomes, Monah Delacy e Maria Gladys, como uma das irmãs, o filme aposta mais no drama, ao contrário da versão de 1981 de Braz Chediak, que ficou famosa pelas cenas altamente eróticas. O filme ainda viria a ter uma outra versão de Moacyr Góes em 2012. Apesar de ser um clássico, essa primeira versão tem altos e baixos: as cenas com Odete Lara, Jece Valadão e André Villon são as melhores, Ambrósio Fregolente, no papel de Heitor, às vezes varia sua interpretação para o caricato e para o teatral. Lia Rossi, estreando no cinema traz leveza e doçura para Maria Cecília, mas faltou uma melhor virada para a sua personagem, quando a verdade é revelada. A atriz que faz a mãe de Edgar é uma bela revelação, a cena onde ela implora ao filho o cheque é muito boa. O filme ficou com um ritmo arrastado nas cenas internas, muito por conta da fidelidade do texto e aí a teatralidade fica em voga.



O HOMEM DAS MULTIDÕES (2013)

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ELENCO: Paulo André, Sílvia Lourenço, Jean-Claude Bernardet, Magdale Alves

Adaptação livre do conto de Edgar Allan Poe, "The Man of the Crowd", que narra a história de um homem que se senta em um café e observa um idoso, e o segue pelas ruas. No filme de Marcelo Gomes e Cao Guimarães, essa referência ao conto só acontece no desfecho. O idoso é um espelho do personagem de Juvenal (Paulo André, do grupo Galpão), um condutor de trem do metrô em Belo Horizonte. Solitário, ele vaga pelas ruas de Belo Horizonte para se sentir "abraçado" pelas pessoas. Assim como Juvenal, Margô (Silvia Lourenço), supervisora das linhas de trem do metrô, e chefe de Juvenal, observa a solidão do amigo e se espelha na realidade dele. Prestes a se casar, ela abdica da suposta felicidade de casada para se envolver emocionalmente com a paz e independência de Juvenal. Aos poucos, ela vai entrando cada vez mais no universo dele, mas sem se tocarem ou trocarem mais do que cinco palavras. Filmado em formato 4X4, o filme dá a impressão de estarmos vendo vídeos do Instagram. Pode ser que essa seja a intençào dos autores, a de estarmos invadindo a vida de pessoas que nem conhecemos, assim como fazem milhões de pessoas que acessam virtualmente a vida de pessoas que seguem. A fotografa estonteante de Ivo Lopes Araújo, do excelente "Tatuagem", parece se utilizar de filtros do Instagram: hora fica preto e branco, ora saturado, ora no dourado e por aí vai. Ousado esteticamente, senti falta de uma dramaturgia que sustentasse a história de 90 minutos. Um filme composto de belos planos, bela fotografia e trilha sonora e atuações vibrantes do elenco merecia um roteiro que explorasse melhor a vida dos personagens, como no ótimo filme argentino "Medianeiras", que também usa a solidão como tema. Aliás, o filme me lembrou bastante o curta "Pietro", pela ausência de palavras, o amor sem sentimentos e pelo sorriso esboçado no final.



 O Gerente - Filme 2011 - AdoroCinema

O GERENTE (2011)

ELENCO: Ney Latorraca, Letícia Spiller, Joana Fomm, Othon Bastos, Roberto Bonfim, Nelson Xavier, Ana Maria Nascimento e Silva, Paulo César Pereio, Nildo Parente, Maria Lúcia Dahl, Djin Sganzerla, Simone Spoladore, Adriana Bombom, Ricardo Schöpke

Drama dirigido por um dos maiores cineastas brasileiros, autor de "A casa assassinada", "O desafio", "Porto das caixas" e outros. Saraceni é um enfant terriblé do cinema novo, e teve sua fase mais produtiva nos anos 70 e 80.
Em "O gerente", adaptação livre de um conto de Carlos Drummond de Andrade, Saraceni faz talvez o seu filme mais ousado em termos estilísticos e de linguagem. Aliando falta de orçamento com uso da criatividade, Saraceni faz um filme de época ambientado nos dias de hoje. Em meio a personagens vestidos como nos anos 50, misturam-se prédios modernos, automóveis último tipo, figuração espôntanea vestida de qualquer jeito, pessoas olhando para a câmera. O que parece desleixo (e em alguns momentos realmente parece) acaba se tornando um conceito que se justifica dentro dessa sua proposta de ensaio poético. Não interessa a coerência de época. E o espectador acaba se acostumando.
O filme narra a história de Samuel, um gerente de uma confeitaria, obcecado por mulheres. Sedutor e galanteador, Samuel tem um hábito muito estranho e bizarro: ao beijar as mãos das mulheres, acaba devorando um pedaço do dedo. Um ato inconsciente de canibalismo.
Essa estrutura louca do filme tem seus bons e maus momentos. Entre os maus, uma cena constrangedora de merchandising escancarado da Petrobrás. 3 Personagens discutem os benefícios da extração do petróleo no País, e concluem que um dia, a empresa irá investir no cinema nacional. Ficou divertido. Outra cena muito louca é a de Ana Maria Nascimento e Silva encarnando uma pomba-gira. Ficou gratuito, porquê isso não se encaixa no filme.
O filme junta pontas e pedaços de filmes, e cenas musicais. Lá pro final, surge do nada um clip de João Gilberto. Em outro momento, cenas de um filme mudo que a gente nem sabe o que significa dentro do contexto.
Resolvi aceitar o filme como uma proposta livre de reflexão e arte, e dessa forma, consegui enxergar um filme curioso e ousado, livre, solto de amarras e do que chamamos de lingaugem cinematográfica.
Não farei avaliação de notas ao filme, porque ele não foi feito para ser criticado. Amem ou odeiem, esse é o filme do Saraceni. Um artista apaixonado pelo cinema nacional.
O elenco é um comentário a parte: Todas as interpretações tem um quê de bufão, de histrionismo. Aliando drama e comédia, o eclético elenco vai de Ney Latorraca a Adriana Bombom, e toda uma galera típica dos anos 70: Roberto Bomfim, Maria Pompeu, Priscila Camargo, Paulo Cesar Pereio. Aliás, a cena com Pereio é antológica, como só Pereio sabe fazer.

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BOCA DE OURO (1963)

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DIREÇÃO: Nelson Pereira dos Santos 

Primeira adaptação cinematográfica da obra de Nelson Rodrigues, lançada em 1963 (a 2ª versão data de 1990 e foi dirigida por Walter Avancini). Curioso constatar a semelhança na estrutura narrativa de "Boca de Ouro", escrita em 1959, e a obra prima de Kurosawa, "Rashomon", lançado em 1950. "Rashomon" narra um mesmo fato por pontos de vista diferentes. Em "Boca de Ouro", acompanhamos 3 pontos de vista totalmente diferentes, narrados por uma mesma personagem. O filme é uma das grandes obras-primas do Cinema brasileiro, e embora adaptado de uma obra teatral, é bastante cinematográfica. Poderia se dizer até que Nelson se apropriou da linguagem do Cinema Neo-realista italiano para apresentar o seu filme: filmado em locações reais no bairro de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro, misturando atores profissionais com não atores e dessa forma, trabalhando com o naturalismo nas performances. Boca de Ouro é um temido bicheiro de Madureira, quase um Deus para a população, que todo o dia bate na sua porta pedindo favores. O filme começa com a noticia sobre a sua morte. Um jornalista, Caveirinha (Ivan Candido), é incumbido de entrevistar Guiomar, vulgo Guigui (Odete Lara) e procurar saber mais a fundo quem foi Boca de Ouro (Jece Valadão). Guigui é casada com Agenor (Adriano Lisboa), e tem 2 filhas. Ao ser entrevistada, Guigui acaba narrando 3 pontos de vista sobre Boca, sua grande paixão: em cada uma das versões, ela apresenta a relação do casal Celeste (Maria Lúcia Monteiro) e Leleco (Daniel Filho) com Boca de Ouro de forma distinta. A direção de Nelson Pereira trabalha bem as locações exteriores com os cenários interiores, evitando totalmente a teatralidade. Os atores estão todos antológicos (cada um interpreta 3 versões diferentes do mesmo personagem, muito foda!!), favorecidos por um texto forte, apresentando personagens femininas emponderadas e que brigam por um espaço no mundo, fazendo dos homens meros joguetes de suas investidas ambiciosas. Trilha sonora de Remo Usai e fotografia de Amleto Daissé, que fotografou clássicos da Atlantida e também a obra-prima "Assalto ao trem pagador". Obrigatório.


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BOCA DE OURO (2019)

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ELENCO: Marcos Palmeira como Boca de Ouro, Malu Mader como Guigui, Fernanda Vasconcellos como Maria Luisa, Lorena Comparato como Celeste, Thiago Rodrigues como Leleco, Silvio Guindane como Cadeirinha, Anselmo Vasconcelos como Dentista, Guilherme Fontes como Agenor, Raquel Fabri como Patricia, Karina Ramil como Heleninha, Edmilson Barros como De Paula, Léa Garcia como Preta

Terceira adaptação da obra de Nelson Rodrigues, a 1ª de 1963, de Nelson Pereira dos Santos, e a de 1994, dirigida por Walter Avancini. O Diretor Daniel Filho interpretou Leleco na versão de 1963, e imprime um ritmo mais ágil, mais cinematográfico e repleto de referências cinematográficas, que vai desde "Scarface" à "Três anúncios para um crime". Buscando trazer elementos gráficos para atrair a nova geração, como toda a parte de produção visual e os efeitos que impulsionam a violência bem ao estilo de Tarantino e aos mangás japoneses, Daniel Filho conta com o talento do fotógrafo Felipe Reinheimer, responsável por excelentes planos sequências, como o da abertura, e com um elenco composto por diversas gerações de grandes talentos, como Marcos Palmeira, Malu Mader, Lorena Comparato, Thiago Rodrigues, Anselmo Vasconcelos, Silvio Guindane, Guilherme Fontes e uma exuberante Fernanda Vasconcelos. Cabe à ela e à Lorena as cenas mais viscerais do filme, o que resultou nos prêmios merecidos que Lorena recebeu nos Festivais Cine Fest Brasil Montevidéu e no Brazilian Film Festival of Miami. Marcos Palmeira está certamente em uma de suas melhores performances, em um papel que difere de tudo o que ele já fez.


 Solidão, Uma Linda História de Amor (1989) - IMDbImagemImagemImagem

SOLIDÃO, UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR (1989)

OK.RU / PIXELDRAIN / TERABOX / MEGA

Dirigido por Victor Di Mello

ELENCO: José Wilker, Roberto Bonfim, Stênio Garcia, Tarcísio Meira,  David Cardoso, Maitê Proença, Simone Carvalho, Magda Cotrofe, Luma de Oliveira, Ibanez Filho, Vera Gimenez, Paulo Goulart, Lutero Luiz, Nuno Leal Maia, Carlo Mossy, Pelé, Rogério Samora, Cléa Simões, Luciana Vendramini, Humberto Catalano, Marcella Prado

Através do amigo Mário (Pelé), Pedro (Rodrigo Samora) conhece o Dr. Andrade (Tarcísio Meira), chefão da contravenção que lhe concede o direito de explorar uma banca de jogo do bicho. Pedro torna-se um bem sucedido bicheiro. Apaixona-se e casa-se com Joana (Marcella Praddo), mulher de Rodrigo (José Wilker), e acaba sendo traído por ela. E a solidão chega para Pedro. O amor pode ser a solução?


 Damas do Prazer (1978) - IMDbImagemImagem
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DAMAS DO PRAZER (1978)

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Direção de Antônio Meliande

ELENCO: Irene Stefânia, Bárbara Fazio, Sueli Aoki, Nicole Puzzi, Paulo Hesse, Nadia Destro, Francisco Curcio, Adriana Tasca, Genésio de Carvalho, Áurea Campos, Cavagnole Neto, Fátima Porto, Miriam Rodrigues, Olindo Dias, Tim Carlos, Luis Mewes

É o drama de um grupo de prostitutas faz de um beco o ponto de encontro e aliciamento de fregueses, na região conhecida como Boca do lixo, em São Paulo. São mulheres que se vendem a homens de todas as classes, cercadas de bêbados, viciados, bandidos e traficantes. Entre as que se destacam, estão: Cora, mulher idosa que trabalha para sustentar um filho paralítico; Beth, espécie de líder, que se prostituiu ainda cedo, após fugir de sua pequena cidade no interior; Sônia, a mais inteligente do grupo, que se deixa explorar por um rufião; Brigite, filha de operários; e Vera, uma novata que se inicia na profissão.


 

O DIA EM QUE O SANTO PECOU (1975)

Dirigido por Cláudio Cunha

ELENCO: Maurício do Valle, Selma Egrei, Canarinho, Dionísio Azevedo, Sadi Cabral, Sérgio Hingst, Flora Geny, Elza Adão, Cavagnole Neto

Na cidade paulista de São Sebastião, o pescador João Baleia vive com uma mudinha, apelidada Feiticeira, que foi violada por três bandoleiros e é temida pelos caiçaras. Baleia consegue vingar sua mulher, matando os assaltantes e cegando um soldado, mas, por sua vez, aparece misteriosamente morto na porta da igreja local, dedicada a São Sebastião, que tem fama de santo valente. O povo atribui a morte a um milagre do Santo, pois uma testemunha afirma tê-lo visto descer do altar e praticar a ação. A imagem do santo é processada, condenada e presa. O padre local, liderando a rebelião popular, consegue modificar a pena para 'prisão domiciliar", de onde ela só sai no dia da procissão em sua honra.



 Álbum de Família - Filme 1981 - AdoroCinema Imagem

ÁLBUM DE FAMÍLIA - UMA HISTÓRIA DEVASSA (1981)

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Dirigido e produzido por Braz Chediak, baseado na peça teatral Álbum de Família, de Nelson Rodrigues

ELENCO: Rubens Corrêa, Dina Sfat, Wanda Lacerda, Lucélia Santos, Carlos Gregório, Gustavo José, Marcus Alvisi, Miriam Ficher, Dora Pellegrino, David Pinheiro, Alba Valéria, Manfredo Colasanti, Catalina Bonaky, Adriana Figueiredo, José Bráulio

Senhorinha (Dina Sfat), casada com Jonas (Rubens Corrêa), presencia a decadência de sua família. Guilherme (Marcos Alvisi), um dos filhos do casal, decide entrar num seminário para fugir à paixão que sente por sua irmã Glória (Lucélia Santos). Na tentativa de sublimar o amor pela jovem, Jonas manda-a para um colégio de freiras e, com a cumplicidade da cunhada Rute (Wanda Lacerda), tira a virgindade das moças da região.

Edmundo (Carlos Gregório), filho mais velho de Senhorinha e Jonas, casa-se com Heloísa e, ainda assim, fracassa na noite de núpcias por amar intensamente sua mãe, e o caçula Nonô (Gustavo José) percorre os pastos da fazenda enlouquecido. Ao voltar do seminário, Guilherme coloca Rute para fora de casa e a acusa de ter amaldiçoado a família. Edmundo e Senhorinha planejam matar Jonas, que, irritado, violenta uma mulher grávida que era sua ex-amante. Guilherme leva Glória, expulsa do colégio de freiras, a uma capela, e revela seu amor pela garota, que diz amar o pai. Revoltado, Guilherme mata a irmã e castra-se pouco depois. Ao descobrir que Senhorinha possuía um amante, Edmundo a agride e comete suicídio. Durante o velório dos filhos, Senhorinha mata Jonas e vai ao encontro de Nonô.


Que Horas Ela Volta? – Wikipédia, a enciclopédia livre

QUE HORAS ELA VOLTA? (2015)

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Elenco: Regina Casé, Camila Márdila, Michel Joelsas, Karine Teles, Lourenço Mutarelli, Helena Albergaria, Bete Dorgam, Luís Miranda, Luci Pereira, Alex Huszar, Thaise Reis, Nilcéia Vicente, Hugo Villavicentino, Anapaula Csernik, Theo Werneck, Andrey Lima Lopes

Em 2009, o filme chileno "A criada" de Sebastian Silva ganhou vários prêmios internacionais. Através do drama da empregada doméstica interpretada excepcionalmente pela atriz Catarina Saavedra, passiva, muda e atenciosa, o filme trazia um relato cruel da relação patrão e empregado. Os filhos interagiam mais com a Empregada do que com os pais que, friamente, apenas viviam uma vida burguesa vazia e de aparências. Em 2015, o cineasta Felipe Barbosa nos trouxe "Casa grande", também Premiadíssimo filme que igualmente narra a relação hierárquica entre patrões e empregados, a contradição entre a moradia na mansão e a moradia na favela. Agora, com "Que horas ela volta?", a roteirista e cineasta Anna Muylaerte volta ao mesmo tema, com um diferencial: um olhar apaixonado e humano pela empregada vivida espetacularmente por Regina Case'. O filme, premiado em Sundance e Berlin, tem como ponto de vista o olhar dessa empregada que trabalha a mais de uma década na casa de uma família rica, Bárbara (Karine Teles) e Carlos (Lourenço Mutarelli). Nesse elenco cult, cabe espaço para estreantes explosivos: Camila Mardila, como Jéssica, a filha de Val (Casé) e Fabinho (Michel Joelsas). Curioso que, assim como em "Casa grande", o filho do casal também se refugia no quarto da empregada quando não consegue dormir. No caso de Fabinho, com outro propósito: Val, como diz o título em inglês do filme, é a segunda mãe da história. A chegada de Jéssica, que vem de Recife para poder prestar vestibular, e acaba indo morar com Val na casa dos patrões, acaba trazendo consequências para a casa: a patroa odeia sua presença, o marido fica apaixonado, o filho fica curioso e Val fica assustada com o atrevimento da filha que resolve discutir hierarquia e valores burgueses. Belamente dirigido, com fotografia discreta e bonita de Bárbara Alvarez é uma trilha sonora que não briga com as imagens, é um filme que merece ser visto por suas qualidades artísticas e técnicos. Regina Casé mostra que ela faz falta em bons personagens nas telas do Cinema. 



 

LABIRINTOS INTERNOS (2014)

Diretor: Daniel Silva

Elenco: Fernando Antonio, Adriana Serrano, Regis Terêncio

Beto casa-se com Suzana, uma ex-prostituta, e os dois precisam lutar para esquecer o passado dela em nome do amor.



O VENDEDOR DE PASSADOS (2015)

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Dirigido por Lula Buarque de Hollanda

ELENCO: Lázaro Ramos, Alinne Moraes, Odilon Wagner, Mayana Neiva, Pedro Brício, Debora Olivieri, Marcello Escorel, Anderson Muller, Ruth de Souza, Giselle Motta, Fabio Ferreira Dias, Patricia Araujo, Robson Alves, Gustavo Machado, André Engracia, Ana Julia Dorigon, Debora Almeida, Kimberly Johnson, Carolina Virgües, Nilvan Santos

O mais curioso nesse filme livremente adaptado do livro do escritor angolano José Eduardo Agualusa é a busca por um gênero. Inicialmente lançado como uma trama de suspense, na sequência veio como romance e drama. Porém, na exibição do filme no Festival de Pernambuco de 2015, onde saiu com os prêmios de Melhor Ator para Lázaro Ramos e Melhor edição de som, ele recebeu um carimbo de Comédia dramática. E isso é surpreendente. O filme pode ser visto por várias matizes distintas. Quem quiser pode buscar qualquer um desses gêneros no filme e vai se divertir. Essa é a riqueza de uma história que brinca com vidas, passados e futuros de personagens e fatos históricos. Em uma complexa rede de imagens, sejam elas fotos ou vídeos, o filme na verdade são dois: acompanhamos a trama principal, que conta a história de Vicente (Lázaro Ramos) e de uma mulher misteriosa, Clara (Alinne Moraes), e também nos deixamos seduzir pela trama paralela. Essa segunda história é a revelação de um possível passado que envolve ditadura militar argentina, torturas, assassinatos, narrada exemplarmente através de fotos e vídeos de arquivo. Vicente tem uma profissão sui generis: ele reconstrói passados dos clientes, que desejam ter a chance de terem sido uma outra pessoa no passado. Um dia surge uma mulher encantadora e provavelmente fatal, como nos bons filmes Noir: uma mulher sem nome, que ganhará a alcunha de Clara. Ela encomenda para Vicente um passado criminoso, onde ela tenha assassinado alguém. Seduzido por essa estranha, Vicente se vê preso a um jogo de verdades e mentiras, que acaba trazendo conflitos para o seu próprio passado. É real? É inventado? Visualmente o filme é muito elegante, embalado pela fotografia de Toca Seabra. A trilha sonora, charmosa e que trabalha também sonoridades clássicas com modernas, traz o elemento pop para o filme. A direção de arte também merece louvor. É um filme brasileiro que flerta com a forma de se narrar uma história trazendo o espectador para refletir sobre o que está vendo. Afinal, como na famosa frase do filme de John Ford, "O homem que matou o facínora, "se a lenda é mais interessante do que o fato, publique-se a lenda". E que se foda a verdade.  


ENTRE ABELHAS (2014)

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Dirigido por Ian SBF

ELENCO: Fábio Porchat, Irene Ravache, Marcos Veras, Luis Lobianco, Giovanna Lancellotti, Marcelo Valle, Letícia Lima

Em 2004, um filme independente de um diretor genial se transformou no cult de toda uma geração e transformou um ator famoso pelas comédias escrachadas em um ator dramático e finalmente de talento reconhecido pelos críticos. O filme?: "Brilho eterno de uma mente sem lembranças", de Michel Gondry. Na história, o personagem de Jim Carrey sofre depressão após a sua separação e enfrenta um grande desafio: apagar a sua memória relacionada ao convívio da amada. O filme se faz valer de cenas surreais e de realismo fantástico para que a narrativa consiga ser contada. Em "Entre abelhas", o comediante Fábio Porchat investe em uma porção mais dramática e sofre de depressão após a separação. Resultado: as pessoas passam a sumir de sua vida. Amigos, desconhecidos... O maior trunfo do roteiro é não querer explicar o inexplicável. Surto? Esquizofrenia? Nem o terapeuta consegue resolver. A porção comédia sai de Porchat e entra em outros personagens, como o amigo Marcos Veras ou a mãe Irene Ravache. Pessoalmente, não gosto da porção comédia do filme e adoraria ter visto um filme melancólico. Mas entendo que comercialmente o filme precisa vencer. É um filme tecnicamente muito competente, bonito, e o mais curioso e inovador, usar as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro como se fossem ruas residenciais. O melhor mesmo, de tudo? A brilhante trilha sonora, que evoca acordes do gênio Michael Nyman. Ah, sim, a fotografia de Alexandre Ramos que ajuda a narrar essa história fabulesca de forma sensorial: a gente sente na pele o peso da tristeza através das cores que o filme emana. Um filme diferente da atual safra de filmes por querer ter algo a mais: Inteligência.


 

CASA GRANDE (2014)

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Elenco: Thales Cavalcanti, Marcello Novaes, Suzana Pires, Alice Melo, Clarissa Pinheiro, Bruna Amaya, Marília Coelho, Gentil Cordeiro, Lucas Mendes, Georgiana Góes, Sandro Rocha, Lucélia Santos

O cineasta Pedro Almodovar tem uma frase onde ele sintetiza o fetiche pela sala de cinema: "As salas de Cinema são frequentadas por solitários e assassinos." Eu complementaria essa frase da seguinte forma: "O cinema é o lugar aonde o Cineasta espia os seus fantasmas". Assim foi com Bergman, com Truffaut, Woody Allen, Pasolini, Fellini e tantos outros realizadores. A matéria prima deles veio deles mesmos. De suas histórias pessoais, das pessoas que conheceram, de seus dilemas, e principalmente, de seus fantasmas interiores. Em 2009, o jovem cineasta chileno realizou o premiado drama "A criada". De cunho autobiográfico, ele conta a história de uma família rica: pai, mãe, filho, filha. Eles possuem uma empregada que trabalha por 23 anos na casa deles, Raquel. Ela é silenciosa e como uma boa criada, ela faz tudo o que é pedido. O filho a vê como um objeto sexual e num determinado momento se masturba pensando nela. Raquel sintetiza, na metáfora, a hierarquia entre ricos e pobres, esse enorme abismo social que mantém a continuidade de um sistema existente desde a época da escravidão, retratado no livro de Gilberto Freire, "Casa grande e senzala", onde ele faz a sua tese sobre a formação da miscigenação da população brasileira, oriunda das raças negras, indigenas e brancas, em sua maioria, portugueses. Corta para 2015: Premiado em vários festivais internacionais e nacionais desde 2014, o filme é exibido comercialmente. Fellipe Barbosa, o Cineasta e roteirista, também se utiliza de conteúdo autobiográfico para falar sobre a falência financeira, moral e familiar de uma família outrora rica, moradora do bairro da Barra da Tijuca, sabidamente um bairro que cresceu com os novos ricos que ganharam muito dinheiro nos anos 80 e 90. Jean (Thiago Cavalcanti), um jovem de 17 anos, mora com seu pai (Marcelo Novaes), sua mãe (Suzana Pires) e sua irmã de 14 anos. eles já foram ricos, o pai já ganhou muito dinheiro com ações. Porém, houve uma derrocada, discretamente sugerida no filme ocasionada pela falência do Grupo do Eike Batista. O pai esconde da família a sua falência e vai levando tudo até onde pode: quando as contas chegam, o inevitável surge: estão sem condições de manterem a pose. Estudante do tradicional colégio São Bento, Jean tem o seu motorista Severino demitido pelos pais e vai para o colégio de ônibus. Hábitos até então inexistentes na família precisam ser aprimorados: a mãe ganha um trocado vendendo produtos de beleza, o pai tenta desesperadamente conseguir um novo emprego, porém o seu orgulho o impede de distribuir currículos. Empregados são demitidos e para piorar a situação de Jean, ele se apaixona por uma garota do Colégio Pedro II (um colégio público), mestiça e cujos valores sobre cotas raciais e preconceitos não são bem aceitos pelos pais de Jean. São dois os grandes trunfos do filme: a atuação do elenco, bem distribuido entre atores profissionais e amadores, e a direção minimalista de Barbosa, que vai contando a sua história simples sem grandes arroubos, mas fazendo do cotidiano um grande evento. Ozu e Eric Rohmer são exemplos de cineastas que extraem da rotina filmes onde por fora tudo parece tranquilo, mas por baixo e por dentro de seus personagens, um turbilhão de emoções acontecem.



 

METANOIA (2015)

Diretor: Miguel Nagle

ELENCO: Caique Oliveira, Einat Falbel, Caio Blat, Solange Couto, Silvio Guindane, Thogun Teixeira, Jackson Gleizer, Otávio Menezes, Samuel Silva, Andre Paulo Ferreira, Eliseu Martins Gomes, Bruno Henrique, Lucas Hornos, Vitor Lima, Paula Machado, Esdras Savioli, Stephanie Sevier, Felipe Silva, Ricardo Tofanelo, Lucas Vecchi, Adriano Torres, Rafaella Zaque

Eduardo (Caíque Oliveira) é apenas mais um indivíduo entre milhares que enfrentam o uso contínuo e a dependência do crack. Nascido e criado na periferia de São Paulo, apesar da educação cuidadosa proporcionada por sua mãe, Solange (Einat Faibel), ele não conseguiu escapar das garras das drogas. Ao conhecer o playboy Jeff (Caio Blat), Eduardo embarca numa trajetória errante pelo mundo das drogas. Agora, ele se encontra perdido em um ciclo autodestrutivo, enquanto Solange luta desesperadamente para resgatar seu filho do vício.



 

A SOMBRA DO FOGO (2015)

Diretor: Jean Grimard Gauthereau

Elenco: Clayton Novais, Luis Bezerra, Marcia Nunes, Zhé Gomes, Dora Nascimento

Um homem passa seu tempo perambulando pelas ruas à procura de oportunidades e diversão. Ele se envolve em situações hilárias e nos mais variados tipos de trambiques na esperança de ganhar dinheiro fácil.



 

BOA SORTE (2014)

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Dirigido por Carolina Jabor

ELENCO: João Pedro Zappa, Deborah Secco, Fernanda Montenegro, Pablo Sanábio, Cássia Kis Magro, Gisele Fróes, Felipe Camargo, Enrique Diaz, Fabrício Belsoff, Mariana Lima, Amanda Veras, Yasmin Catramby, Marcella Rica, Luisa Arraes, Bella Camero, Clara Malvar

João (João Pedro Zappa) é um adolescente com muitos problemas de comportamento o que faz com que sua família o interne em uma clínica psiquiátrica. Lá ele conhece Judite (Deborah Secco) e logo se apaixona por ela. Mas Judite é soropositiva e não tem muito tempo de vida e os dois sabem disso. Então João e Judite vivem um intenso romance dentro da clínica. Eles cometem e descobrem várias loucuras juntos, até que num dia eles marcam de ter uma relação sexual na clinica e João flagra Judite com o enfermeiro da clínica. Os dois se afastam por um tempo até que Judite piora e João volta a vê-la. Ele a acompanha no leito da morte até sua morte. Após a despedida, João para de tomar remédios para ansiedade , sai da clínica, volta a estudar, se forma, se casa, tem uma filha e se divorcia. Finalmente, João realiza o teste de HIV e o resultado é negativo, apesar de seu relacionamento efêmero com Judite, o que é uma felicidade para ele, pois prometeu a Judite que continuaria vivo para lembra-lá.



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CRIME DELICADO (2005)

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Bbaseado no livro Um Crime Delicado de Sérgio Sant'Anna e dirigido por Beto Brant

ELENCO: Lilian Taublib, Marco Ricca, Felipe Ehrenberg, Maria Manoella, Matheus Nachtergaele, Cláudio Assis

Antônio Martins (Marco Ricca) é um crítico de teatro consagrado. Frio em seus relacionamentos, ele controla as emoções. Até conhecer Inês (Lilian Taublib), musa do artista plástico Campana (Felipe Ehrenberg). Ela, desinibida, quebra a resistência do crítico. Ao conhecer a obra de Campana, Antônio decide tirar Inês da condição, segundo ele, de uma relação de exploração com o artista.


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PROFISSÃO MULHER (1982)

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Dirigido por Cláudio Cunha

ELENCO: Otávio Augusto, Mário Cardoso, Simone Carvalho, Wilma Dias, Maurício do Valle, Celso Faria, Lady Francisco, Marlene, Cláudio Marzo, Fábio Mássimo, Márcia Porto, Fernando Reski, Fábio Sabag, Patrícia Scalvi

O filme envolve a história das modelos Sandra e Luiza, a diretora de criação Natália e a secretária Vera numa agência de propaganda, com histórias que se entrelaçam e se sucedem.



 Snuff, Vítimas Do Prazer (1977)

SNUFF - VÍTIMAS DO PRAZER (1977)

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Dirigido por Cláudio Cunha

ELENCO: Carlos Vereza, Rossana Ghessa, Canarinho, Nadir Fernandes, Hugo Bidet, Fernando Reski, Roberto Miranda, Lúcia Alvim, Patrícia Celere, Sérgio Hingst, Xuxa Lopes

Vítimas do Prazer conta a história de uma dupla de produtores cinematográficos (Hugo Bidet e Fernando Reski) que depois de um acidente nas filmagens de um filme pornográfico descobrem o quanto pode ser lucrativo matar alguém de verdade na frente das câmeras. Eles contratam Edson (o carismático Carlos Vereza) um técnico falido, e seu assistente Juarez (ninguém menos do que o falecido comediante Canarinho, que carrega o filme nas costas), que aceitam o trabalho acreditando que vão fazer um simples pornô hardcore, e não um snuff movie. Recrutam também um elenco singular, composto por uma stripper, uma atriz decadente, um ator com problemas mentais e uma candidata fracassada a Miss São Paulo, e juntos partem para uma chácara onde serão feitas as filmagens.



VENTOS DE AGOSTO (2014)

Elenco: Dandara de Morais e Geová Manoel dos Santos

Filme de estréia do Documentarista e curta-metragista pernambucano Gabriel Mascaro, o filme é uma parábola sobre vida e morte, juventude e velhice, motivação e passividade. Em um vilarejo de pescadores em Alagoas, vive uma comunidade que sobrevive de coleta de cocos e da pesca. Porém, um temporal surge no litoral nordestino, afetando a vida dos moradores do lugar. Entre eles, vive um casal de namorados: Shirley e Jelson. Ela quase um homem diante de sua força bruta e da vontade de querer fazer tudo sozinha. Ele, passivo diante da possessividade e agressividade do pai, que vive acusando o filho de não fazer nada direito. Um técnico de som (Gabriel Mascaro) que avalia o temporal surge na região para medir o vento. Surge também do nada o corpo de um homem naufragado, morto a dias. Jelson resolve cuidar do corpo desconhecido, mesmo tendo seu pai reclamando para ele se desfazer do corpo. O grande acerto do filme foi ter realizado o projeto com 77 enxutos minutos. Mais do que isso, seria encheção de linguiça. O filme está no tempo certo de contar ao que veio. Outros acertos: a belíssima locação, a fotografia extraordinária do próprio Gabriel Mascaro e o trabalho dos atores: apenas Dandara de Morais, no papel de Shirley, é profissional. Os outros todos são moradores da região. Sendo um filme pernambucano, o sexo está 100 por cento presente em cena: totalmente despojados e expostos em nú frontal, o casal protagonista exala sensualidade mesmo não sendo dois padrões de beleza. Um grande acerto, adornado com imagens poéticas e cinematográficas que mostram um Brasil maravilhoso porém pobre. A trilha sonora, eclética, vai de punk rock e Tracy Chapman, passando por canções populares brasileiras.



A Concepção – Wikipédia, a enciclopédia livre

A CONCEPÇÃO (2005)

Dirigido por José Eduardo Belmonte

ELENCO: Matheus Nachtergaele, Milhem Cortaz, Rosanne Mulholland, Juliano Cazarré, Murilo Grossi, Cássia Gentile. Gabrielle Lopez, Rony e Robertinho, Claudinho e bochecha

O Alex, Lino e Liz são filhos de diplomatas, que vivem juntos em Brasília. Retratos de uma burguesia esvaziada e tomada pelo tédio, tudo muda com a chegada de X, um homem misterioso que é diferente de tudo que eles conhecem e convivem nos circuitos burgueses brasilienses. 



As Bellas da Billings (1987) - IMDbImagemImagem

 AS BELLAS DA BILLINGS (1987)

MEDIAFIRE / OK.RU

Diretor: Ozualdo Ribeiro Candeias

Elenco: Carlos Ribeiro, Almir Sater, Mário Benvenutti, Sílvia Gless, Claudete Joubert, José Mojica Marins, Silvia Gles, Daniel Santos, Messias Rubio, Nilza Inês.

Perambulações e lixo marcam este filme do começo ao fim. O lixo produzido pela parte rica da cidade serve como fonte de objetos pessoais e de comida para os esquecidos da sociedade. Lixeiros fazem a coleta na região do Morumbi, chegam ao centro de São Paulo e em plena rua do Triunfo – antiga Boca do Lixo de Cinema – um deles vende uma bolsa para Jaime (Carlos Ribeiro). Passamos a acompanhar as andanças desse personagem, que caminha carregando livros de Bukowski, Platão e Paulo Emílio Salles Gomes, e seus encontros pela cidade à procura das irmãs. No largo do Paissandú conhece um violeiro (Almir Sater), que o acompanhará nessas andanças. É ajudado pelo personagem de Mário Bevenutti, que se diz namorado de uma das irmãs, e que Jaime trata por Lanceiro, mas que insiste em ser chamado de Belfiore – num falso tom italiano presente também na ironia de bellas do título. Encontram a mãe de Jaime e as duas irmãs dele – Verônica (Silvia Gles) e Aspásia (Claudete Joubert) – morando em uma casa próxima à represa de Guarapiranga. A mãe e Verônica vivem a coletar restos de comida de restaurantes da cidade, um lixo/comida que serve tanto para a família como para alimentar as galinhas.



TATUAGEM (2013)

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Elenco: Irandhir Santos, Jesuíta Barbosa, Rodrigo García, Sílvio Restiffe, Sylvia Prado, Arthur Canavarro, Deyvid Queiroz de Morais, Ariclenes Barroso, Soia Lira, Auriceia Fraga, Thomás Aquino

São quatro os motivos que fazem o filme "Tatuagem" ser absolutamente imperdível: O elenco (Irandhir Santos, Jesuita Barbosa, Rodrigo Garcia), a direção (Hilton Lacerda), a trilha sonora (Dj Dolores) e o fato do projeto ser um filme adulto que um é dos projetos mais criativos dos últimos anos produzidos aqui no Brasil. Em 1978, em Recife, um grupo de teatro mambembe incomoda a Censura por encenar números musicais e teatro que têm como tema o desbunde, a ousadia, a sexualidade e a crítica social e política à Ditadura vigente na época. Para contar essa história, o roteirista e diretor Hilton Lacerda se faz valer do melhor elenco já reunido num filme brasileiro desde "Era uma vez eu, Veronica", onde todos estão, sem exceção, incríveis. Não à toa, ambos os filmes são pemambucanos, provando que nessa Terra o que se planta, colhe. A Direção de arte de Renata Belo Pinheiro, genial, e a fotografia de Ivo Lopes Araújo, que mistura texturas, cores, experimentalismos. Fiquei muito impressionado com a ousadia e a qualidade desse filme, que tem o sexo como ponto chave. Bom ver atores que interpretam totalmente entregues aos personagens, sem frescura. Os 3 atores citados merecem receber todos os prêmios existentes em festivas nacionais. Quanto ao roteiro, que tem temas tão distintos como bullying, repressão sexual, Ditadura, Censura, liberdade de expressão, libertinagem, etc etc etc, acaba ficando longo, ao querer contar tantas historias. A sub-trama, por ex, do soldado enrustido está sobrando. O filme acaba ficando com uma barriga lá pro meio. Mas no geral, é super bem-recomendado, mas atenção, para pessoas de mente aberta, pois o que mais existe no filme são cenas de homossexualismo explícito. Muita viadagem nordestina, embalados por uma trilha sonora genial e por uma cena antológica: a cena do musical "tem cú˜. É inacreditável. Traços de Fassbinder, de Visconti em 'Os Deuses malditos", de marginalidade, de sujeira, de loucura necessária. Fora a Caretice!  



O RIO DO DESEJO (2022)

ELENCO: Sophie Charlotte, Daniel de Oliveira, Gabriel Leone, Rômulo Braga, Jorge Paz, Coco Chiarella, Gilda Nomacce, Isabela Catão, Peta Catão

Drama bbrasileiro adaptado do conto do escritor amazonense Milton Hatoum, com quem o ator Daniel de Oliveira já havia trabalhado no filme 'Orfãos do Eldorado", e que, curiosamente, ambos fotografados por Adrian Teijido. O cineasta Sérgio Machado, de "Cidade Baixa", novamente retorna ao tema da mulher empoderada e livre que se torna alvo da disputa de vários homens, aqui no caso, de 3 irmãos. Filmado na Amazônia, o filme apresenta o policial Dalberto (Daniel de Oliveira). Durante uma chamada de rotina, ele conhece Anaíra (Sophie Charlotte). Ela enfiou um caco de vidro na barriga de um homem que a assediou. Dalberto e Anaíra se apaixonam de cara, e ela vai morar com ele. Na casa de Dalberto, moram também seus 2 irmãos: o mais velho, Dalmo (Rômulo Braga), que cuida da loja de fotografias da família, e Armando (Gabriel Leone), empresário de uma banda de brega. Dalberto decide abanonar a farda e comprar um barco de transporte de pessoas, mas o barco se acidenta e se contrai dívidas. Ao aceitar levar drogas para um outro local, Dalberto se ausenta por um período de sua casa, tempo o suficiente para que os irmãos se sintam atraídos por Anaíra. Adaptado do conto "Adeus ao comandante", o filme poderia ser uma modernização de Caim e Abel, irmãos que ao longo da trajetória vão se odiando. Tenho algumas ressalvas ao roteiro, mas a presença magnética do elenco acaba prendendo a atenção, aém da bela fotografia de Teijido. Um belo retorno de filmes rodados no Norte do país. Senti falta de uma direção de arte que acentuasse mais que o filme se passa décadas atrás, ficou bem minimalista o conceito. Uma curiosidade é Gabriel Leone repetir a música "Total eclipse of the heart", que ele canta em 'Eduardo e Mônica". 

 



MATO SECO EM CHAMAS (2022)

ELENCO: Léa Alves da Silva, 
Joana Darc Furtado
Andreia Vieira
Gleide Firmino
Débora Alencar
Joana Darc
Mara Alves

Exibido no Festival de Berlin e vencedor do prêmio de fotografia para Jona Pimenta em 2022, "Mato seco em chamas' venceu no Festival de Brasília os candangos de melhor direção, roteiro, atriz (dividido entre Lea Alves e Joana Darc), atriz coadjuvante (Andreia Vieira), ator coadjuvante (coro de motoqueiros), direção de arte (Denise Vieira) e trilha sonora (Muleka 100 Kalcinha), além do Abraccine. Co-escrito e co-dirigido pelo cineasta de Brasília Adirley Queirós, mesmo realizador de "Branco sai, preto fica", e "Era uma vez, Brasília". "Mato seco em chamas" é uma junção de todos os seus filmes. Novamente ambientado na cidade satélite de Ceilândia, o filme é uma distopia ambientada no Brasil antes da eleição de Bolsonaro, no ano de 2018. A cidade é dividida entre Brasília e a Favela de Sol Nascente, em Ceilândia. Ali, moram as "Gasolineiras das quebradas", Chitara (Joana Darc Furtado), Lea e Andreia. A gangue formada pelas mulheres rouba petróleo de um oleoduto, refinam e vendem para os motoqueiros da comunidade. Uma milícia circunda a comunidade, enquanto em Brasília as eleições elegem Bolsonaro como presidente da direita do país. Novamente, Adirley e Joana Pimenta mesclam documentário e ficção para falar do Brasil do povo, sufocado pela elite que parece morar em um outro país. Trazendo imagens reais da manifestação de bolsonaristas nas ruas de Brasília, o filme traz um visual que segundo muitos críticos dizem, traz referências a "Mad Max" e aos faroestes de Sergio Leone. A terra seca e batida da comunidade favorece à idéia de ser um filme distópico, povoado pela classe brasileira marginalizada, onde ex-presidiárias assumem o poder e lutam contra a "ordem e progresso" instituído pelo governo. Uma visão pessimista sobre um país em grave crise, mas que traz um belo plano sequência no final, com Motoboys circulando pelas ruas de Ceilândia. Outro momento icônico é o de mulheres dançando funk dentro de um ônibus. Um momento apoteótico, de liberdade e vigor.



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AMARELO MANGA (2002)

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Dirigido por Cláudio Assis

ELENCO: Matheus Nachtergaele, Leona Cavalli, Jonas Bloch, Chico Diaz, Dira Paes, Magdale Alves, Cosme Prezado Soares, Conceição Camarotti, Taveira Júnior, Everaldo Pontes, Jones Melo

No subúrbio de Recife, Lígia (Leona Cavalli) acorda já mal humorada, pois terá de suportar mais um dia servindo fregueses, que às vezes a bolinam no bar onde trabalha. Quando o dia terminar, só lhe restará voltar ao seu pequeno quarto, em um anexo do bar, e dormir para suportar a mesma coisa no dia seguinte. Paralelamente Kika (Dira Paes), que é muito religiosa, está freqüentando um culto enquanto seu marido, Wellington (Chico Diaz), um cortador de carne, decanta as virtudes da sua mulher enquanto usa uma machadinha para fazer seu serviço. Neste instante no Hotel Texas, que também fica na periferia da cidade, Dunga (Matheus Nachtergaele), um gay que é apaixonado por Wellington, varre o chão antes de começar a fazer a comida. Na verdade ele é a pessoa mais polivalente no Texas, pois faz de tudo um pouco. Um hóspede do Hotel Texas, Isaac (Jonas Bloch), sente um grande prazer em atirar em cadáveres, que lhe são fornecidos por Rabecão, um funcionário do I.M.L. Apesar de decantar Kika, isto não impede de Wellington ter uma amante, que está cansada da situação e quer que ele tome logo uma decisão. Já Dunga pretende conseguir Wellington de outra forma, ou seja, fazendo um trabalho em um terreiro, assim de uma vez só ele "dá uma rasteira" na mulher e na amante. Isaac vai se encontrar no bar com Rabecão para lhe avisar que pode levar o cadáver. Lá ele conhece Lígia e sente vontade de ir com ela para a cama, mesmo com Rabecão lhe avisando que ninguém ali transou com ela.



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OS 7 GATINHOS (1980)

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Dirigido por Neville d'Almeida, baseado na peça teatral homônima de Nelson Rodrigues

ELENCO: Lima Duarte, Telma Reston, Cristina Aché, Antônio Fagundes, Ana Maria Magalhães, Regina Casé, Sura Berditchevsky, Sônia Dias, Ary Fontoura, Cláudio Corrêa e Castro, Sadi Cabral, Maurício do Valle, Guará Rodrigues, Luiz Fernando Guimarães, Sandro Solviatti

O filme e o livro contam a história da família Noronha e, em especial, de Silene. Ela é a caçula das cinco filhas de Aracy e Seu Noronha. Seu Noronha, um contínuo da Câmara de Deputados, mora no Grajaú com a mulher, D. Aracy, e suas filhas Aurora, Hilda, Débora, Arlete e Silene, de apenas 16 anos. Esta, a caçula, é a mais mimada de todas e, por ser a única "pura", tem o direito a uma boa educação em um colégio interno. Mas logo a vida deles toma um rumo diferente, quando a garota é acusada, no colégio, de matar a pauladas uma gata grávida. A família Noronha parece tão normal quanto qualquer outra, mas, por trás das aparências, esconde segredos inconfessáveis. As quatro filhas mais velhas se prostituem para garantir a castidade e a boa educação de Silene. A partir do incidente ocorrido na escola, descobre-se a jovem não é pura como todos pensam.


 

 FLORADAS NA SERRA (1954)

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Dirigido pelo italiano Luciano Salce, baseado em romance homônimo de Dinah Silveira de Queiroz

ELENCO: Cacilda Becker, Jardel Filho, Ilka Soares, John Herbert, Miro Cerni, Marina Freire, Lola Brah, Célia Helena, Jaime Barcelos, Rubens de Falco, Liana Duval, Bárbara Fazio, Renato Consorte, Célia Biar

Lucília, cansada dos prazeres do mundo elegante, resolve descansar em Campos do Jordão. Entretanto, ao fazer a visita de controle médico, descobre que está com tuberculose. Mas não consegue suportar o tratamento na clínica. Enquanto esperava para voltar a São Paulo, conhece Bruno, que a faz perder o trem e começam um romance. Porém a paixão de Lucília consome rapidamente sua saúde, enquanto Bruno vai se recuperando e começa a se interessar por Olívia, outra paciente da clínica. Lucília termina sozinha, na clínica, com suas lembranças.



 

TEUS OLHOS MEUS (2011)

DIREÇÃO: Caio Sóh

ELENCO: Emílio Dantas, Remo Rocha, Paloma Duarte, Roberto Bomtempo, Lua Blanco, Cláudio Lins, Gustavo Novaes- Marcelo, Juliana Lohmann, Jayme Matarazzo, Graziella Schmitt

Gil (Emílio Dantas) tem 20 anos de idade e é cheio de ideais. Músico por paixão, ele vive alternando sua rotina entre a boêmia e a poesia. Órfão, Gil vive com sua tia Leila (Paloma Duarte) e seu tio César (Roberto Bomtempo). Entretanto, seu estilo de vida faz com que ele seja expulso de casa. Sem destino, ele vaga com seu violão, até que conhece Otávio (Remo Rocha), um produtor que pode mudar sua sorte.



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FILME DEMÊNCIA (1986)

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Dirigido por Carlos Reichenbach. Inspirado na peça Fausto, de Goethe.

ELENCO: Ênio Gonçalves, Emílio Di Biasi, Imara Reis, Fernando Benini, Rosa Maria Pestana, Orlando Parolini, Alvamar Taddei, Benjamin Cattan, Vanessa Alves, Renato Master, Roberto Miranda, Cláudio Willer, Valeska Canoletti, Júlio Calasso, Carina Cooper, John Doo, Liana Duval, Jairo Ferreira, Kátia Lopes, Carlos Reichenbach, Wilson Sampson, Benê Silva

Listado entre os 100 melhores filmes brasileiros pela Abraccine, "Filme demência" é considerado pelo próprio Carlos Reichenbach o seu melhor filme. Falecido em 2012, Reichenbach foi, além de cineasta e roteirista, fotógrafo, professor e crítico de cinema. "Filme demência" venceu 5 Kikitos no Festival de Gramado em 1986, entre eles, melhor direção. Ganhou também prêmio de inovação no Festival de Rotterdan, dedicado a filmes com linguagens mais experimentais. Livremente adaptado de "Fausto", de Goethe, o filme apresenta o empresário paulista Fausto (Ênio Gonçalves), frustrado e deprimido pela falência de sua empresa de cigarros, que ele herdou após a morte de seu pai. Ao chegar em casa de noite, sua mulher o ignora e o expulsa de casa. Fausto se arma com um revólver e decide perambular pelas ruas de São Paulo decadente, da Boca do Lixo, do centro, circulando por puteiros, boites de shows eróticos, se envolvendo com traficantes e ex amigos. Fausto começa a delirar com imagens de uma praia paradisíaca e de uma menina que o chama. A sua obsessão agora é tentar descobrir onde é essa praia e o que representa essa menina. Uma figura demoníaca, Mefistófeles, surge para Fausto personificando diversas personagens obscuras. Nessa metáfora da venda da alma, Fausto se entrega à desolação e a auto-destruição. Reichenbach começou sua carreira fazendo filmes na Boca do Lixo, muitos da pornochanchada. Mas seus filmes sempre tinham um viés político e social como pano de fundo. Gosto mais de "Anjos do arrabalde" e "Amor, palavra prostituta". "Filme demência", que é um anagrama de "Filmes de cinema", é um filme mais experimental e hermético e muito particular de Reichenbach, que em sua vida pessoal também passou por um processo de falência de sua família. A melhor cena são dos dois bandidos querendo assaltar Fausto no quarto do puteiro, sensacional, Filme B puro.



O PALHAÇO (2011)

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Direção: Selton Mello

Elenco: Selton Mello, Paulo José, Larissa Manoela, Danton Mello, Giselle Mota, Teuda Bara, Álamo Facó, Cadu Fávero, Erom Cordeiro, Hossen Minussi, Maira Chasseroux, Thogun, Michelle Martins, Bruna Chiaradia, Renato Macedo, Tony, Pritty Borges, Fabiana Karla, Jorge Loredo, Jackson Antunes, Moacyr Franco, Tonico Pereira, Ferrugem, Maria Manoella, Emílio Orciollo Netto, Martha Meola, Phil Miler, Cico Caseira, Flávio Pardal, Thiago Falango, Yakara Piotto, Seu Hudi, Hudson Rocha, Alessandra Brantes, Nilton Castro, João Marcelo, Fernando Reis, Farinha, Raoni Seixas, Alex Sander

Benjamin (Selton Mello) e seu pai Valdemar (Paulo José) são donos de um circo, e ambos trabalham como palhaços. Eles mantém uma pequena trupe de artistas, e circulam por pequenas cidades do interior. O circo passa por dificuldades financeiras, e lutam bravamente para poder manter os negócios e não ter que demitir ninguém. Benjamin, apesar de fazer seu público se divertir com a alegria do seu palhaço Pangaré, guarda uma profunda tristeza dentro de si. Ele se acha uma pessoa triste, e quer decsobrir uma forma de entender a alegria e a felicidade. Ele acaba saindo do circo e vai para a cidade tentar uma vida nova.
Sensível drama, com roteiro do próprio Selton. Tecnicamente o filme é muito eficiente: a fotografia de Adrian Teijido é linda, a trilha sonora tem ecos de Kusturika, e funciona muito bem. Aliás, Selton deve ter visto muitos filmes do Kusturika, pois a narrativa e enquadramentos são típicos do diretor Iuguslavo. O ponto forte do filme é o seu elenco: estão todos excelentes. São várias as participações especiais: Moacyr Franco, Fabiana Karla, Erom Cordeiro, Ferrugem, Danton Mello, etc. Interessante que Selton é o único com um tom fora da média. Ele carregou na interpretação, e ficou over em vários momentos. A 2ª parte do filme, quando Benjamin abandona o circo, e tenta a vida na ciade, acaba ficando muito rápida, ao passo que a 1ª parte do filme, a vida no circo, se estica demais. Mas de uma forma geral, o filme é comovente, mais pela homenagem que Selton faz aos artistas mambembes e aos atores da vida real, resgatados do ostracismo.


AS DUAS IRENES (2017)

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Elenco: Priscila Bittencourt, Isabela Torres, Susana Ribeiro, Inês Peixoto, Marco Ricca, Teuda Bara, Marcela Moura, Ana Reston, Maju Souza

Em 1991, o cineasta Polones Kristoph Kieslowsky exibiu a sua obra prima “A dupla vida de Veronique”, um filme que fala sobre duplos que não se conhecem e bens e esbarram em momento algum do filme. Fábio Meira pega emprestado o mote do filme de Kieslowsky e também o nome de sua protagonista, Irene Jacob. A diferença é que aqui, as duas Irenes se encontram e tentam conviver com as diferenças. Ambientado no interior de Minas nos anos 60, “As duas Irenes” apresenta duas talentosas atrizes: Priscila Bittencourt e Isabela Torres. A primeira mora com suas duas irmãs e seus pais. O pai, Tonico (Marco Ricca), vive viajando. Irene descobre que ele tem vida dupla: outra esposa, e outra filha, de mesma idade e também chamada Irene. A primeira é rica, tímida e assexuada. A segunda, pobre mas sensual e atirada. Elas se encontram e tentam buscar o melhor da outra, até um desfecho onde as duas se igualam. Escorado com um elenco forte (Susana Ribeiro, Teuda Bara, Inês Peixoto), o filme tem excelente fotografia e enquadramentos estilizamos, alguns referentes, de novo, a Kieslowsky (o reflexo no ponteiro do relógio). O filme segue em ritmo lento e no final das contas, seu tema é a passagem da adolescência para a fase adulta. Vale ser visto pelo belo trabalho do elenco e por referências ao Cinema, deixando claro o berço Cinéfilo de seu Cineasta. O filme foi exibido na Mostra Geração do Festival de Berlin 2017.



A BRUTA FLOR DO QUERER (2013)

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Direção: Andradina Azevedo e Dida Andrade

Elenco: Dida Andrade, Diana Motta, Andradina Azevedo, Thaís Almeida

Em 2013, um filme independente escrito e dirigido por 2 formandos da Faculdade de cinema da Faap foi o foco das atenções no Festival de Gramado. Em um ano aonde competiam os badalados "Eden", de Bruno Saffadi e "Tatuagem", de Hilton Lacerda, "A bruta flor do querer" venceu os Kikitos de Direção e fotografia. O filme é uma ode ao Amor. Amor à profissão. Amor a Mulher. Amor ao Cinema. Dida e Andradina, não satisfeitos em escrever e dirigir o filme, ainda protagonizam. Será que podíamos dizer que eles são vaidosos, narcisistas? Em determinado momento, eles fazem sexo com 2 garotas. Andradina fica totalmente nu. Dida surge de pênis ereto. Esse ato de ousadia e exposição poderia ser uma metáfora sobre a liberdade criativa, sobre a saída da zona de conforto de 2 ex-estudantes que só querem dizer ao mundo que sim, eles entendem da linguagem de cinema. Influências de Godard, Bresson, Sganzerla e tantos outros cineastas marginais dos anos 60 e 70. A trilha sonora acompanha essa época, como "Vapor barato", de Gal Costa, que toca a todo instante. Os meninos usam drogas, fazem sexo, e como todo jovem, se encontram perdidos no tempo e no espaço. O que o futuro reserva para essa geração? Diego (Dida) é estudante de cinema e para se sustentar, trabalha com filmagem de casamentos. Ele tem uma paixão platônica por uma jovem que trabalha em um sebo, mas não sabe como se aproximar dela. É um filme descompromissado, livre, leve e solto. Dida e Andradina são duas figuras divertidas, que fazem o espectador esboçar sorrisos pelo patético da vida errante que levam. Aonde está o personagem e aonde está a pessoa real, somente os próprios poderão dizer.


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A MARGEM (1967)

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Elenco: Mário Benvenutti, Valeria Vidal, Bentinho

Fiquei tão impactado com esse filme, listado entre os 100 melhores filmes brasileiros pela Abraccine, que tive que pesquisar quem era Ozualdo Candeias, de quem eu quase nada tinha ouvido falar. “Nascido no Mato Groso, abandonou a escola ainda no primário e trabalhou no campo, foi militar, caminhoneiro, chofer de táxi, office-boy, lustrador de móveis, metalúrgico, operário e funcionário público.” Começou a trabalhar em cinema realizando curtas e foi assistente de direção do Zé do Caixão em “À meia noite levarei sua alma”, em 64. Ozualdo realizou um filme que de forma sublime, traz referências do cinema neo-realista italiano, do cinema mudo (o personagem do louco com uma flor é Chaplin puro), do realismo fantástico e ouso até dizer do cinema de Misogushi, “Contos da lua vaga”, com a embarcação fantasma que busca os seus mortos. Tudo isso embalado por uma sensacional trilha sonora composta pelo Zimbo Trio. Filmado em preto e branco e com baixíssimo orçamento, Ozualdo narra a história de personagens marginalizados que moram nas margens do Rio Tietê, no ano de 1967. O Tietê ainda era coberto por vegetação e tinha uma favela no seu entorno. Ali Ozualdo conta 2 histórias de amor, em uma estrutura narrativa que logo depois seria celebrado por Robert Altman, que é o filme painel, com personagens se cruzando pelo caminho. Temos um desempregado de terno e gravata que se relaciona com uma prostituta, e um louco que traz consigo uma flor e o oferece para uma jovem que de dia trabalha como vendedora de café, e de noite se prostitui. O filme praticamente não tem diálogos, e os poucos que tem, parecem ter sido dublados depois. O elenco é todo formado por não-atores. Críticos consideram o filme um dos precursores do cinema marginal, que surgiu forte no ano seguinte com Rogerio Sganzerla e “O bandido da luz vermelha”. O nome do movimento veio do título do filme de Ozualdo, batizando um dos mais revolucionários momentos do cinema brasileiro.  



 

CLARISSE OU ALGUMA COISA SOBRE NÓS DOIS (2015)

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Elenco: Sabrina Greve, Everaldo Pontes, David Wendefilm, Débora Ingrid, Tabata Nery, Veronica Cavalcanti

Vencedor de vários prêmios em Festivais independentes, entre eles o de Melhor Filme no Festicini e no Cine Fantasy 2016, esse terceiro longa do cineasta cearense Petrus Cariry é um filme repleto de simbolismos. Clarisse (Sabrina Greve, totalmente entregue a uma performance visceral) é casada com um empresário estrangeiro e mãe de uma filha. O marido trabalha para o pai de Clarisse, dono de uma empreiteira. Frígida e depressiva, Clarisse vai passar um tempo com o seu pai (Everaldo Pontes), que mora no interior do Ceará, em um sitio dentro de uma floresta densa. Chegando lá, ela descobre segredos do passado tenebroso da família, que envolve a morte de seu irmão e a de sua mãe, que morreu com grave doença. Seu pai está moribundo, e Clarisse entende que está na hora de agir. O filme tem um excelente trabalho técnico: fotografia claustrofóbica e uma edição de som que provoca sensações de estranheza e de tensão. Fiquei tentando achar sentidos lógicos para a história, mas em determinado momento desisti e resolvi me entregar às sensações que o filme provoca, tanto em cenas simbólicas e metafóricas, quanto nas imagens belamente construídas. A cena do vagalume destôa pelo seu lirismo e fantasia, enquanto o restante do filme se entrega a um jogo de sexo violento e ao terror psicológico. Com certeza, "Repulsa ao sexo" deve ter sido uma grande fonte de inspiração, com Sabrina Greve fazendo uma referência ao personagem de Catherine Deneuve, igualmente frígida e assustada com o universo masculino. O desfecho me remeteu a uma fantasia feminista sobre poder, mas não tenho certeza se a visão foi essa mesma. Mas como é um filme livre de interpretações, me apeguei a ele.


 Sol Alegria - Filme 2018 - AdoroCinema

SOL ALEGRIA (2018)

Elenco: Anita Medeiros, Danny Barbosa, Mariah Teixeira, Mauro Soares, Ney Matogrosso, Suzy Lopes, Vera Valdez

Concorrendo no prestigiado Festival de Rotterdan em 2018, "Sol Alegria" é escrito e dirigido pelo Ator e Cineasta paraibano Tavinho Teixeira. Como Ator, Tavinho trabalhou em "Aquarius" e protagonizou o excelente "Clube dos canibais", de Guto Parente. Em 2014, Tavinho lançou o polêmico "Batguano", fábula apocalíptica que mostra Batman e Robin tentando enfrentar as mazelas do terceiro Mundo. Em “Sol Alegria”, Tavinho faz referências explícitas a "Maus hábitos", de Almodovar, e "Saló", de Pasolini. De Almodovar, Tavinho pega emprestado as freiras viciadas em sexo e drogas, no caso, plantação de maconha. De ‘Saló”, vemos as mesmas freiras contando histórias de libertinagens. Visualmente, o filme parece uma grande encenação de Zé Celso, com todas as alegorias possíveis e imagináveis sobre a Política brasileira pós Impeachment de Dilma: militares, Religião, políticos corruptos, nada fica de fora nessa metralhadora giratória de Tavinho, que se apropria da linguagem Teatral e do Back projection para apresentar a sua visão da Tropicália do terceiro milênio. Muitas cenas de sexo, orgia explícita envolvendo uma trupe familiar (Os pais, interpretados por Tavinho e Joana Medeiros, essa, atriz fetiche da Cia. Teatral de Zé Celso) e Mariah Teixeira (filha de Tavinho na vida real) e Mauro Soares, que parece até uma paródia do blogueiro Felipe Neto com seus cabelos cor de rosa. Eles são uma espécie de Caravana Rolidey, famosa trupe circense do filme de Cacá Diegues, “Bye Bye Brasil”, que segue Brasil afora para dizimar Militares e corruptos. As freiras os ajudam a se armar com metralhadoras. Em uma cena inacreditável, as freiras praticam sexo anal com vibradores, enquanto as outras freiras contam histórias sobre o ânus. A cena lembra muito a de “Tatuagem”, com o número musical “Polka do cú”, e depois acabei descobrindo que o fotógrafo é o mesmo dos dois filmes, Ivo Lopes Araújo. Em outra cena bastante controversa, vemos um cortejo formado por travestis, velando uma travesti que morreu, a som de música eletrônica. E nessa extravagância cinematográfica, ainda há espaço para Ney Matogrosso fazer um número musical, e o Ator Everaldo Pontes interpretar a Madre superiora. "Sol Alegria" é um filme de experimentação e de liberdade narrativa. O antídoto para os dias de "filtro" atuais.



Garoto - 2015 | Filmow

GAROTO (2015)

Direçõ: Júlio Bressane

Elenco: Marjorie Estiano. Gabriel Leone, Josie Antello

A história de amor de dois jovens, que se encontram em um lugar encantado onde vivem uma aventura amorosa. Mas, tudo irá mudar quando, de forma inesperada, o garoto comete um crime. O casal, então, decide se separar, mas o futuro lhes reservam mais um encontro.



A Casa de Alice - Filme 2007 - AdoroCinema

A CASA DE ALICE (2007)

Direção: Chico Teixeira

Elenco: Carla Ribas, Zecarlos Machado, Luciano Quirino, Vinicius Zinn, Claudio Jaborandy, Berta Zemel, Ricardo Vilaça, Felipe Massuia, Mariana Leighton, Renata Zhaneta, Elias Andreato

Alice (Carla Ribas) é uma manicure que tem em torno de 40 anos e está com a vida estagnada. Ela mora na periferia da cidade de São Paulo com seu marido e seus três filhos. Ao lado da família, tenta levar a vida do melhor jeito possível ao enfrentar os problemas do dia-a-dia. Alice sabe que o marido encontra outras mulheres, mas releva porque também sai com outros homens. 



 Outra Memoria (2006) - IMDb

OUTRA MEMÓRIA (2006)

Direção: Chico Faganello

Elenco: Arno Alcântara Jr., Paula Braun, Borges de Garuva, Ivo Müller, Pépe Sedrez

Para celebrar o aniversário da cidade onde vive, um diretor de teatro precisa montar uma peça sobre uma grande atriz do passado que lembre a força da colonização alemã no século XIX. Decidido a conquistar o papel de protagonista, o ator que interpreta o papel de colonizador subverte o roteiro do diretor, trazendo para a peça cenas sobre etnocídio e nazismo, temas ainda hoje evitados naquele próspero vale do sul do Brasil, obrigando o diretor a encenar uma peça diferente daquela que foi escrita. Estranha mistura de realidade e ficção, Outra Memória é um filme sobre como a história foi escrita.
Uma atriz misteriosa inspira a reflexão sobre o passado europeu no sul do Brasil. Surpreendentes fotografias e filmes antigos, revelados pelos conflitos de um grupo de atores, mostram que muitos episódios da colonização alemã podem ser vistos com outros olhos.
Filmado no Brasil e na Alemanha, com trilha sonora adaptada de grandes compositores clássicos e contemporâneos como Yamandú Costa, Edino Krieger, Bach, Schubert e Mozart.



Gargalhada Final - Filme 1979 - AdoroCinema

GARGALHADA FINAL (1979)

Direção: Xavier de Oliveira

Elenco: Fregolente, Stepan Nercessian, Denise Bandeira, Leila Cravo, Jacques Failde, Jotta Barroso, Rafael de Carvalho, Pichin Plá, Fabíola Fracaroli, Sebastião Apolônio, João Carrano, Maria Alves, Liana Lacerda, João Batista Pinto, Francisco Santos, Paulo Quintanilha

Pai e filho são integrantes da trupe de um decadente circo. Quando, cansado de ser constantemente criticado pelo dono do circo, o ventríloquo Trombada faz uma piada sobre seu chefe, os dois brigam. O palhaço Marreco, seu filho, acerta uma paulada na cabeça do senhor. Agora os dois terão que fugir da polícia enquanto vivem altas aventuras. 



LIÇÃO DE AMOR (1975)

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Direção: Eduardo Escorel, baseado no romance Amar, Verbo Intransitivo, de Mário de Andrade

Elenco: Lilian Lemmertz, Rogério Fróes, Irene Ravache, Marcos Taquechel, Maria Cláudia Costa, Magali Lemoine, Mariana Veloso, Roberta Olimpo, William Wu, Marie Claude, Déa Pereira

Em São Paulo, na década de 20, uma governanta alemã (Lílian Lemmertz) é contratada por uma rica família. Sua tarefa não se limita a dar aulas aos filhos do casal mas também consiste em dar uma "boa" educação sexual ao filho mais velho, não permitindo que o jovem seja afetado pela permissividade do mundo que o cerca. 



AUGUSTAS (2012)

Direçâo: Francisco César Filho

Elenco: Mario Bortolotto, Caroline Abras, Maira Chasseroux, Guta Ruiz, Ana Georgina Castro, Selma Egrei, Henrique Schafer, Juliano Cazarré, Milhem Cortaz, Phedra de Córdoba, Ziza Brisola, Clara Averbuck, Marçal Aquino, Alex Antunes, Rodrigo Carneiro, Fioravante Almeida, Paula Pretta, Fernando Bezerra, Dionísio Neto, Gustavo Brandão

Diretor de documentários premiados em Festivais mundo afora, Francisco faz aqui seu debut em longa de ficção. Rodado em 2008, o filme somente encontrou espaço em festivais e no Canal Brasil. O filme, baseado livremente em um livro chamado "A estratégia de Lilith", de Alex Antunes, narra a história de um jornalista paulistano que transa com sua chefe, até ser mandado embora. Desempregado, o jornalista (interpretado pelo ator e dramatrgo Mario Bortolotto, que foi baleado em um assalto 2 anos depois) vaga pela Rua Augusta, e mantém um caso com uma prostituta (Carol Abras) e passa a frequentar um Centro xamântico. O diretor quis homenagear essa rua que sempre foi uma mescla de lojas de luxo com uma boemia de baixo nível, onde a vida noturna é voltada para a prostituição e venda de drogas, além de um alto índice de casas noturnas. O filme começa com um curta rodado por Carlos Reichembach em 1967, e mostra essa mesma Rua Augusta, que desde a época, já era esse misto de boemia e glamour. Infelizmente, o filme procura fazer uma homenagem à linguagem do cinema marginal e se perde na referência. Com uma técnica precária, uso de câmera na mão sem qualquer sutileza, e um som que nitidamente parece dublado, o roteiro, escrito a 4 mãos com José Belmonte, é um arremedo de situações que exploram muito mal os personagens. A homenagem ao basfond da Rua Augusta fica aquém de suas possibilidades. Faltou charme e glamour, sobrou falta de sutileza. Valeu pelo curta do Reichembach. 



O VIAJANTE (1999)

Direção: Paulo César Saraceni, baseado no romance homônimo e inacabado de Lúcio Cardoso, organizado por Octávio de Faria após a morte do autor e completa a "Trilogia da Paixão" iniciada por, Porto das Caixas de 1962 e A Casa Assassinada de 1971.

Elenco: Marília Pêra, Jairo Mattos, Nelson Dantas, Leandra Leal, Myriam Pérsia, Ricardo Graça Mello, Paulo Cesar Pereio, Ana Maria Nascimento e Silva, Irma Álvarez, Roberto Bonfim, Fausto Wolff, André Valli, Leina Krespi, Priscila Camargo, Milton Nascimento, Cláudia Mauro, Adele Fátima, Maria Pompeu, Esperança Motta, Sergio Saraceni, José Loyola, Hileana Meneses, Heloisa Helena, Silvano Mendes, Marcela Moura, Geraldo Magalhães, Celia & Celma

A história do filme concentra-se em um caixeiro viajante (Jairo Mattos) que chega em uma pequena cidade de Minas Gerais. Lá ele seduz a amarga Donana de Lara (Marília Pêra), uma viúva rica e amarga, e Sinhá (Leandra Leal), uma pobre e virginal. Paralelamente, esses dois romances caminham por diferentes concepções de luz e música, até alcançarem um final comum, onde a morte aparece como uma metáfora para a libertação dos impulsos sexuais dos envolvidos.



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A CASA ASSASSINADA (1971)

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Direção: Paulo Cesar Saraceni, baseado no livro Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso

Elenco: Norma Bengell,  Carlos Kroeber, Nelson Dantas, Leina Krespi, Tetê Medina, Augusto Rodrigues Lourenço, Rubens de Araújo, Joseph Guerreiro, Nuno Veloso

A carioca Nina chega a Minas Gerais para se casar, mas o clima na casa do noivo é opressivo. Ela se aproxima do cunhado gay e se interessa pelo jardineiro, sendo acusada de adultério. Nina vai embora e volta 17 anos mais tarde para conhecer o filho. 


REDENTOR (2004)

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Direção: Cláudio Torres

Elenco: Pedro Cardoso, Miguel Falabella, Camila Pitanga, Stênio Garcia, Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Jean Pierre Noher, Enrique Diaz, Mauro Mendonça, Tony Tornado, Lúcio Mauro, Lúcio Andrey, Babu Santana, Rogério Fróes, Louise Wischermann, José Wilker, Paulo Goulart, Tonico Pereira, Guta Stresser, Suely Franco, Fernanda Torres, Domingos de Oliveira, Guilherme Vieira, Leonardo Netto, Vagner A. Sanchez, Mário Hermetto, Marcel Miranda

Célio Rocha é um jornalista que vive uma crise familiar há cinco anos, desde que o pai adoeceu por não ter recebido as chaves de um apartamento do Condomínio Paraíso, depois de ter pago 17 anos de prestações à construtora do Dr. Saboia, empresário corrupto. Ele recebe a tarefa de entrevistar Otávio, filho e sucessor do dono da construtora, também corrupto, e a quem odeia desde a infância. Célio quer se vingar de Otávio descobrindo provas das falcatruas do ex-amigo mas acaba ele próprio se envolvendo em um lamaçal de trapaças e negociatas, atingindo também o pai, a mãe e Soninha, filha do favelado Acácio que ele conhecera durante a reportagem sobre uma invasão nos apartamentos e por quem se apaixonara. No auge dos problemas, Célio começa a ter visões de Deus e passa a acreditar ter a missão de fazer com que Otávio se arrependa e devolva o dinheiro a todos aqueles que prejudicara.



PIEDADE (2019)

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Elenco: Matheus Nachtergaele, Fernanda Montenegro, Irandhir Santos, Cauã Reymond, Mariana Ruggiero, Francisco de Assis Moraes, Gabriel Leone, Denise Weinberg, Arthur Canavarro, Nanego Lira

Primeira pergunta que todo mundo faz quando falam do filme: "E a cena de sexo entre o Cauã e o Matheus?". Sim, as cenas existem, mas elas são pano de fundo para uma história que anuncia uma tragédia ambiental, econômica e social: a chegada de uma empresa petrolífera na comunidade litorânea de Piedade, Pernambuco, chamada Petrogreen, e representada pela figura ambiciosa e escroque de Aurélio (Matheus Nachtergaele). As obras da Petrogreen afastam os banhistas, os turistas e atrai os tubarões (Metáfora para empresários e oportunistas que querem ganhar em cima da natureza). Dona Carminha (Fernanda Montenegro) e seu filho Omar (Irandhir Santos) fazem parte da resistência que não quer sair do lugar. Sandro (Cauã Reymond), dono do cinema pornô da cidade, entra em conflito eterno com seu filho Marlon (Gabriel Leone), um jovem surfista que se revolta com a Petrogreen. Sandro acaba se envolvendo sexualmente com Aurélio, enquanto Marlon repudia o empresário. Cláudio Assis toca em temas recorrentes também na obra de Kleber Mendonça, mas o seu cinema é mais cru, contestador, visceral. Sexo, encontros e desencontros, carência afetiva e muita melancolia de um País que perdeu seu rumo, mas que encontra em pessoas como os moradores de Piedade a resistência. comparações com "Bacurau" é inevitável. Se o tema os aproxima, a linguagem é totalmente oposta. Com um elenco formidável, com todos em performance exuberante, o filme ainda traz a maravilha da atriz Denise Weinberg, em participação especial, e da atriz Mariana Ruggiero. Ótimo roteiro de Anna Francisco, Dillner Gomes e Hilton Lacerda.


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VAGAS PARA MOÇAS DE FINO TRATO (1993)

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Direção: Paulo Thiago, baseado em peça homônima de Alcione Araújo

Elenco: Norma Bengell, Maria Zilda Bethlem, Lucélia Santos, Marcos Frota, Paulo César Peréio, Paulo Gorgulho, Luís Tadeu Teixeira, Alvarito Mendes Filho, José Loureiro

 Vitória, Gertrudes (Norma Bengell) é uma professora de piano que que aluga vagas em seu apartamento para duas mulheres bem diferentes, Madalena (Maria Zilda Bethlem) e Lúcia (Lucélia Santos). A primeira é uma jovem realista que vive a vida para se divertir com seus amantes, enquanto que a segunda é uma jovem idealista e sonhadora, que vive à espera de encontrar um príncipe encantado.

Gertrudes diverte-se arrumando a geladeira, tenta espantar a solidão do cotidiano. Madalena é uma mulher sensual, enfermeira durante o dia, divert

Eme-se a noite com seus vários amantes. Lúcia, entre uma mentira e outra, se perde entre a fantasia e realidade de encontrar um príncipe encantado. Juntas, essas três mulheres de origens e almas diferentes debatem-se, divertem-se, brigam e se amam em uma história que mistura sensualidade e fantasia.


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O BAIANO FANTASMA (1984)

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Direção: Denoy de Oliveira

Elenco: José Dumont, Regina Dourado, Luiz Carlos Gomes, Rafael de Carvalho, Paulo Hesse, Maracy Mello, Júlio Calasso, Renato Consorte, Benedito Corsi, Carlos Bucka, Wilma de Aguiar, Sérgio Mamberti, Flávio Porto, Dani Ulian, Péricles Campos, Ruthinéia de Moraes, Cleide Paes, Bruno Giordano

Um nordestino vai para São Paulo esperando melhorar de vida, mas acaba se tornando o cobrador de uma quadrilha que vende proteção pessoal às pessoas. Durante uma cobrança um devedor tem um ataque do coração e morre, sendo que deste momento em diante a polícia tenta capturar o "baiano fantasma".


REGRA 34 (2022)

Direção: Júlia Murat

Elenco: Sol Miranda, Lucas Andrade, Isabela Mariotto, Babu Santana, Marcos Damigo, Samuel Toledo, Lorena Comparato

Vencedor no Festival de Locarno do prêmio máximo e melhor direção no Festival do Rio 2022, "Regra 34" é um filme onde política social e sexo caminham de braços dados. O termo "Regra 34" é uma gíria e é uma máxima da Internet que afirma que a pornografia na Internet existe em todos os tópicos concebíveis. Uma das personagens negras do filme diz em determinado momento, em uma roda de bar, entre formandos de direito negros e brancos, homens e mulheres: "Nossa, adoro os brancos que se preocupam com os pretos", dito com ironia que deixa a todos pensativos sobre o seu papel na sociedade e no lugar de fala. Pois o filme, em sua metade política, é isso: personagens que discutem e refletem sobre violência contra a mulher, machismo, racismo, luta de classes, desemprego e falta de oportunidades. Uma delas, a protagonista Simone (Sol Miranda, corajosa e potente) banca seus estudos de direito fazendo exibições de CamGirl em seu computador. Mulher negra e cada vez mais adepta do Bondage e BDSM, ela introduz seus dois amantes, Lucia (Lorena Comparato) e Coyote (Lucas Miranda) a esse universo. O paradoxo é que de dia, ela como desembargadora atende mulheres que fazem relatos de violência doméstica, apanhando de seus maridos. Nessa dicotomia de dois universos que lidam com a violência física contra o corpo da mulher, o filme abraça diversos temas, amparados por um elenco grande e de atores talentosos, como Dani Ornellas, Márcio Vito, Simone Mazzer, Babu Santana e o grande destaque, Mc Carol, em um monólogo enorme e contundente sobre uma mulher negra que pelos abusos do marido, engordou e perdeu totalmente sua auto estima. O filme apresenta cenas cruas de sexo, que podem chocar espectadores mais sensíveis.



ENTRETURNOS (2014)

OK.RU

Elenco: Janaína Kremer Motta, Lorena Lima, Luis Miranda, Paulo Roque, Tayana Dantas, Edson Ferreira, Guti Fraga, Lílian Casotti, Markus Konká, Milhem Cortaz

Drama proveniente de um Estado que quase não produz filmes, Espírito Santo. Todo filmado em Vitória, tem como acertos um bom roteiro e um ótimo elenco de atores desconhecidos do grande público (com exceção de Luis Miranda, e de uma participação de Milhen Cortaz). Assim, fica mais fácil para o espectador embarcar na história de pessoas comuns e não ficar contaminado por estereótipos de atores que costumam fazer muita novela. Com uma estrutura narrativa que busca inspiração em "Rashomon", a obra-prima de Kurosawa, o filme tem 4 personagens e um crime. Assim que o crime acontece, o filme retrocede e a partir daí, vemos as mesmas situações pelo ponto de vista de cada um dos personagens. A cada visão, um dado novo vai surgindo, fazendo o espectador pensar que qualquer um deles pode ter sido o mandante do crime. Aliás, o título do filme poderia ter sido "Todos odeiam Léa". Paulo Roque, Lorena Lima, Janaina Kremer, Luís Miranda (despido das caricaturas que tem feito na tv) e outros atores locais dão vida e verdade aos personagens que interpretam. O cinema de Edson Ferreira se aproxima bastante dos filmes pernambucanos recentes que dominaram o circuito independente. O olhar sobre a pobreza, sexo, morte. O registro decadente da cidade, mesclado aos personagens que nela habitam e tentam sobreviver. Não seria errado dizer que o personagem principal do filme é a cidade, que testemunha a rotina das pessoas que nela habitam. Fica evidente vendo o filme que ele foi realizado com pouco dinheiro. Mas a sua força está justamente nesse olhar nu e cru da realidade da periferia, sem máscaras. O roteiro tem pequenos deslizes, mas no geral ele tem força o suficiente para seduzir o espectador. Na cena da esposa dizendo que determinada personagem está grávida e o prato quase quebra é um exemplo de solução clichê para transmitir emoção. Acredito que a mesma cena poderia ter sido resolvida apenas com olhares. O filme ganhou na 21ª Edição do Festival de Vitória o prêmio de melhor filme do juri popular.



ANA, SEM TÍTULO (2021)

Direção: Lúcia Murat

Elenco: Stella Rabello, Felipe Rocha, Renato Linhares, Lucas Canavarro, Roberta Estrela D'Alva, Waldo Franco, Mirta Busnelli, María Fiorentino, Mauricio García Lozano, Concepción Márquez

Stela, uma jovem atriz brasileira, decide fazer um trabalho sobre as cartas trocadas entre artistas plásticas latino-americanas nos anos 70 e 80. Viaja para Cuba, México, Argentina e Chile à procura de seus trabalhos e de depoimentos sobre a realidade que elas viveram durante as ditaduras que a maior parte desses países enfrentaram na época. Em meio à investigação, Stela descobre a existência de Ana, uma jovem brasileira que fez parte desse mundo, mas desapareceu. Em 1968, Ana foi do sul do Brasil, de uma pequena cidade do interior, para a efervescente Buenos Aires, que vivia um momento de mudança nas artes plásticas e no comportamento. Obcecada pela personagem, Stela resolve encontrá-la e descobrir o que aconteceu com ela.



O FILHO ETERNO (2016)

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Elenco: Marcos Veras, Débora Falabella, Pedro Vinícius, Augusto Madeira, Zeca Cenovicz, Mariana Ribeiro, Gabriel Gorosito, Uyara Torrente, Lourinelson Vladmir, Rodrigo Ferrarini, Andrew Knoll, Laura Haddad, Kauê Persona, Maria Cláudia

Drama baseado no livro de sucesso escrito pelo curitibano Cristóvão Tezza, que narra o desafio de um pai em aceitar o seu filho que nasceu com síndrome de down. No teatro a adaptação fez um enorme sucesso, através de um monólogo apresentado pelo ator Charles Fricks. Para o cinema, Paulo Machline, realizador de "Natimorto" e "Trinta", convidou Marcus Veras, mais conhecido pelo grande público pelo seu trabalho de comediante. Esse foi o maior desafio do filme, mais até do que falar sobre o tema da aceitação dos pais diante de um filho portador de down. Desafio feito e cumprido com louvor por Veras, que alcança bela nota dramática, sem carregar no melodrama, que teria sido uma aposta mais fácil para o ator em relação ao roteiro, evitando o sentimentalismo. Debora Falabella confere dignidade e força no papel da esposa que diferente do marido, aceita o filho como ele é. O jovem Pedro Vinicius, no papel do filho, é bastante comovente e espontânea. Recomendado para quem quer assistir um projeto bonito e que busca um olhar e mensagens humanistas.


ORAÇÃO DO AMOR SELVAGEM (2015)

Direção: Chico Faganello

Elenco: Camilla Araújo, Georgina Castro, Sandra Corveloni, Chico Díaz, Camila Hubner, Adilson Magah, Ivo Müller

Thiago (Chico Diaz) é um homem de 40 anos que mora com a filha Clara (Camilla Araújo) na fazenda do velho Otaviano, um homem enigmático e devoto de forças ocultas. Quando ele resolve se mudar, a fim de proteger a pequena Clara e lhe dar uma condição melhor de vida, os dois vão para uma vila calma e muito religiosa, comandada pelo pastor Kurtz (Ivo Müller). Ele logo é obrigado a seguir as regras do local, que incluem frequentar as reuniões espirituais. Só que Thiago deseja viver em paz com sua consciência e não pretende seguir nenhuma regra divina, imposta pelos homens, e assim é visto com desgosto por Kurtz. A situação piora quando ele se apaixona por Miranda, que é irmã do pastor. 



VIDAS PARTIDAS (2016)

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 Direção: Marcos Schechtman

Elenco: Naura Schneider, Domingos Montagner, Georgina Castro, Suzana Faini, Juliana Schalch, Milhem Cortaz, Nelson Freitas, Jonas Bloch, Augusto Madeira, Denise Weinberg, Rafael Studart, Fabio de Luca, Patrícia Costa

Graça (Laura Schneider) e Raul (Domingos Montagner) são um casal que se apaixonam perdidamente, envolvidos em uma relação ardente provocada por alta passionalidade. Os dois se casam e têm duas filhas, criando uma família perfeita até que, enquanto Graça evolui no trabalho, Raul fica desempregado. Para ajudar, Graça pede que o amigo e ex-marido indique secretamente Raul para uma vaga de professor em uma Universidade. Quando consegue o cargo, Raul, aos poucos, torna-se agressivo e possessivo com a esposa, resultando em frequentes cenas de violência doméstica.


TENDA DOS MILAGRES (1977)

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Direção: Nelson Pereira dos Santos

Elenco: Hugo Carvana, Sônia Dias, Anecy Rocha, Juárez Paraíso, Jards Macalé, Nildo Parente, Geraldo Freire, Wilson Mello. Além dos artistas, fizeram parte do filme alguns membros ilustres do Candomblé como Mãe Runhó. O personagem Procópio d'Ogum é interpretado pelo babalorixá Luís Alves de Assis, mais conhecido como "Luís da Muriçoca".

Adaptação do romance de Jorge Amado publicado em 1969 na Bahia que descreve cenas do início do século XX, onde Pedro Archanjo, o ojuobá (olhos de Xangô) do Candomblé, mulato, capoeirista, tocador de violão e bedel da Faculdade de Medicina da Bahia, defende os direitos dos negros e mestiços afrodescendentes.


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ANJO LOIRO (1973)

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Direção: Alfredo Sternheim, baseado no livro Professor Unrat, de Heinrich Mann.

Elenco: Mário Benvenutti, Vera Fischer, Célia Helena, Ewerton de Castro, Liana Duval, Lineu Dias, Ivete Bonfá, Roberto Rocco, Cláudio Savietto, Nuno Leal Maia, Léa Surian, Vanda Marchetti, Semme Lufti, Lídia Vani, Walter Portela, Vicente Tutuilmondo, Gracinda Fernandes, Rosemar Di Paula, Lino Braga, Antônio Carlos Contrera, Mia de Almeida, Mayara de Castro, Carlos de Simone, Durvalino de Souza, Rui Frete, Celso Karan, Paulo Lara, Hélcio Magalhães, Inês Marinho, Nelcy Martins, Albari Fernando Rosa, Wladimir Soares

Armando é um professor quarentão, solteiro, que leva uma vida metódica. Sem se prender a ninguém, vive algumas aventuras e se dedica muito ao trabalho. Na escola, percebe que um de seus alunos, Mário, está com dificuldades nos estudos. Ele trata de averiguar a causa e descobre que o rapaz está apaixonado por Laura, uma colega. Armando decide conversar com a moça, mas, ao tentar separá-los, o professor acaba se deixando envolver por Laura. 


KUARUP (1989)

Direção: Ruy Guerra e baseado em obra de Antônio Callado — Quarup.

Elenco: Taumaturgo Ferreira, Fernanda Torres, Cláudio Mamberti, Cláudia Raia, Maitê Proença, Lucélia Santos, Umberto Magnani, Rui Resende, Dionísio Azevedo, Cláudia Ohana, Mauro Mendonça, Ewerton de Castro, Roberto Bonfim

O filme narra a história do Padre Nando, que, na década de 1950, saindo de um isolado mosteiro de Recife, começa a trabalhar como missionário no Alto Xingu. Envolvido em tramas políticas e sofrendo com os desejos sexuais, ele deixa a igreja, vira indigenista e mais tarde, já nos anos de 1960, passa a lutar contra o regime militar implantado em 1964.



ESPELHO D'ÁGUA - UMA VIAGEM NO RIO SÃO FRANCISCO (2004)

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Direção: Marcus Vinícius Cesar

Elenco: Fábio Assunção, Francisco Carvalho, Carla Regina, Regina Dourado, José Ricardo, Aramis Trindade, Charles Paraventi, Analu Tavares, Perry Salles, Gabriel Salles, Severino D'Acelino, Rogério Costa, Chico de Assis, Prazeres Barbosa, Chica Carelli

Henrique (Fábio Assunção) é um fotógrafo em crise, que decide viajar pelo rio São Francisco. Ao seu encontro parte Celeste (Carla Regina), sua namorada, que deixa o Rio de Janeiro. Durante a viagem Henrique conhece várias lendas sobre o rio e pessoas que dependem dele para viver. Entre eles está Abel (Francisco Carvalho), um homem que conversa com Sidó, sua canoa de um pau só, e Penha (Regina Dourado), que passa aos filhos e netos as lendas da rio.



O SONHO NÃO ACABOU (1982)

Direção: Sérgio Rezende

Elenco: Miguel Falabella, Lucélia Santos, Louise Cardoso, Lauro Corona, Daniel Dantas, Maria Pompeu, Lajar Muzuris

Em plena capital federal brasileira, a rotina de um grupo de jovens, com seus sonhos, aspirações e desilusões. Após a opressão nos anos 60, uma nova geração de jovens em Brasília procura escapar do conformismo. Alguns deles experimentam drogas e, eventualmente, fazem parte do tráfico. Numa noite, todos se encontram no mesmo lugar, mas cada um terá um destino diferente.



CABEÇA DE NÊGO (2020)

Elenco: Lucas Limeira, Nicoly Mota, Jessica Ellen, Carri Costa, Mateus Honori, Val Perre, Jennifer Joingley, Larissa Góes, Hilton Costa, Raphael Souma, Jeff Pereira, Lucas Madi, Renan Capivara, Wally Menezes

Excelente drama independente brasileiro, exibido no Festival de Tiradentes 2020, "Cabeça de nêgo" foi escrito e dirigido pelo cineasta cearense Déo Cardoso. O filme teve o Movimento dos Panteras negras como referência e conta a história do jovem Saulo (Lucas Limeira, brilhante), um líder do grêmio estudantil da escola pública aonde estuda. Saulo entende que a comunidade está dominada por traficantes e sabe que a escola está passando por situação precária, inclusive descaso dos professores com os problemas sociais e dos próprios alunos, em sua maioria, desmotivados e agressivos. Quando um colega de turma chama Saulo de "macaco", é a gota d'água para ele criar um movimento contra o racismo: ele resolve ficar na escola, e diante dos funcionários e professores que imploram que ele saia, ele resiste. Saulo grava vídeos na internet que viraliza, e logo, a sua luta se torna a luta de vários estudantes e moradores da região.
Com um excelente elenco de apoio, todos espontâneos e nenhum forçado, o filme apresenta um roteiro conciso e forte, com cenas bem estruturadas, costuradas com imagens reais dos movimentos negros nos Estados Unidos e com a manifestação pelo país nas ruas no ano de 2015. O filme teve como base a invasão de alunos em uma escola de São Paulo em 2015. Lucas Limeira é um excelente ator que merece estar entre os grandes.  


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OS DEVASSOS (1971)

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Direção: Carlos Alberto de Souza

Elenco: Jardel Filho, Darlene Glória, Francisco Di Franco, Jorge Dória, Milton Moraes, Ana Maria Magalhães, Fábio Sabag, Ana Maria Miranda, Wilson Grey, Mário Petraglia, Carlos Alberto de Souza Barros, Hélio Fernando, Armando Riggo, Sérgio Malta, Sindoval Aguiar, Raquel Di Biasi

Um professor universitário em conflito com um mundo agressivo e com o desespero de uma mulher que se envolve com ele.  


JOVENS POLACAS (2020)

Direção: Alex Levy-Heller. Baseado no livro homônimo escrito por Esther Largman.

Elenco: Jacqueline Laurence, Emílio Orciollo Netto, Lorena Castanheira, Thierry Tremouroux, Berta Loran, Flávio Migliaccio, Branca Messina, Alessandra Verney, Thalita Godoy, Talita Feuser, Raquel Karro, Lorena Ecard, Rodrigo Tavares, Monique Houat, Luísa Pitta.

O jovem jornalista Ricardo (Emilio Orciollo Netto) está desenvolvendo uma pesquisa de doutorado a respeito das "escravas brancas" no Rio de Janeiro, também conhecidas como Polacas, as quais eram jovens judias traficadas do Leste Europeu para o Brasil, com a promessa de melhoria de vida e casamento, mas na verdade eram levadas direto para prostíbulos. Como meio de pesquisa, ele entrevista Mira (Jacqueline Laurence), filha de uma "Polaca". 



198152637_08_122_93lo.jpgKika Farias, Nanda Costa nude in Sonhos Roubados (2009) - Celebs Roulette  Tube

SONHOS ROUBADOS (2009)

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Direção: Sandra Werneck. Baseado no livro As Meninas da Esquina - Diários dos Sonhos, Dores e Aventuras de Seis Adolescentes do Brasil, da jornalista Eliane Trindade. Retrata a vida nas favelas brasileiras sob o ponto de vista feminino.

Elenco: Nanda Costa, Amanda Diniz, Kika Farias, Marieta Severo, Daniel Dantas, Nelson Xavier, Ângelo Antônio, Lorena da Silva, Guilherme Duarte, Silvio Guindane, Zezeh Barbosa.

Jéssica (Nanda Costa), Daiane (Amanda Diniz) e Sabrina (Kika Farias) são adolescentes e moram em uma comunidade carioca. Elas eventualmente se prostituem, no intuito de conseguir dinheiro para satisfazer seus sonhos de consumo. Entretanto, mesmo com os problemas do dia a dia, elas tentam se divertir e sonhar com um mundo melhor.


Fabiula Nascimento nua pelada no filme Estômago. - AENUDESFabiula Nascimento - Estomago - Free Red Porn Videos - RedPorn.TvFabíula Nascimento nua no filme “Estômago” #02 – Loop das Famosas

ESTÔMAGO (2007)

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Direção: Marcos Jorge.

Elenco: João Miguel, Fabiula Nascimento, Babu Santana, Alexander Sil, Carlo Briani, Zeca Cenovicz, Paulo Miklos, Jean Pierre Noher, Andrea Fumagalli, Betina Belli, Luiz Brambila.

Raimundo Nonato (João Miguel) é um migrante nordestino que chega à cidade grande em busca de oportunidade. Aprende a profissão de cozinheiro, na qual se desenvolve e recebe uma melhor oportunidade de trabalho. Sua vida se complica ao se envolver com a prostituta Iria (Fabíula Nascimento). O filme se passa entre o tempo atual na cadeia e a vida de Nonato no restaurante.